2008-09-22

Arruda-Atlântico 2008 - 21 de Setembro de 2008

Desencaminhados por dois elementos do ForumBTT, três Just4Funners (DN, FF e PL) compareceram à partida deste raide, cujo objectivo era ligar Arruda dos Vinhos ao Atlântico e regressar à Arruda. Estavam previstos mais de 95 km e cerca de 1300 m de altitude acumulada.

Cumprimos o percurso de 98 km em 9:09 em perigos e guerras esforçados, mais que permitia a força humana, quase chegávamos à Taprobana ;-)

Aquilo foi mais duro do que se estava à espera, não apenas pelo acumulado de subidas, que segundo as nossas contas rondou os 1700 m, mas porque no regresso apanhámos chuva e muita lama o que complicou bastante a progressão. Mesmo assim cumprimos o percurso na íntegra, o que parece ter sido feito por poucos, pois estávamos na cauda do pelotão e havia poucas marcas de rodas nos locais mais enlameados.

Almoçámos umas bifanas banais na Praia do Navio perto de Santa Cruz, mas pelo caminho comemos amoras, uvas de vários tipos, peras e figos. Um espectáculo.

Quando a percalços, ainda no asfalto da Arruda o PL foi ao charco por causa de um “31” arranjado por um artista que ia de carro a implicar com os ciclistas. Um toque no travão da frente e lá vai ele a escorregar pelo asfalto molhado. Nada de ferimentos (além do orgulho), mas partiu os suportes dos bidons, o que podia ser complicado para seguir em autonomia. Logo ali desenrascou-se com a fita de tecido que traz na bolsa do selim e “siga a Marinha”. Lá pelo km 20, numa subida, sente a transmissão presa e pára logo. Um arame de 3 mm de espessura tinha-se enfiado pela corrente e estava preso no rolete inferior do desviador. Chegou-se a temer o pior mas depois de verificado que não havia nada partido fez-se uma reparação de recurso para permitir continuar a andar e aproveitou-se uma paragem mais à frente para fazer os acertos finais.
Desta vez calharam-lhe os azares, que acabaram por não ser muito complicados.

Concluindo, não houve Beja (ex-Penedo Gordo), mas houve um quase Portalegre e passámos em algumas zonas bem engraçadas, que não ficam a dever nada às paisagens alentejanas, bem pelo contrário.

Havemos de lá voltar para fazer uma coisa mais ligeira, a começar e acabar mais perto do Atlântico, evitando assim as zonas mais complicadas e usando alguns dos trilhos mais engraçados.

2008-09-10

Desafio TriumviratumBTT - 6 de Setembro de 2008

No dia 6 de Setembro os Just4Fun atiraram-se ao percurso do TriumviratumBTT, com vontade e determinação para cumprir o desafio antes das 12 horas que estão estabelecidas como tempo limite, mas fomos vencidos pelos percalços que nos foram retardando a progressão ao longo do dia, tendo sido apanhados pela noite na zona de Ourém, com 120 km percorridos em 12 horas. Ficou um certo amargo de boca, porque o sentimento geral era que se conseguiria concluir o percurso, mas logo ali foi decidido que em Maio estaríamos de volta para vencer o Desafio.
A partida de Leiria foi mais tarde do que o programado e já passava das oito horas quando tirámos a foto junto à Fonte Luminosa e começámos a pedalar. Nestas coisas os que vêm de longe costumam ser os que chegam primeiro, o que acabou por se verificar. Na véspera à noite seguiram cinco que ficaram a dormir na Praia do Pedrógão (SD, JP, DN, PL e JB) e na manhã seguinte ainda estavam a caminho de Leiria quando ficaram a saber que o PM e o FF (que vinham de Lisboa de madrugada) já lá estavam há muito tempo. A "culpa" do atraso foi do JB ;-) que além de os deixar ficar lá em casa ainda arranjou pão com chouriço acabadinho de fazer e cafés expresso à maneira. Quem é que quer pedalar com estas mordomias? ;-)

Os preparativos foram acompanhados de algumas gotas de chuva que felizmente não passaram de ameaças, mas as coisas começaram a correr contra-feição ainda em Leiria onde andámos um bocado à nora para seguir as indicações dos GPS’s, que teimavam em nos dizer que o percurso seria pela margem contrária do rio. Após algumas hesitações e depois de andarmos para trás e para a frente lá encarreirámos e rapidamente entramos no Valinho da Curvachia, que é uma zona muito bonita e que nos ficou nas retinas. Iniciava-se então a ascensão mais longa do percurso que fomos cumprindo a bom ritmo e sem contratempos além de muitos arranhões nas silvas que teimam em invadir os caminhos.
Mal sabíamos nós o que as silvas ainda nos guardavam mais à frente.
Com pouco mais de 20 km paramos para reparar um furo, o que é encarado em ambiente de brincadeira até porque serviu para tirar umas fotos e comer qualquer coisa. Os próximos três furos antes de Torres Novas começaram a deixar alguma preocupação ao SD porque foi o mais massacrado e aos restantes, porque a perspectiva da má sorte calhar a todos começava a ser real. Para terminar a primeira etapa “em beleza” o DN partiu o dropout a cerca de cinco quilómetros de Torres e depois de analisar o que fazer decidiu-se transformar a bicicleta em Single Speed para permitir chegar ao final da etapa. Com estes contratempos e com mais uma meia dúzia de enganos no percurso a possibilidade de cumprir o desafio começava a estar em causa, mas ainda não era impossível, bastava que os azares parassem e que o terreno fosse propício a maiores velocidades, o que não se verificou. Não só o terreno não permitia recuperar muito tempo como o massacre dos furos continuou e começou logo à saída do excelente almoço com que a equipa de apoio (EN e TF) nos brindou em Torres Novas.
Tínhamos andado 50 m quando o SD verificou que tinha um novo furo, mas não ficaria por aí. Até Tomar o PL também teria que parar uma vez para meter ar e esperar que o Magic Seal actuasse, mas na zona da Bezelga (onde estava outro ponto de abastecimento) teve mesmo que desmontar a roda de trás para ver o que se passava porque continuava a perder ar. Foram retirados cinco picos do pneu e apesar da câmara ter vários furos foi montada novamente porque montar uma câmara sem Magic Seal seria provavelmente uma pior opção, tendo em conta a quantidade de picos que teimava em se cravar nos pneus. A verdade é que o líquido milagroso foi fazendo o seu trabalho daí para a frente.

A aproximação a Tomar foi feita sem grandes ocorrências, apenas com mais uns enganos no percurso e no centro da cidade tirámos a foto da praxe, seguindo de imediato para o Convento onde estaria o próximo ponto de apoio. Aqui houve um ligeiro desencontro com o carro de apoio. O apoio estava lá, mas sem carro e ligeiramente afastado do percurso. Como íamos com o nariz no guiador quem ia à frente não se apercebeu que era para parar e continuou. Depois de alguns acertos por telemóvel combinámos encontrar-nos junto ao Aqueduto de Pegões (se entretanto o carro chegasse, pois o DN tinha ido à procura do dropout).

