2009-04-28

Maratona de Alte - 25 de Abril de 2009

O JP foi lá pedalar (e bem, como é costume) e conta-nos como foi:

"Confesso que já sentia saudades deste bichinho que é a competição!
Aproximadamente 2000 mil participantes à partida, devidamente colocados e alinhados na mesma, consoante o grau de dificuldade e distância a percorrer. Uma iniciativa que devia de existir em outras provas, desde que o número de participantes assim o justifique!

Cerca das 10 da manhã como estava previsto, foi dada a partida para os atletas da Taça de Portugal XCM. Estes, nunca mais ninguém os viu, a não ser à chegada! :)

Cerca de 5 minutos depois, partiram todos os outros. Os da maratona lazer (80 kms anunciados). Os da Meia-maratona (54 kms anunciados). Os do passeio (30 kms anunciados). E finalmente, os do passeio infantil/familiar( 16 kms anunciados) Todos ao molho... portanto! :)

Dado que a minha inscrição estava para a Meia-Maratona, encontrava-me colocado sensivelmente a meio do resto do pelotão.

Após os primeiros 8 kms totalmente rolantes e onde aproveitei para forçar um pouco o andamento e assim ganhar algumas posições de modo a evitar engarrafamentos... veio a primeira subida, digna já desse nome. A selecção foi sendo feita e viu-se desde logo quem tinha ou não andamento. Eu era daqueles que nem muito para trás, nem muito para a frente!

Depois, veio uma descida e depois subida e por aí a fora...! Após o 2º abastecimento (1º para mim, como é habitual), entramos numa zona bastante rolante, onde a grande dificuldade era mesmo o vento! Muito, muito forte. Frio, muito frio e como não podia deixar de ser, sempre de frente! Archhhhhh....!

Após lutar ali uns kms naquelas condições que não me agradam nada, passamos pela "enésima" vez a ribeira do Arade as primeiras dificuldades físicas surgiram, talvez fruto daquele ritmo inicial. Tinha cerca de 42 kms e uma média a rondar os 22 kms/h.

Coincidência ou talvez não, aí surgiu uma subida daquelas.... Felizmente umas escassas centenas de metros, mas de subir em 1-1 até ao topo...! Uma vez feita, desceu-se até ao 3º posto de abastecimento, onde a partir do qual, uma última subida mais complicadita, mas já em asfalto, nos colocava a apenas 2 kms do final e praticamente sempre a descer... ;) A partir daí, meus amigos... ninguém me agarra! :) Cheira a meta! ;)

Quanto ao resto, que vocês sabem bem que me interessa sempre :) resumiu-se no 47. lugar, com o tempo de 2h 47m 55s num total de 56,5 kms. Terminaram aquela distância 522 atletas e ficaram desclassificados mais 55. As minhas distâncias para os primeiros vão ficando mais curtas, mas ainda assim muito grandes. Aqui, situaram-se em 28 minutos de diferença para o 1., que me parece que ía de moto... ;)

Em suma, gostei imenso desta minha primeira participação neste evento! Extremamente bem organizado! Um percurso muito bonito, apesar de não olhar muito para as tão faladas vistas! Um acompanhamento aos atletas, muito bom! Bons abastecimentos. Muito bem marcado, quer por placas, quer por meios humanos.

O único senão, foi mesmo após o decorrer da prova. A zona de banhos era constituída por escassos 3 contentores, onde a água era fria e o espaço muito pequeno. Mais tarde ouvi dizer que haviam mais 2 zonas de banhos, mas algo distantes e sem indicações à vista. Uma delas era mesmo necessário recorrer ao carro para lá chegar!

O almoço estava bom e em local muito agradável! Mais tarde também ouvi queixas da carne não estar a ser bem servida para quem almoçou mais tarde. Admito que não deve de ser fácil calcular carne para 2000 atletas, mais acompanhantes e alguns de última hora...!

