2009-05-22

TriumviratumBTT - 16 de Maio de 2009 - II

Mais umas fotos para aguçar o apetite:










Duatlo BTT de Mássamá - 10 de Maio de 2009

Com alguns dias de atraso e fora da ordem cronológica aqui fica o relato da participação do SD:
(o TriumviratumBTT segue dentro de momentos ;-) )

"Ontem participei em mais um Duatlo, desta vez no meu “quintal” – II Duatlo de Massamá. Ao contrário do verificado nas participações anteriores em eventos da Federação de Triatlo de Portugal, este foi muito mal organizado tendo-se registado inúmeras críticas no final da prova. O meu comentário diz respeito à prova do Circuito Regional pois foi nesta que eu participei.

A correr em casa e sabendo previamente o traçado da corrida e do circuito de BTT, já sabia o que me esperava e qual o andamento adequado em cada momento. Acontece que a organização ontem nos surpreendeu com alterações de última hora quer na corrida quer no BTT e quando digo de última hora, quero mesmo dizer última hora pois a prova do Circuito Regional que estava prevista iniciar às 16:30, iniciou às 17:00 pois a organização andava naquele preciso momento a alterar o traçado e a colocar novas marcações. Aparentemente não encontro explicação para a alteração e consequente redução em 800m na prova de corrida nem na necessidade de alterar o traçado do BTT.

O circuito da corrida tinha um percurso misto de asfalto e terra e uma altimetria considerável para este tipo de prova, ou não estivéssemos nós em Massamá-Norte. As duas voltas iniciais de corrida foram feitas em ritmo moderado poupando-me um pouco para a corrida a seguir ao BTT pois sendo esta feita no sentido inverso, iríamos apanhar uma subida com uma inclinação de mais de 10% ao longo de uns 200m. Transição feita (e bem feita) montei na bicicleta disposto a recuperar algumas posições. Após uma longa subida em que ultrapassei 2 atletas, começo com dificuldades em saber em que direcção continuar a pedalar. Sou então apanhado por outros atletas que também se revelam desnorteados com a falta de marcações e optámos por um trilho onde encontrámos um elemento da organização que estava ali a ver a caravana passar pois não conhecia o circuito nem tinha visto os primeiros passar por ali. Comecei-me a passar o que se traduziu num aumento de ritmo e numa busca frenética do caminho correcto. Sózinho, acabo por encontrar marcações e lá apanho um atleta que segundo ele vinha no caminho correcto. Acabei por o ultrapassar e segui em bom ritmo as marcações que entretanto começaram a bater certo. Após a primeira volta de BTT, iniciei a segunda com um compasso de espera para ter companhia na parte em que não havia marcações. Na primeira subida sinto-me obrigado a ultrapassar e a fugir da companhia pois o seu ritmo lento não era compatível com os meus nervos. Voltei a inventar nesta volta à procura do caminho e lá encontro novamente umas fitas num sítio onde não tinha passado na primeira volta. Chateado com a situação, sigo para o final da volta, não sem antes ver uma série de atletas a entrarem no caminho à minha frente, vindos sei lá de onde.

Última volta de corrida, desta vez em sentido inverso ao da primeira e logo com uma subida com uma inclinação brutal, o que levou alguns atletas a encostar. Ainda com a adrenalina nos píncaros, consegui ultrapassar alguns atletas na subida e acelerar na parte final do percurso. Fiquei chateado por verificar que alguns elementos que iam a andar na subida, chegaram ao topo desta e atalharam caminho. Bastava fazer 50m planos, em terra, para evitar uma volta de cerca de 500m com uma subida pelo meio.

Sem qualquer controlo intermédio, sem controladores espalhados no percurso e apenas com elementos da organização e da polícia nos pontos de intersecção com o asfalto, a organização desta vez destacou-se pela negativa. Até agora tinha uma opinião muito favorável acerca das provas organizadas pela Federação e espero continuar a ter, apesar deste II Duatlo de Massamá ter sido muito mau.

No fim, as classificações não são justas para os que conseguiram apanhar o percurso correcto, nem para aqueles como eu que ainda assim tentaram encontrá-lo, pois houve um aproveitamento por parte de alguns atletas da situação criada pela alteração de percurso à última da hora.

Em termos classificativos foi o meu melhor Duatlo, tendo terminado em 19º lugar de entre 46 atletas que finalizaram a prova. Fiz 1h16m e acabei a 12min29s do primeiro.