Chegados ao aqueduto estivemos a avaliar se passávamos por cima ou não. Dois de nós ainda andaram um pouco a pé em cima do aqueduto para ver a paisagem e avaliar a situação, mas decidiu-se ir por baixo.
Entretanto chegou o carro de apoio com o DN e um dropout novo, que ele começou logo a montar na bicicleta. Aproveitámos a desculpa para fazermos uma paragem mais prolongada para comer e beber, porque já era hora de lanche. Nesta altura era claro que não conseguiríamos concluir o percurso de dia e portanto restava-nos aproveitar ao máximo o passeio e o convívio e chegar o mais longe possível. Foi o que fizemos. Chegámos às imediações de Ourém já ao anoitecer, não sem que antes o SD voltasse a furar, o DN também tivesse um furo e o PL tivesse que parar para voltar a meter ar na roda de trás para tentar continuar sem reparar o furo, porque estávamos a poucos quilómetros do ponto onde se tinha decidido que iríamos parar. Nota engraçada para o último furo do SD e o do DN que estavam parados a 100 metros um do outro e a 300 metros da estação de Fátima, onde a equipa de apoio nos esperava. Aos gritos comunicamos uns com os outros e o DN vem a correr para junto do SD e reparam os furos em simultâneo. Mais uns metros e reparavam os furos na zona de abastecimento.

Seguiu-se uma operação de resgate de ciclistas em que alguns foram buscar os carros a Leiria para recolher todo o pessoal e terá sido o período mais complicado, já que não havia agasalhos e estava a ficar fresco. O pessoal teve que esperar cerca de uma hora com a roupa suada até os carros chegarem, o que não foi nada agradável.

Em Maio voltaremos a desafiar o percurso, esperando ter menos azares, mas também um pouco mais preparados para os contratempos, de modo a tentarmos perder menos tempo parados e acabar dentro das doze horas, o que é perfeitamente possível, pois desta vez estivemos apenas cerca de oito horas e vinte minutos a pedalar.

Para finalizar umas dicas para quem tentar fazer o desafio:
Não descurem os pneus e câmaras. A possibilidade de ter muitos furos é bem real.
É aconselhável ter um apoio externo. Além de facilitar os abastecimentos pode ser essencial para recolha de ciclistas.
Muita atenção ao percurso. Há zonas onde é muito fácil haver enganos e muitos enganos pequenos são muito tempo perdido. Aconteceu-nos isso muitas vezes, quer por distracção, quer por fraca recepção de satélites.
Aproveitem para ver as paisagens. O percurso é muito variado e passa por zonas muito bonitas.

2008-07-23

Passeio da EPI - Mafra - 20 de Julho de 2008 e conquista do Forte do Juncal

O AAF e o PL foram a Mafra participar no passeio de 25 km organizado pela EPI na Tapada Militar e vieram satisfeitíssimos.
Foi um passeio à moda antiga, feito sem grandes correrias, com uma organização impecável e um percurso do melhor, concentrando nos 25 km tudo o que se pode imaginar para este tipo de passeios (sem cair em exageros).
As marcações estavam claríssimas e o acompanhamento no terreno foi impecável.
Ainda tivemos direito a um abastecimento de fruta, água e sumos e tudo isto a custo zero (para os participantes, obviamente).
É completamente merecido um semáforo bem verde (a cor do crachá da unidade, por acaso)

Aproveitou-se que estávamos a passar pelo Forte do Juncal para “picar” mais um forte das Linhas de Torres. Este seria difícil de conquistar de outra maneira, dado que se situa bem dentro da Tapada Militar. Na verdade não o visitámos, cumprindo as instruções de não sair dos caminhos, que nos foram dadas no briefing, mas tirámos uma foto bem juntinho a ele. Ainda parecem ser perceptíveis os restos do fosso mesmo junto ao caminho, a que se teria acesso pelo caminho estreito à direita na foto.

2008-06-30

Fortes do Sobral - III

Foi com alguma desilusão que terminámos a conquista destes cinco fortes (ou do pouco que resta deles). As figuras geométricas que se percebem claramente na imagem aérea e que coincidem quase de modo perfeito com as plantas dos fortes não é tão perceptível quando se está no local. No forte do Alqueidão ainda se podem ver por entre as silvas onde seriam os fossos, já nos restantes, não fossem as coordenadas que nos indicavam que estávamos dentro ou junto às antigas fortificações e estas passariam completamente despercebidas.
Do Forte Novo restam apenas alguns vestígios do fosso, mas ainda é o único em que se percebe a importância da sua localização, pois a vegetação à volta mantém-se rasteira.
No Forte Grande do Alqueidão ainda resiste um miradouro construído entre 1989 e 1990 pela Engenharia do Exército, mas completamente vandalizado. A promessa de ter uma vista soberba em toda a volta, que é apregoada no folheto de divulgação da Rota dos Moinhos do Sobral, foi uma desilusão, já que o forte está completamente rodeado de eucaliptos que tapam completamente a visão. O interior, à excepção da zona junto ao miradouro, é um matagal de silvas e tojos que impede a percepção da grandeza e importância que este forte teve. Uma vergonha.No Forte do Simplício a aproximação pelo lado Norte levou-nos após muitos arranhões a uma das esquinas da construção, onde se adivinhavam ainda os restos do fosso, já quase cobertos de vegetação (maioritariamente silvas). Houve pouca coragem de prosseguir as buscas pela entrada e desistimos da conquista, quais franceses em 1810. Provavelmente uma aproximação por Sul teria mais êxito.
A entrada no Forte do Machado foi facilmente encontrada, mas nada indicava que estaríamos no interior do forte, não fosse a “rotunda” que se vê na fotografia aérea. Já à saída foi possível espreitar por baixo das silvas e perceber que ali terá existido em tempos o fosso de protecção.
Do Forte do Trinta não encontrámos praticamente vestígios e só com muito boa vontade se pôde pensar que uma depressão cavada no terreno seria o que restava do fosso nascente.
Nestes quatro fortes a diferença de cor da vegetação visível na fotografia aérea podia fazer crer que os fortes estavam bem preservados, mas na verdade o verde mais escuro são eucaliptos e o mais claro são silvas e tojos, revelando um grau de abandono confrangedor.
Neste percurso salva-se em termos históricos a placa que, na fachada da Quinta do Freixos, em Pêro Negro recorda aos passantes que ali estabeleceu o Duque de Wellington o seu Quartel-general durante o tempo de ocupação das Linhas.
Quanto à vertente ciclística, a preparação do percurso não indicava claramente, embora não fosse difícil de adivinhar que se ia subir e descer bastante. Foram apenas 25 km, mas mesmo feitos a ritmo calmo e com muitas paragens ainda tiveram um grau de exigência considerável, como comprovam os mais de 700m de acumulado de subidas.
O melhor de tudo terá sido o tempo bem passado, que as frequentes pausas proporcionaram, conjugando assim o esforço físico com a boa disposição e a conversa posta em dia.
Marcados a azul os fortes feitos nesta incursão.