Concluo com a referência ao tempo, pois apesar do imenso vento que referi atrás, a chuva aguentou-se lá em cima! Apenas no regresso a Lisboa, levei com alguma, mas no pópó. :)
Ah, e ainda cheguei a tempo de ir ver o Sporting ao estádio, claro! ;)

E pronto, está tudo contado! Sei que fui breve, mas creio que dá para terem uma ideia! ahahhahah ;)"

2009-04-26

Linhas de Torres - Fortes da Arruda - 26 de Abril de 2009

E vão mais quatro.Quatro Fortes dos arredores da Arruda, consquistados por quatro Fortes (EN, DN, AAF e PL).
Foram visitados o Forte do Cego (Obra Militar nº9)e o da Carvalha (Obra Militar nº 10), que ainda estão em relativo bom estado de conservação, podendo ver-se claramente os fossos e o que resta de algumas construções do interior. Em ambos foi possível verificar o resultado de algumas escavações arqueológicas que ajudam a dar uma ideia das edificações originais. Têm inclusivamente placas com informação histórica, o que se aplaude.
Além destes, estivemos no cabeço do Chão da Vinha (cerca de 4km a Sul da Arruda) onde, segundo a carta de 1811, se situaria um reduto, mas não conseguimos confirmar se uma amostra de fosso e uns restos de construção seriam a prova da existência do forte naquele local. Estrategicamente é lógico que fosse ali, pois estava a meio caminho em linha recta entre os fortes do Calhandriz (que visitámos noutro passeio) e o Forte do Cego (que foi o primeiro de hoje), dominando o vale do Rio da Silveira que passa junto ao Calhandriz.
Conquistámos também o Moínho do Céu, no cabeço junto ao Pé do Monte, onde está referenciado um forte (Obra Militar nº 11) que teria capacidade para 300 militares e 4 peças de artilharia, mas na verdade não nos foi possível ver nada que se assemelhasse a um Forte. Com boa vontade podia imaginar-se que um fosso que rodeia o cabeço onde está o moínho faria parte da construção militar. A posição, no entanto, é mais uma vez estrategicamente perfeita para se instalar um reduto de defesa de uma invasão vinda de Norte.Estava ainda prevista a possibilidade de irmos ao forte do Passo (ou do Paço) e eventualmente procurar vestígios de uma outra fortificação que se situaria a Oeste dele (pelo menos de acordo com a carta de 1811), mas o adiantado da hora aconselhou que nos dirigíssemos para o final encurtando um pouco o percurso planeado, que ainda assim registou 750 metros de subidas em apenas 28 km de extensão.
A descida do Moínho do Céu foi feita por um trilho recentemente aberto por pessoal da zona para a passagem de uma prova de BTT, que nos foi referenciado pelo pessoal que meteu mãos à obra e que (por acaso) estava junto ao moínho. Fez as delícias de alguns de nós que gostam de descidas mais radicais, mas foi feito com muita cautela e com algum receio por outros, que não gostam de arriscar muito. É que em algumas zonas assemelhava-se muito a uma pista de Downhill, com o inconveniente do piso ainda não estar muito consolidado e ter muitas pedras ameaçadoras.

Segue a bom ritmo o reconhecimento das Linhas, sendo que a primeira é a que já tem maior estensão percorrida (cerca de um terço). A próxima exploração será provavelmente na zona de Montachique (zona central da 2ª linha), onde há muitos redutos referenciados, além de ser o local onde estava localizado um dos postos de sinais, precisamente no Cabeço de Montachique.
Da primeira Linha, do lado do Tejo, fica a faltar apenas a exploração do maciço de Subserra, onde se situavam diversas fortificações, algumas eventualmente já transformadas em cimento pela Cimpor, e no sopé do qual se situa o Monumento às Linhas de Torres. É provável que esta zona fique mais para o final, prosseguindo agora a exploração das duas linhas em direcção ao Atlântico.
Em baixo o mapa com os fortes já visitados (a verde os de hoje).

2009-04-21

Serpa 160 - 18 de Março de 2009

Relato do SD:

"O desafio estava feito. A pré-inscrição realizada. Aproximava-se a data limite da inscrição e o Amigo JB, não desistia. Armámo-nos em artistas e seja o que Deus quiser. Estávamos finalmente inscritos na nossa primeira Ultra-Maratona.

Foi com expectativa que vi os dias aproximarem-se. Com expectativa e com treinos intensificados. As viagens para o trabalho em 2 rodas ajudaram também na preparação. Na semana que antecedia a prova, ao contrário do que costumo fazer, não deixei de treinar. Segunda, terça e quarta-feira foram dias normais de treino.

O nervoso miudinho que não consigo deixar de sentir antes destes desafios, agravava-se com o ultimar os preparativos. A previsão meteorológica para o dia da prova também não me deixava mais descansado.