Fortes do Sobral II- Relato do SD

O passeio dos Fortes Arranhados sucede ao passeio dos Fortes Picados e é assim o segundo passeio desta saga que promete deixar marcas nos “Fortes” que se fizerem a eles.
Foram seis os “Fortes” (SD,JB,JP,PL,FF,EN) que ontem se juntaram no Sobral de Monte Agraço para um passeio à descoberta de fortificações imaginárias. Sim, imaginárias porque de cinco fortificações apenas vimos restos de uma. Quanto às outras podemos dizer que estivemos no sítio e há registo fotográfico, por isso não duvidem!
Desta vez os Fortes não trouxeram marcas de melgas mas sim de silvas, espinhos e outras coisas capazes de riscar o cromado. Muito pico tinha aquele percurso. Depois ainda houve dois malucos que sob o pretexto do Geocaching se fizeram a um trilho fechado e ladeado de vegetação espinhosa só para ir abrir a tupperware. Ainda assim consta que saíram desse caminho arranhados mas felizes ostentando nas mãos uma cobra de borracha e uma Geocoin, quais troféus. Quanto à cobra de borracha, assim que a EN viu a cobra ao longe levantou-se e estava prestes a subir ao marco geodésico quando o JB disse que era a brincar. Por falar em bicheza (cobra, não confundir com o JB), perto do mal cheiroso atrelado com os cães com que nos cruzámos tive de desviar a roda de uma que se deslocava para a berma e à primeira vista tinha um comprimento jeitoso. Por acaso parecia-se em tudo com a de borracha que guardava no Camelbak. Cheguei a pensar que ela tinha fugido. Estivemos perto das ventoinhas eólicas que adornam hoje as nossas serras e todos pudemos apreciar as suas generosas dimensões. Houve até quem se pusesse a divagar e a imaginar pendurado nas pás das hélices.
Terminámos o passeio em asfalto e eliminando o último troço previsto dado o avançado da hora e também o facto de o único trilho que estávamos a ver no momento ser... estreito e ladeado de silvas.
Foi um passeio agradável como todos os nossos e que contou com a presença feminina da EN que se portou à altura!
Venham as próximas fortificações, sem melgas, sem silvas e sem outras coisas tais!

Fortes do Sobral - 29 de Junho de 2008

Seguir-se-á em breve um relato mais detalhado, mas fica desde já a informação que foi concluída a abordagem a mais cinco fortes das Linhas de Torres. Neste caso foram os mais próximos de Sobral de Monte Agraço e a operação teve um êxito relativo. Todos foram encontrados, mas nem todos devidamente conquistados devido a estarem na sua generalidade engolidos pelo matagal.Fomos ainda a Pêro Negro com o intuito de beber uma "mine" com o Duque de Wellington, no seu Quartel-general situado na Quinta dos Freixos, mas não o apanhámos em casa.

2008-06-23

24 H 2008 - Comentários do PL


Relativamente à nossa participação, acho que dificilmente podia ser melhor. O simples facto de estarmos ali todos a petiscar no Domingo em amena cavaqueira prova isso (embora eu cavaqueasse pouco, porque estava mesmo todo roto).
Gostava particularmente de agradecer ao JM a disponibilidade e as febras, entremeada, salsichas, chouriço e picanha que ele conseguia fazer "no ponto", mesmo com instrumentos que se desfaziam à aproximação do calor. Uma das voltas que dei deveu-se a ele, pois como fui estando sempre bem abastecido não tive que ir perder uma hora (ou mais) na fila para o jantar. Com isto acho que ganhámos mais um elemento para participar na próxima edição. É que se nós nos queixávamos do calor a pedalar, imagino o calor que estava junto ao fogareiro. Para o ano ele vai preferir pedalar. Difícil vai ser arranjar substituto à altura. Se nós estamos aflitos das pernas, ele estará aflito dos dedos, com as queimaduras.

Quanto às classificações... Pois é, aquilo tinha classificações... Eu fiquei bem classificado. Fiz 15 voltas, não foi mau. Tinha ganho as minhas 24H se tivesse conseguido fazer as 16 a que me tinha proposto, mas não houve mesmo condições para fazer a volta nocturna a que me baldei após ter estado a trocar o cabo do desviador da frente. Uma tarefa tão simples demorou-me eternidades para fazer as afinações finais, mas o discernimento e a coordenação motora já não eram as melhores após mais de 120 km e a avaria acabou por servir como desculpa para ficar a descansar mais cedo. Levantar às 5:30 foi um martírio e custou mais do que quando pedalava em equipa, quando tinha mesmo que saltar da tenda porque alguém estava à minha espera. Neste caso a motivação que arranjei foi ver o nascer do Sol a pedalar. Estranhamente as primeiras voltas da manhã correram-me melhor do que esperava e na segunda consegui mesmo fazer tempo ao nível das que fazia no início do dia anterior, pelo que aproveitei para tentar recuperar algum do atraso no plano de prova e garantir assim as 15 voltas, que eram o objectivo do "plano B".

Ah, mas havia outras pessoas a competir, não é?
As senhoras portaram-se muito bem e a equipa Red Bull deve ter mesmo sido movida a latinhas dessas, porque parece que andavam a competir internamente para ver quem fazia o melhor tempo e o resultado foi o 19º Lugar nas equipas de quatro masculinas, que foi o melhor resultado de sempre dos Just4Fun.

A propósito de Red Bull, na última volta vinha à conversa com outro solista que me dizia que não tinha dormido, mas houve duas vezes que quase que tinha adormecido na tenda, mas que se levantou rapidamente. Dizia-me ele também que o que lhe tinha valido foram seis latas de Red Bull que tinha bebido durante a noite.
É assim: uns bebem Red Bull e outros bebem "mines". Não há competição possível :-)

Entretanto, o meu 29º lugar nos solos masculinos foi muito melhor do que eu podia esperar, tendo em conta os 109 participantes e a dureza do percurso.
Na segunda-feira seguinte estava um bocado massacrado, mas passados dois dias já estava a pensar na próxima, o que deve querer dizer que o meu estado de insanidade se agravou. É que já tenho idade para ter juízo ;-)

Uma palavra final sobre o percurso...
Foi provavelmente o percurso mais engraçado das 24H em que participei, muito variado e com singles espectaculares, mas se era adequado para algumas passagens não seria o melhor para uma prova de 24 horas. Já nem falo da dureza física nem da persistência de obrigar os participantes a descer escadas, quando há alternativas válidas. Falo sim da perigosidade crescente de algumas zona à medida que se degradavam com os milhares de passagens dos concorrentes e da dificuldade de ultrapassar e ser ultrapassado nas longas zonas estreitas.
Já agora, para que conste, eu até desço escadas, como comprova a foto abaixo que foi recolhida a partir do ForumBTT, acho é que não há necessidade de massacrar concorrentes e material, mas ao fim de quatro participações já vi que é chover no molhado e não vale a pena reclamar.