Sexta-feira chegou rapidamente. Após um dia de trabalho que me deixava na incerteza relativamente à hora de saída, acabei por conseguir recolher o Amigo JB por volta das 18h. Rumámos em seguida para Serpa, onde jantámos uma bela refeição tipicamente alentejana no restaurante Molho o Bico. Aconselho!

O resto da noite ia ser passado na bela estalagem de Minas de São Domingos, a 30km’s de Serpa. Um qualquer evento local esgotou a capacidade hoteleira da zona, levando a organização a arranjar alojamento de luxo ao preço de amigo, como foi o caso desta estalagem de cinco estrelas.

Após uma noite bem dormida e um pequeno-almoço buffet bem reforçado, seguimos para Serpa a tempo ainda de levantarmos os nossos dorsais. Com tudo cronometrado desde o acordar, nada falhou e às 8h em ponto estávamos rodeados de malucos como nós, atrás do pórtico da partida.

Quando partimos, junto a uma rapariga que viria a terminar a prova pouco depois de nós, recordo-me de ter verificado que esta partida tinha sido diferente das demais partidas das provas em que tenho participado. Calmamente, todos começámos a pedalar…
Rapidamente nos começámos a envolver nos trilhos rurais, sob um céu cinzento e ameaçador no seu horizonte. O esforço era doseado ou pelo menos tentava-se pedalar com poupança. Mudança leve e ritmo certo até ao primeiro single-track, junto ao Guadiana. Este single ao km 17 não era pedalável em toda a sua extensão e acabou por juntar os participantes. Uns atrás dos outros, pedalávamos quando possível e empurrávamos quando impossível. Atenção redobrada pois um descuido para o lado errado podia dar direito a banhoca no rio. Neste single, o JB ainda experimenta o solo mas sem qualquer tipo de consequências para homem e para máquina.

O percurso continuou, alterando a paisagem e presenteando os participantes com subidas pouco condizentes com uma Ultra. Talvez por isso alguns atletas se tenham cortado a elas, fazendo-as a pé. Nós, armados em duros, fizemo-las todas, sentados nas nossas burras.
Pouco depois, o amigo JB encontrou alguns conhecidos da Airbike, com quem fez este ano a Maratona do Centro e claro, ficou na palheta com o pessoal. Com o pessoal ou com a menina que os acompanhava, não sei…

Já com o JB ao pé de mim, apanhámos ou fomos apanhados por um grupo de amigos espanhóis. Um deles iniciava uma subida à nossa frente, cantando alegremente e em bom tom quando subitamente ouvimos ‘pliimm’ e vemos um selim cair por terra. Tinha-se partido junto ao espigão, tendo-o levado certamente ao abandono.
(foto BTT-TV)

Seguíamos nesse momento com média de 18km/h e estávamos constantemente a ver as mesmas bicicletas e os mesmos participantes. Os abastecimentos surgiam e eram sagrados para nós. Parávamos e sem pressa de arrancar comíamos e provávamos tudo a que tínhamos direito. Não esquecíamos também a bicicleta, aproveitando para efectuar alguma lubrificação com o óleo cedido pela organização. Quando começávamos a arrefecer queria dizer que estava na hora de nos fazermos ao caminho e lá íamos nós para mais um troço de aventura.
Recordo-me de ver dois lindos cavalos, a atravessar o trilho que seguíamos. O ciclista à minha frente terá até abrandado meio assustado com um salto que o animal deu. Lindo!

Um dos pontos altos desta ultra-maratona aconteceu ao km 84. Depois de uma subida-parede vejo um grupo de ciclistas um pouco à toa sem saber para onde continuar. Apercebo-me que alguns terão voltado atrás para confirmar o caminho, outros terão tentado alternativas à procura de rodados e outros ainda, num grupo de 20-30, desistiram e foram-se embora para Serpa por estrada. Ainda fiz um telefonema para a organização e mandaram-me ligar para um outro número, mas não chegou a ser preciso pois tivemos indicações de um outro companheiro do caminho a seguir. Alguém por maldade terá retirado as marcações numa extensão de 4km ao que a organização respondeu com um semear de estacas brancas pelo chão, levando desta forma os participantes até à próxima zona de abastecimento. Tivemos a sorte de ir num grupo mais recuado o que deu tempo de reacção à organização, e não perdemos praticamente tempo nenhum com este contratempo.