2008-06-16

24 Horas BTT - Lisboa - 14 e 15 de Junho de 2008

Espectacular participação dos Just4Fun nesta festa do BTT nacional.
O ambiente é único e até há quem consiga pedalar quando a vontade é ficar no acampamento a petiscar e bebericar as já famosas "mines".

Comentários detalhados seguir-se-ão dentro em pouco, mas fica desde já a lembrança de um fim-de-semana bem passado, em que (contrariamente ao ano passado) não tivemos baixas nos efectivos e os 15 atletas se portaram muito bem, terminando tudo numa churrascada como manda a sapatilha. O nosso grelhador estava tão bem situado e o cheirinho que emanava era tão apetitoso que foi muitas vezes cobiçado por quem passava ao longo da tarde de Sábado e no almoço de Domingo. Complicada foi a desmontagem da Just4Fun Zone, dado que não havia vontade nem para mexer um dedinho.

Quanto às classificações:

Solo Masculinos
1º Ricardo Melo : 31 voltas ...
29º PL: 15 voltas
36º DN: 14 voltas
44º PM: 13 voltas
79º FF: 9 voltas ...
109º Rui Santos: 1 volta

Solo Femininos
1ª Ausília Vistarini: 25 voltas ...
9ª EN: 6 voltas
12ª TF: 4 voltas
13ª RG: 3 voltas
14ª Cláudia Martins: 3 voltas

Equipa de quatro Masculinos
1º Bicisintra: 41 voltas ...
19º Just4Fun^2: 33 voltas
95º Just4Fun^3: 21 voltas ...
112º Vacas Velhas Mountain Bike Team: 9 voltas

Aqui ficam desde já umas fotos de:
Montagem da Just4Fun Zone

Cinco das 8 camisolas Just4Fun que alinharam à partida
Uma das fotos que foi possível tirar no percurso

2008-06-09

Just4Banner

Quando nos quiserem encontrar procurem a faixaque vamos estrear nas 24 H BTT de Lisboa.

2008-06-06

Raid BTT Minde - 18 de Maio de 2008

O JP é modesto e o assunto passou quase sem se dar por ele, mas este menino fez 31º lugar nesta prova, com 2:31:16 nos 45 km, apenas mais 33:31 que o primeiro classificado. É do conhecimento geral que aquela zona é o reino da pedra, e a prova fez questão em reflectir isso, como tal o resultado ainda deve ser mais valorizado.
Classificaram-se 257 ciclistas.
O RB não conseguiu concluir a prova porque após um voo picado tentou aterrar só com um dedo e não teve sucesso nesta experiência, mas tudo aponta que o dedo está a clarear e recuperar movimentos a bom ritmo para estar em condições nas 24 H que se aproximam.

Editado em 2008.07.02
Relato do JP:

"Peço desculpa a todos por não ter conseguido mais cedo fazer aqui um relato daquela que foi a minha participação no Raid em Minde, já no passado dia 18/05/2008.

A pedido do nosso Presidente e também porque a organização do Raid assim o merece, aqui fica um relato daquilo que ainda me é possível lembrar.
Começo realmente por elogiar a organização deste Raid. Mostrou a muita e boa gente, como por apenas 12 euros de inscrição, se consegue levar a efeito uma tão boa maratona, raid, prova, passeio, ou o que quer que se lhe queira chamar. Boa localização do secretariado. Rápida e eficaz entrega de dorsais a cerca de 400 participantes (sensivelmente). Muito bonito, exigente e duro percurso. :-)
Muito bem marcado. Bem auxiliado por voluntários que nas suas motos ou moto4 ajudavam na estradas, cruzamentos e pontos mais perigosos. Forte presença das forças da GNR a comandar o trânsito. Forte e boa presença dos Bombeiros Voluntários. Rápidos e quentinhos banhos no final. Ao que me contaram e porque não parei lá, um bom ponto de abastecimento de sólidos e líquidos. E para terminar, muito espaçoso recinto para as refeições, que de uma forma rápida serviram uma boa refeição composta por sopa, dois pratos à escolha (um de peixe e outro de carne), águas, sumos, cerveja ou vinho, e ainda peças de fruta para sobremesa.

Por tudo isto, uma grande luz verde a esta organização. Fizeram por merecer!!!

No que diz respeito à minha participação, saldou-se pela positiva. Fiquei-me pelo 31º lugar num total de 257 participantes que concluíram este difícil Raid de 45 kms, com o tempo de 2h 32m 23s.

A presença de fortes subidas e muita pedra era desde logo um dificuldade que sabia que ía encontrar, no entanto não estava à espera era de alguns aguaceiros que dificultaram e muito a transposição às pedras. Nomeadamente uma tal descida por volta do km 18, que em condições normais já seria complicada... quanto mais molhadinha...!

Belas paisagens, várias passagens por aldeias onde os populares aplaudiam e incentivam todos os concorrentes, longas subidas, algumas descidas engraçadas e com vários niveis de dificuldade, enfim, tudo aquilo que se quer num evento destes.

O pior estava mesmo guardado para o final, onde após longa subida mas em asfalto, onde as cãibras começaram a ameaçar, seguiu-se um complicado e perigoso single-track em pedra solta a descer (o chamado Downhill de Minde), isto mesmo antes de entrarmos no centro de Minde onde estava situada a meta, em pleno jardim e com bastante gente a ver a chegada.

Aqui, ao terminar, meti o pé no chão para me lerem o dorsal e dali já não saí sem ajuda...! A custo lá me livrei da bicicleta, mas tiveram de me vir buscar. Não consegui dar um só passo, que fosse! Felizmente estava por ali um "massagista" lá do clube da terra, que prontamente se ofereceu para me ajudar. Afastaram as baias que isolavam a zona de meta. Abriu-se um espaço no passeio bem no meio das pessoas que assistiam à chegada e ali mesmo me deitei de costas enquanto o tal senhor me massajou a pernas. Uns minutos depois e lá me levantei...!

A mesma sorte não teve o nosso amigo Rui Berrincha, pois uma queda logo nos kms iniciais do Raid e precisamente na primeira descida após uma longa e difícil subida, fez com que com enorme esforço ainda conseguisse chegar ao primeiro posto de abastecimento, mas ali mesmo foi obrigado a desistir e acompanhado pelos Bombeiros, teve de se deslocar ao hospital afim de ser radiografado a um dedo que teimou em fazer de "trem de aterragem". Várias escuriações nas pernas e braços também eram bem patentes do forte impacto que teve com o solo. Felizmente, nada de grave se confirmou! Apenas umas mazelas para mais tarde recordar! Amigo RB, a continuação das tuas melhoras!

E pronto, apesar de algum tempo passado e como diz o ditado: "Mais vale tarde do que nunca", aqui ficou o relato do 1º Raid a Minde.

Não sei se chegaram a este ponto do relato, mas se sim, o meu obrigado pela paciência de o terem feito! :-)

Aquele abraço"

2008-06-04

24 H BTT - Monsanto - Lisboa - 14 e 15 de Junho de 2008

Mais uma edição, mais uma presença Just4Fun.
É já a quinta edição desta prova em que participamos (falhámos a primeira) e desta vez vão estar presentes 15 elementos a pedalar a solo e em equipas "oficiais":
1-010 DN
1-012 EN
1-024 TF
1-025 FF
1-133 PM
1-333 RG
1-961 PL
4-444 - Just4Fun^2 (SD, JP, NC, JB)
4-567 - Just4Fun^3 (NO, AF, JMA, FG)
e outro numa equipa "privada" (RB na equipa 4-113).

É a maior participação Just4Fun de sempre e (além da pedalada) estamos a preparar dois dias de convívio e petiscos entre ciclistas participantes, ciclistas não participantes e convidados VIP que irão passando pela nossa "Just4Fun Zone", onde teremos diversas actividades radicais, como "abanar o carvão", "virar da febra", "vazamento de minis" e "atirar pedras aos participantes a solo que quiserem parar".
Os "nossos" serviços de meteorologia (ver aqui à direita) dizem-nos que o tempo vai estar quente seco, com céu pouco nublado e temperaturas entre 18 e 30ºC.

2008-05-26

24 H com presença feminina Just4Fun

Stop the presses!!!! Stop the presses!!!!

Notícia de última hora enviada pelo nosso correspondente no reino do BTT:

"Pela primeira vez os Just4Fun terão participantes na categoria feminina das 24 H.
Elisabete Novais, Tatiana Ferreira e Rosário Gomes serão as destemidas que não deixam os créditos por mãos alheias marcando presença neste evento e nada melhor para começar do que logo em participações a solo. Antes de começar já são vencedoras."

Maratona da Raia (Idanha-Zarza) 2008.05.11

Relato do DN:

"Contra as previsões, o tempo esteve óptimo, até a noite de sábado esteve limpa. Domingo, excelente temperatura para a prática da modalidade.

Prova da Escola Aventura, como tal, tinha que ser com os ingredientes todos. Até ter que atravessar o rio com água pelos joelhos. Não havia necessidade... digo eu. Quem fez os 100, teve que lá ir duas vezes e da segunda, parece que era com mais um pouquinho de água.

Os meios de apoio estavam lá, mas não se viam por aqueles caminhos onde era mesmo necessários em caso de haver algum problema, o que iria demorar bastante tempo a chegar socorro, caso fosse necessário.
A 5 km da partida, estive uns 15 minutos até que chegasse alguém da organização, com um bttista que tinha caído, estava com a cara mal tratada e o braço sem o conseguir mexer, (vinham três moto4 todas juntas a fechar as cancelas e a retirar as marcações) isto depois de ter estado com outro (uns 10 minutos) que teve uma quebra de tensão 1 km antes e que teimou em seguir viagem. Acabou por ficar mais à frente com o acidentado. Não sei quanto tempo é que a ambulância demorou, porque tratei de seguir viagem. O grupo foi andando porque não era preciso ficar mais ninguém para ajudar e então, pernas para que te quero, para não os deixar fugir muito.

Mais 11 km, ao passar na barragem, avisto uma camisola das nossas. É pá, ou estou a andar muito (hé hé, a andar muito) ou eles estão a andar muito pouco.
Tomei conhecimento que o amigo ZM se lembrou de tombar, ainda por cima, logo de umas pedras manhosas (podia ter escolhido o local de aterragem, foi como eu, também me esqueci de escolher um sítio bom): resultado, nem a cinta lhe valeu, acabou por empenar as costas. A EN, como é solidária, assustou-se com o tombo do ZM e parou para ajudar, mas vinham uns em speed e para os deixar passar, falhou qualquer coisa e acabou por cair também. Já tinham telefonado para o carro de apoio, mas não foi necessário porque estávamos, mais ou menos a 1 km do local onde pernoitámos. Deixamos o amigo ZM a deslizar para o parque, (era sempre a descer) e seguimos a aventura, por caminhos desconhecidos para nós.
Passámos por uma rampa de madeira para transpor um muro, (a organização esteve bem aqui) porque não devia haver nenhum portão por perto, algumas ribeiritas onde se passava muito bem, subidas para todos os gostos, mas as descidas que eu estava há espera (looongas) não tinha (velocidade máx. 52 km/h para mim, alguém deve de ter feito mais, em especial os que fizeram os 107 km em muito menos tempo que eu fiz os 56).

Primeiro abastecimento, já não estava lá ninguém, veio um fulano à porta de um café a dizer que o abastecimento era ali, mas só havia água, isso tinhamos nós, então vai de seguir.
Encontramos um a empurrar a bike, rebentou a câmara e não tenha para substituir, quem vai para ali só com remendos é o mesmo que, quem parte e reparte e não fica com a melhor parte...

Outro abastecimento. Água, queques e croissantezinhos com doce. Fruta ou sumos, nada.
Mais uns quilómetros, mais um abastecimento, simplesmente, água...
Aos 40 e tal, lá apareceu a descida da caçada para o rio, onde na falta de concentração e de mais alguma velocidade, eu resolvi tombar com os pezinhos encaixados nos pedais. Ah pois é, isto andava a prometer há tanto tempo que teve que ser logo numas pedras bem jeitosas. Resultado, o chamado orgulho ferido, um cotovelo deitado abaixo, uma porradita nas costelas e um joelho picado.
Ainda estava eu deitadinho no chão só com um pé desencaixado, (o que não fazia falta para ter ficado de pé) a ver se estava tudo no sítio para me levantar e a rir sozinho, já alguém do grupo perguntava se estava tudo bem, ao que eu respondi com uma perna e um braço no ar (sim, porque o resto ainda estava debaixo da bike) que sim. Como estávamos praticamente a terminar aquela montanha de pedras, entramos num carreiro de terra e a EN que tinha feito a maior parte daquela descida a pé, montou na bike e acabou por aterrar outra vez, mas desta vez em terra, o que só deu para sujar o fato. Ora e que de melhor podia vir para arrefecer os ânimos, atravessar o rio. Feita a travessia, já sabíamos que o final não estava muito longe, pelo menos em termos de altimetria já era quase só rolar.