À medida que os quilómetros avançavam as maiores subidas ficavam para trás e o percurso tornava-se um pouco mais rolante. É engraçado o funcionamento da mente humana. Normalmente levo o conta-quilómetros com a função ‘hora’ no display, isto para não ir constantemente a fazer contas à distância. No entanto, nos abastecimentos perguntava quantos km’s faltavam até ao próximo ponto de apoio e ia a fazer contas na mesma calculando a hora de chegada. Notei por exemplo que para o JB foi importante a passagem pelo km 100, funcionando o mesmo como barreira psicológica. Deu-me ideia que ele terá quebrado fisicamente mais cedo do que o habitual, pois na verdade não teve uma preparação dedicada para este dia mas com a passagem do quilómetro 100, vi-o ganhar novo fôlego. Creio que terei resistido mais tempo à fadiga mas quando esta se instalou, acompanhou-me sem variações té ao fim.
Último controlo e a pergunta que se impunha: “Quanto falta?”. Cinco quilómetros para completarmos a nossa primeira Ultra. Cinco quilómetros que se iniciaram no alcatrão e que me faziam crer seguirem naquele piso até Serpa, pois no meu GPS já conseguia ver o ponto onde tínhamos iniciado. Errado. Três ou quatro quilómetros para serem feitos em terra, com algum desnível e desta vez com vento. Contra, claro! À chegada, o JB fez um pequeno compasso de espera para que terminássemos juntos esta nossa aventura.

Após a chegada, passei alguns momentos complicados. Sentei-me por instantes num lanço de escadas a descansar e senti por duas vezes cãibras num gémeo mas o pior ainda foi o facto de ter arrefecido ao ponto de ‘bater o dente’ e de não me conseguir controlar. Estava mal agasalhado. Com medo de ter calor e transpirar muito fui só com a jersey de manga comprida das carinhas sorridentes sobre o pêlo. Quando começava a arrefecer nas zonas de abastecimento, queria dizer que estava na hora de começar a pedalar e rapidamente voltava à temperatura normal mas agora, no fim da prova, até ir tomar banho senti muito frio. Creio que aprendi a lição.

Após o banho, tomámos um café e regressámos a Lisboa, não sem antes nos abastecermos no Canal Caveira.

Em jeito de conclusão, o empeno foi grande mas… passou depressa. O objectivo de concluir esta distância estava cumprido e a alegria em conseguir terminar uma Ultra-Maratona tem-me acompanhado nestes dias que se seguem.

Para o curriculum fica a participação e alguns números:
- 157Km percorridos;
-10h04m de tempo total;
- 9h06m a pedalar;
- 17,26km/h de média;
- Mais de 2500m de desnível acumulado (quando descarregar o track GPS dou o número certo).

Obrigado a todos pelo v/apoio e… venha o próximo desafio que a fasquia está alta."


Relato do JB:

"Desafiado pelo SD à algum tempo resolvemos inscrever nesta Ultra Maratona de Serpa 160kms. Sexta lá fomos nós e as nossas bikes em direcção a Serpa. Depois de um bom jantar no restaurante Molho o Bico em Serpa fomos descansar na excelente estalagem de São Domingos a 30 km de Serpa.

Pequeno almoço tomado e siga para Serpa…..

Às 8 horas em ponto lá estávamos na linha de partida para esta nossa aventura de 160 km.

Logo no início do percurso, num single track junto do Guadiana dei uma pequena queda, mas nada de grave. O piso era rocha que por sua vez estava bastante molhada e a roda com algum barro fez com que eu fosse experimentar o chão alentejano. A sorte é que ia devagar e caí para o lado certo J

Até mais ou menos ao km80 foi um constante sobe e desce e o corpo a ser massacrado. Esta primeira parte revelou-se difícil e o corpo começava a revelar alguns sinais de cansaço. Aí também tive um bocado de culpa pois não me alimentei o suficiente e só quando a chuva apareceu e como tive de retirar o impermeável é que resolvi alimentar-me bem. Com o SD sempre por perto e quando não estava fazia o favor de esperar por mim estes kms lá se fizeram com maior ou menor dificuldade.

Depois veio a paragem “reunião” ao km83. Como não havia sinalização um grupo de bttista estava reunido pois a sinalização tinha desaparecido. Depois de uns telefonemas o problema ficou resolvido e lá fomos nós para mais 80 kms.