Chegámos e logo uma senhora da organização nos disse que não podíamos prosseguir... olha que maçada... lá tivemos que ficar por ali, que era mesmo o nosso destino. O FF e a TF já tinham partido. Tínhamos combinado que se não estivéssemos às 14 eles partiam e como tal, depois de varias aventuras nesta aventura por Idanha, chegámos quase com uma hora de atraso.

A TF nos quilómetros que andou ficou ainda mais adepta da modalidade. Gostou bastante, mas para início era um percurso um tanto ou quanto complicado. Fomos apanhá-la e o FF fez questão de pedalar até Idanha. Fez um tempo tão bom, pois ainda estávamos a arrumar as coisas no parque e a dizer que tínhamos que ir esperaá-lo na meta e não tivemos tempo. Ainda teve que ficar à nossa espera para tomar banho. Até teve tempo também para tombar, pois parece que teve um contacto imediato com o solo, mas só deu para sujar o fato."

Relato do FF:

"Idanha valeu a pena. Apesar de desclassificados (partimos antes dos nossos colegas de equipa chegarem) mas isso não é importante. Nota máxima para o convívio, a participação, o desgaste físico - mas sempre prontos para outra - e os momentos passados em cima das máquinas, uns mais tranquilos, outros mais duros.
A Tatiana teve azar, ou melhor, foi ao encontro do azar. Não foi a melhor prova para quem queria iniciar-se nestas andanças. Os primeiros 10 km foram tranquilos e todos os desníveis foram-se fazendo bem. Depois veio a travessia do rio com água pela cintura e a partir daí foi desgastante num trilho longo de ladecos para o rio com "para-desmonta-monta-para-desmonta" constante que desgaste qualquer um. Aí a Tatiana deu o berro. Cumpriu 16 km com muita classe e desgastou-se por completo. No próximo fará mais km certamente.
Depois da Tatiana estar entregue ao carro de apoio segui solitário para os 34 km restantes: era apenas eu, a bike e os trilhos. Só muito perto de Idanha é que consegui alcançar alguns "desgraçados" que diziam mal da vida. "Desgraçados" no bom sentido, lutadores e persistentes contra as longas horas em cima da bike e contra os desníveis ligeiramente acentuados mas que ao fim de uma larga dezena de km parecem paredes.
A 1,5 km da meta a já famosa subida em calçada degradada que, ora com o assobio mais forte, ora bastante mais fraco, foi-se fazendo o que era possível, porque há lá alturas que não sei se acredite que alguém o faça.
Gostei de tudo, desde a partida de sábado às 08.00 até à chegada de domingo às 23.45h. Conto voltar no próximo ano."

2008-05-05

Portalegre 40, 2008.05.03

Terceiro ano consecutivo de participação dos Just4Fun. Desta vez marcaram presença o PL e o JP (este com dorsal cedido à última hora) nos 40km, que acabaram por ser 57, com mais de 1300 m de acumulado de subidas.
Como de costume, a organização é impecável e justifica bem o preço que cobra.
Chegados de véspera e depois de uma noite mal dormida devido ao barulho dum parvalhão que passou a noite aos gritos, às 7:45 estavamos no controlo zero, já com algumas centenas de participantes à nossa frente na zona de partida.
Após o início foi pedalar a fundo para tentar evitar os habituais engarrafamentos, o que foi conseguido. Pela primeira vez conseguimos escapar a essa praga, o que contribuiu para os bons resultados:
JP (referido como Nuno Campos) 132º com 3:10:57
PL 315º com 3:33:52
O primeiro fez 2:25:21 e o último (1716º) 8:52:14
Foi mais um bom desempenho dos Just4Fun.

Ficou a ideia que os 57 km deste ano eram mais duros que os de 2007 apenas por causa do piso muito exigente nos locais novos, porque a maior parte do percurso foi semelhante ao do ano passado. Algumas descidas não permitiam descansar e as subidas não eram brincadeira.

2008-04-24

SRP160 - Serpa 2008.04.12

Com algum atraso na publicação (o editor do blogue anda na balda) aqui fica o relato feito pelo DN da sua participação neste evento.
(foto BTT-TV)

Lá vai Serpa, lá vai Moura e Espanha fica logo à direita (vou deixar Pias para outra altura). Desde muito novo que ouvia dizer, que de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento e realmente é capaz de ser assim.

Estive em Serpa numa maratona que não era para mim, mas como a maioria das vezes eu sou teimoso, lá fui.
Das duas distâncias, tinha que ser a maior, (160) então mas eu ia fazer aquilo por menos? Nã!. Só digo que ainda bem que não me deixaram seguir, porque senão a esta hora ainda andava por lá.

Partida certinha e direitinha, logo ás 8H, sim senhor, pontualidade.
Era vê-los de roda no ar logo no arranque, parecia que era uma maratona de 20 km (para mim).
Voltinha da praxe no alcatrão e aí está a prova iniciada na terra.

O primeiro abastecimento era para ser aos 20 km, mas como não devem de ter encontrado um local mais ou menos plano para dar de beber ao pessoal, (digo beber, porque havia água, bananas e bolos de manteiga secos, porque a manteiga foi só para os fazerem) foi para aí aos 30. O segundo seria aos 60, mas fui encontrá-lo aos 71, penso que é muita distância entre eles, (para mim) pois por estranho que pareça estava já sem água, digo estranho, porque habitualmente bebo pouco. O último abastecimento para mim foi aos 100 e ainda bem que ele estava ali, pois já tinha sete horas e meia de caminho e o “selim” começava a dar sinais de muita fadiga.

Penso que foi um Transpinhal que eu fui fazer no Alentejo, aquilo ou é a subir ou é a descer e a descer até os olhos tremem. Os pulsos e braços também não ficam muito satisfeitos, porque no fim das descidas tinha que haver alguma coisa que não deixava embalar, ou tinha água (sim, porque eles escolheram todos os cantinhos em que havia água para passar) ou tinha buracos de mais para fazer o início da subida mais folgado e por aí adiante. Gelei os pés para aí aos 20 km, talvez menos, e só os comecei a sentir perto dos 60 (o direito só no meu penúltimo abastecimento).

Levei o apoio de moto4 para aí 5 km depois do penúltimo até ao meu ultimo abastecimento, o queria dizer que não havia mais ninguém atrás de mim, uns já tinham desistido e os outros, pois os outros iam todos lá bem na frente. Estive mais ou menos meia hora para me levarem do abastecimento, juntamente com mais três que já lá estavam. Passamos por outra zona de desistência para apanhar mais e fomos para Serpa tomar banho.
A água era quente, já lhes estava a rogar pela pele se estivesse fria.

O almoço (não sei bem se foi almoço, lanche ou jantar, foi um misto) mereceu o esforço para chegar à cantina da escola EB lá da zona. Estava muito bom, com qualidade e quantidade.
Borrego de jardineira (um espectáculo) mesmo à moda alentejana.
Entremeadas, febras, esparguete, saladas, sumos (de laranja, que faltaram nos abastecimentos), aguas e não podia faltar a cervejola.

Cheguei a andar mais de 30 km sem ver ninguém, nem malta da assistência, (deviam de andar com o pessoal da frente) o que não é muito agradável. O que tinha de bom era que estava tudo bem marcado. Dúvidas houve apenas num monte que tinha mais do que um caminho e eu não via fita nenhuma, mas estava um sujeito a lavar o carro à porta de casa, (não sei para quê, ele para sair dali ia sujar aquilo tudo outra vez). Perguntei-lhe por onde era e ele foi logo muito solícito a informar de tudo: que era em frente, já tinham passado muitos e que até ia uma mulher na minha frente, ao que eu respondi, que pelo menos quatro eu tinha visto.
Por mulheres, eh pá, ele há umas com uma pedalada, que dá gosto de ver. Essa que ia na minha frente, (um bocado já bem bom para a frente) tinha passado por mim e também se queixou que não via ninguém já fazia bastante tempo. Ainda fizemos uns km (poucos) juntos mas tive que voltar ao meu ritmo para não morrer logo ali e só tenho a agradecer a força que me deu para continuar. Quando ia na pickup, voltei a vê-la, deviam faltar uns 30 km para chegar e pareceu-me que o ritmo ainda era o mesmo.

Bem, fiz 100 km, 2100 de acumulados e vim para casa todo contente porque não fiquei com o corpito empenado. No final, vou para um semáforo amarelo, só para ver se eles se lembram no próximo de tratar dos abastecimentos um pouco melhor e para as motos, que eram umas quantas, andarem de um lado para o outro a ver o que se passa e a malta não se sentir muito abandonada. É portanto um amarelo a fugir para o verde.

2008-04-14

Monsanto na Primavera

O que Monsanto tem para nos dar, se pararmos para ver:

Maratona de Vendas Novas -2008.04.06

Relato do JP da sua participação na Maratona de Vendas Novas:

“Ao contrário daquilo que me é/era habitual, desta vez cheguei cedo, levantei o dorsal sem demoras, preparei a bike, ainda deu tempo para dar uma voltinha para aquecer e alinhei na frente da corrida. Depois de uma voltinha de cerca de 4 kms ainda dentro de Vendas Novas, toda a gente voltou a parar para um breve briefing. Contadores a zero e foi dada a partida.
Mais de 600 participantes saíram em euforia para um primeira recta de cerca de 1km com duas viragens à esquerda um tanto apertadas e seguidas de uma descida que tinha sido anunciada como perigosa.
É realmente muito importante sair com os da frente! Não há engarrafamentos nas passagens mais estreitas e/ou perigosas e o ritmo tomado em nada tem a ver com aquele que se tem mais na cauda do pelotão.
Temos no entanto de saber os nossos limites, pois entusiasmei-me e quando dei por mim, já não sabia se havia de desistir ou continuar! Parti na frente e aquele ritmo dos da frente é diabólico. Como é óbvio só serviu para me lançar num ritmo um tanto exagerado que mais tarde vim a pagar. Não acompanhei o ritmo dos da frente por muito tempo, mas dos que ficaram para trás, poucos me apanharam. Pior foi por volta dos 20 km e numa zona que subia um bocado, a minha hérnia inguinal começou a incomodar-me. Com o passar dos quilómetros foi aumentando a dor e pensei em desistir ali mesmo. Pela primeira vez, doeu-me a hérnia a andar de bicicleta. Acho que mais uma operação se aproxima a passos largos...! :-(
Prossegui, no entanto, mas sempre com aquele pensamento de algo mais grave me podia afectar. À passagem do meio da prova (controlo nº 2 e 42 km de prova) disseram-me que apenas teriam passado uns 35 participantes. Como é óbvio entusiasmei-me e dali até ao fim, ultrapassei alguns e fui ultrapassado por outros. Como na parte final os percursos (85 e 55) coincidiam, perdi um bocado a noção de quem eu estava a ultrapassar ou vice-versa. Embora para cada distância houvesse um dorsal de diferente cor, não é prático, nem o estado físico permite, andar a verificar a cor de quem ficou para trás ou passou para a frente...!
A minha expectativa aumentou, quando na chegada os poucos espectadores que por lá se encontravam, começaram a bater palmas e poucos eram os participantes que por ali estavam que já tinham terminado a sua participação.
O cronómetro oficial da prova marcava 3h e 49m. O meu cronómetro marcava menos 3 segundos eheheh. Assim, 3h48m57s em 85 km . Média de 22,27 km/h e com um desnível acumulado anunciado no site de 1491 m. No entanto, um companheiro que concluiu a maratona pouco depois de mim afirmava que no mostrador dele, o acumulado rondava os 1200 m, pelo que fiquei sem saber ao certo.
Adorei aqueles caminhos e o piso era muito bom. Mesmo ao meu gosto! Paisagem típica de montado alentejano, num constante sobe e desce, onde não esgotamos a subir, mas também não descansamos a descer. Mesmo à minha medida! ;-)
Quando saíram as classificações estavam de acordo com as minhas expectativas! Resultado final: 17º com as tais 3h 49m. Terminaram os 85 km, 98 participantes. Do total de inscritos, alguns desistiram, outros decidiram mudar de percurso e completaram os 55 km, que ao que parece eram cerca de 62 km, contribuindo para engrossar o leque de participantes nesta distância. Terminaram nesta distância 377 participantes.
Até aqui tudo bem com a organização! Belo percurso, bem marcado, embora nos últimos km o cruzar de percursos, pudesse suscitar algumas dúvidas, mas tudo, tudo ok! Pior foi depois de concluída a prova! Banho tomado com água fria (...brrrr!) e para terminar a saga, 1h30m em pé na fila de espera para o almoço. Aqui, um sinal vermelho à organização. Grande parte do tempo bem ao sol. O que valeu, foi que andaram a distribuir umas imperiais ao pessoal, de modo a calarem as bocas esfomeadas que por ali estavam!
Finalmente, e só quase às 4 da tarde, o tão esperado porco no espeto foi degustado! E de que maneira...! ;-)
E pronto. Este foi mais um relato de participação de um Just4Fun num evento por este País fora...!”