Esta segunda parte foi mais rolante do que a primeira contudo o cansaço também se ia acumulando. Os abastecimentos ajudavam a recuperar o fôlego e já começávamos a fazer contas aos kms que faltavam e Serpa era “quase” já ali. O céu continuava cinzento e de vez em quando a chuva resolvia aparecer com a ajuda do vento….

Ultimo abastecimento, últimos 30 kms e um último esforço até Serpa. Nesta parte do percurso as subidas ajudaram a dar cabo do resto das energias que ainda restavam nos músculos e no cérebro…

No último agrafo a senhora informou-nos que só faltavam 5 km para o final e aí foram-se as ultimas energias, mas de Serpa nem ver…. Já estava a pensar que os 5 eram 10 ou mais kms quando de repente vejo a linha de meta, olho para a retaguarda e vejo o SD e abrando o ritmo para chegarmos juntos e sorridentes por mais este objectivo cumprido….e comprido.

Ainda dizem que o Alentejo é plano, no sábado verifiquei que não é bem assim….mas verifiquei que os trilhos, as paisagens, a natureza são do melhor que há. Pena o tempo estar cinzento, pois com sol o Alentejo tem outra beleza.

Obrigado SD pela companhia em mais esta aventura,

Mais uma para o Curriculum."

2009-04-06

Maratona do Centro - Leiria - 22 de Março de 2009

Este domingo lá fui eu e a minha bike participar em mais uma Maratona do Centro, organizada pela Airbike.

Por volta das 8.30 lá estava eu para levantar o dorsal nº 500, preparado física e mentalmente para os 80 km. Contudo tive logo um pequeno “problema”, pois a roda traseira estava vazia e lá tive de dar ar. Problema resolvido, lá fui eu para a partida onde já estava uma multidão à minha frente.

Dada a partida, lá fui rumo ao desconhecido. Nos primeiros quilómetros e depois de sair de estrada, tive logo que desmontar devido a uma descida, logo seguida de uma subida mais técnica. A quantidade naquele local de bttistas era muita e provocou este “pequeno” engarrafamento.

Até ao km 20 era muito sobe e desce e aí houve o primeiro reabastecimento…. e siga para o resto dos 60km que faltavam.

A partir do km20 foi mais um sobe e desce constante com muita pedra, pois já estávamos em plena serra dos Candeeiros. Neste trajecto e numa curva mais fechada um bttista caiu à minha frente. Nada de grave, apenas uns arranhões e a corrente saltou fora. Aí desmontei e tive a ajudar a colocar a corrente no sítio e a certificar-me que estava tudo bem.

Uns quilómetros mais à frente uma situação mais grave. Sendo esta parte do percurso mais técnica e com muita pedra houve um bttista que foi ao chão. Deve ter ficado bem marcado mas os bombeiros estavam a tratar da situação e quando passei já estava tudo mais ou menos bem. O rapaz estava consciente e estava em boas mãos, pois estava lá uma bombeira :-)

Chegados ao km40 mais um abastecimento. A partir daqui o percurso era um espelho do anterior. Sobe, desce, pedra, pedra e pedra mas chegados ao km50 o percurso ficou mais plano até ao km65. Com a ausência de pedra o ritmo aumentou e já “só” faltavam 15 km para o final.

Mais uma paragem na zona de abastecimento e siga para os últimos kms. Aqui voltou o sobe e desce. Um descida muito gira, mas onde tínhamos de ir bem atentos pois era muito técnica e onde a pedra era uma constante. Neste pedaço até tive pena da bike…

Últimos 5 km: mais sobe e desce para massacrar o corpo. Mas esta foi a parte do percurso que mais gostei, pois havia um single track simplesmente espectacular.

Cheguei à linha de meta com o tempo 4h52:54 e na classificação final no lugar 184 em 306 participantes.

Gostei mais do percurso do ano passado, pois não tinha tanta pedra e tinha mais single tracks. Este ano mais de 60% do percurso era pedra, mas já sabia para onde ia, pois a Serra dos Candeeiros é mesmo assim.

Este ano os abastecimentos foram mais fracos, a sinalização/ pessoal de apoio continuaram a ser 5 estrelas e as lembranças fraquinhas...Substituíram a t-shirt por um saco para colocar sapatilhas. Em relação ao almoço/duche não sei, pois fui para casa.

Mais uma para o Curriculum,

João Bronze “JB”