Passeio ISCPSI 2008.04.13


Cinco Just4Funners (EN, AAF, DN, NC e PL) estiveram presentes no passeio do ISCPSI que percorreu a zona ocidental de Lisboa, Jamor e Monsanto.
O que começou bem e a horas, acabou por ir piorando ao longo do dia, e só o abastecimento de bom nível e a passagem no Aqueduto evitaram que atribuíssemos o primeiro sinal vermelho. É de realçar o esforço da organização em manter os participantes sob controlo, mas algo não terá corrido bem, dado que as paragens foram demasiadas e muito demoradas e algumas das opções tomadas não foram as melhores. Fazer 400 pessoas passar o Rio Jamor um a um foi uma péssima opção e os guias pareceram manifestamente poucos para controlar tantas pessoas num percurso com zonas de andamento tão variado.
Este modelo de passeios guiados parece ter os dias contados. Para um grupo pequeno e de andamento semelhante pode ser usado, mas para grupos enormes e de andamentos diversos é completamente desadequado.

2008-03-17

À conquista dos fortes - Episódio I - 16 de Março de 2008

Em 2009 comemoram-se 200 anos do início da construção das Linhas de Torres.
Em 2010 comemoram-se os 200 anos da data em que as Linhas de Torres, ainda incompletas (apenas 108 dos 152 fortes construídos) impediram a marcha de Massena sobre Lisboa.
Este ano os Just4Fun iniciaram uma série de passeios em que pretendemos visitar até 2010 o maior número de fortes que for possível. Em baixo o relato do PL do primeiro destes passeios:

“E que tal começar a visita aos fortes das Linhas de Torres pelo Montijo?

Devia ter enviado uma mensagem: "Correcção: Montijo, não é Póvoa de Santa Iria." (private joke)

Baralhados?
Eu explico.
Juntámo-nos todos na Galp da Encarnação e arrancámos comigo à frente, que era suposto saber o caminho.
Como eu preparei o percurso na terra, mas não o de ligação em asfalto e tinha dúvidas sobre qual seria o melhor caminho, liguei o GPS do carro e fui seguindo a indicação da senhora: esquerda, direita na próxima saída, encoste-se à direita (aqui começou-me a cheirar a esturro, porque vi o letreiro de início da concessão da Lusoponte), saia à direita daqui a 100 m...
-O QUÊ??? Há um muro à direita, Burra!!!... Para isso tinha que ir 10 m à direita, na outra estrada.

Burro fui eu em não ter seguido pela A1 até Alverca.
Não havia alternativa, tivemos que ir fazer a inversão de marcha ao Montijo :-p

Depois deste contratempo, que nos roubou mais de meia hora de passeio, lá chegámos ao local da partida, mas os preparativos foram demorados e só arrancámos lá para as dez horas.

A partir daí a coisa foi correndo mais ou menos bem, embora em ritmo muito baixo. O Francisco convidou pessoal do pelicano que teve algumas dificuldades em vencer as pendentes iniciais. Acho que foi táctica do Francisco, para fazer um passeio descansadinho, mas com apenas 7 fortes "picados" e meia dúzia de km feitos, um deles já não estava em condições físicas para continuar e voltaram para trás. Mais ou menos pela mesma altura o Francisco vem ter connosco com um suporte de raio do cubo partido na roda da frente a dizer que também regressava ao início. Cá para mim ele andou à pedrada ao raio para ter uma desculpa para regressar, mas aquilo correu-lhe mal e partiu o cubo em vez do raio. Inventam cada desculpa ;-)

Dos oito participantes iniciais ficaram quatro (JP, PL RB e o Carlos, cunhado do Rui), que foram conquistando forte após forte até totalizar 16 fortes, tendo percorrido todos desde Forte de Casa ao Calhandriz, com algumas pendentes positivas e negativas de meter respeito, o que permitiu acumular mais de 850 metros de desnível, num percurso de 33 km.

No último forte, sobranceiro ao Calhandriz, decidimos regressar para o carro porque já passava muito do meio-dia, mas ainda estava reservado um último golpe de teatro...
O percurso por terra para o Calhandriz era a descer por uma vertente voltada a Norte com as curvas de nível muito juntinhas, que apesar de ser feito em diagonal, não era para meninos (digo eu...).
A meio da encosta o caminho acabou!!!
Investigámos as redondezas e decidimos procurar caminho a pé até ao vale, porque não eram mais de 100 a 150 m. Não sei quanto tempo demorámos, mas o resto foi feito com a bicicleta às costas, pelo meio de silvas e tojos em terreno escorregadio e demorou uma eternidade. A chegada ao vale e atravessamento da ribeira (felizmente seca) foi um alívio. Daí até ao carro foi sempre a abrir, a maior parte do tempo a descer, mas aqueles 150 metros valeram-nos inúmeros arranhões nas pernas e braços, especialmente a mim, que quis aproveitar o bom tempo e fui de calções e manga curta. Se a descer é assim, percebo porque é que o Massena nem tentou assaltar as linhas e se foi embora.

Um último pormenor caricato:
Na procura de caminho deixei a bicicleta no meio do mato, quanto voltei para a vir buscar não a encontrava e perguntei ao pessoal se a tinha visto. Respondem eles:
-Aqui não é possível alguém vir roubá-la!
Pois não, passado um pouco tempo encontrei-a a cerca de uns cinco metros do local onde eu estava, mas o mato era tal que não a conseguia ver. Estão a imaginar como aquilo era, não estão?

E pronto, os primeiros 16 de 152 fortes estão feitos. A próxima incursão deverá ser entre o Calhandriz, Alhandra e arredores da Arruda, onde já descobri nas cartas a maior parte dos fortes e em caso de dúvida tentarei optar por acessos menos... como direi?... "picantes".

De realçar pela negativa o estado de abandono em que estão a maior parte dos fortes (de um deles já nem há vestígios visíveis). Em alguns casos pode-se passar mesmo ao lado sem saber que ali está um forte das Linhas de Torres. Noutros casos ainda é possível identificar claramente o fosso e alguns restos de construções e houve outros fortes em que não pudemos entrar, porque estão protegidos com uma cerca. Estes pelo menos não servirão de depósitos de entulho dos patos bravos, como acontece noutros.”

Na imagem estão identificados os fortes visitados

2008-03-06

Passeio da Beira-Rio - 9 de Março de 2008

Domingo vamos dar um passeio ligeiro entre o Estádio Nacional e o Terreiro do Paço (e volta). Vai ser um pedalamento levezinho para desfrutar do tempo primaveril, da pouca (ou nenhuma) inclinação e da companhia de alguns “regressados” e de outros “iniciados”.(Na verdade, e baixinho para ninguém nos ouvir, vamos devagar porque esperamos contar com a presença de Just4funners que têm estado ao cuidado do Departamento Médico, os vulgarmente chamados “coxos”. O passeio até era para ser designado “Passeio dos Coxos”, mas parecia mal. Também esteve para ser designado “Passeio dos Pastéis de Belém”, já que vamos passar por Belém a pastelar, mas é preferível dar um nome mais... digamos... neutro. Agora não digam nada, para os coxos não empurrarem “acidentalmente” ninguém para dentro do rio. Como ninguém vem ver este Blogue, não corremos o risco de eles ficarem a saber disto e a pedalada será muito mais segura hehehe)