SD"

2009-05-18

TriumviratumBTT - 16 de Maio de 2009

Está feito!...

Seis Just4Funners (SD, JP, JB, FF, DN e PL) cumpriram a Rota no passado Sábado.
Foram 148 km em 13 horas e 21 minutos.
Com este tempo o Desafio de fazer o percurso em menos de 12 horas terá que ficar para outra altura, mas nem isso esmoreceu o ar de felicidade com que os seis chegaram ao final, junto à Fonte Luminosa de Leiria, onde a equipa de apoio (TF, AF e EN) os esperava com uma garrafa de espumante para brindarem juntos a mais uma conquista Just4Fun, à qual não faltou sangue, suor e lágrimas (literalmente).Descrições mais detalhadas e fotos ficarão para daqui a uns dias, mas aqui fica desde já esta pequena nota.

2009-05-03

Fortes de Montachique - 1 de Maio de 2009

Era uma tarefa ambiciosa: cinco Fortes (EN, AAF, JP, FF e PL) para conquistar 12 Fortes e o Posto de Sinais de Montachique.

A missão foi cumprida na generalidade, mas alguns fortes tiveram uma abordagem ligeira, marginal, ou longínqua, por diversos motivos com que nos fomos deparando.

Mas comecemos pelo princípio, que é sempre um bom local para começar.

No princípio era a subida... e que subida...
Logo para começar enfrentámos com sucesso a ascensão ao vértice geodésico de Montachique (409m), onde se situava um dos postos de sinais das Linhas.
O mais difícil estava feito e aproveitou-se para estender as vistas no horizonte, pois a atmosfera estava propícia.

Seguiu-se uma descida de calibre semelhante ao da subida e a aproximação ao Forte de Montachique (Obra Militar nº 57) que foi um dos mais significativos desta jornada.São claramente visíveis o fosso e os restos de algumas construções. Neste forte há que lamentar o facto de adeptos do TT motorizado usarem o fosso como pista de obstáculos, contribuindo activamente para a sua degradação. Lamenta-se tanto a ignorância dos praticantes como a das autoridades que não preservam estas construções. Estão dados os recados. Mas em termos de preservação havíamos de encontrar ainda maior desleixo mais para a frente.

Seguimos para o Forte das Ribas (51) pela Estrada do Forte, construída há 200 anos para serventia das Linhas e na qual ainda se conseguem vislumbrar em alguns troços os restos da calçada original. Este é um dos Fortes deste passeio onde é possível apreciar melhor a importância estratégica das fortificações, tendo em conta a sua construção sobre a escarpa e o estado de preservação, onde ainda restam alguns metros de muros de pedra.Continuámos pela Estrada do Forte agora numa descida louca a caminho do vale da Ribeira do Cocho, em direcção ao Forte do Picoto (50), do outro lado do vale e junto a uns geradores eólicos, que não pudemos visitar por estar em propriedade privada com acesso fechado. Tirámos a foto ao longe e voltamos pelo mesmo caminho, seguindo em direcção a Ribas de Cima ao longo da Ribeira de Ribas, onde aproveitámos um espaço particularmente bonito e abrigado para piquenicar. Esta pausa soube bem até porque se seguiu uma ascensão exigente física e tecnicamente até à estrada que liga Ribas de Baixo a Ribas de Cima e foi precisamente nesta última localidade que bebemos o café da ordem, antes de “quase” conquistarmos o Forte de Permouro (55) e após termos descartado o forte nº 56 que se situa dentro do Parque Municipal do Cabeço de Montachique e que tinha o acesso cortado com um portão. O Forte de Permouro apenas foi “quase” conquistado porque está engolido por matagal e só após um de nós se ter embrenhado no meio dos tojos, com as consequentes marcas nas pernas, se conseguiu aproximar de algo que identificou como a esquina SW do fosso, tendo tirado a foto da praxe.

A descida para a estrada que nos conduziria a Vale S. Gião foi feita por um single muito técnico, com muita pedra, mas muito engraçado. Após esta localidade aproximámo-nos dos Fortes da Azinheira (53) e do Capitão (52) que se situam no topo de uma urbanização muito interessante e de localização algo inesperada. Destes dois fortes apenas nos foi possível (mais uma vez) identificar pequenos troços dos fossos, dado que se encontram completamente tomados pela vegetação. Neste último, a rede à volta de uma antena de comunicações celulares dificulta ainda mais a aproximação, mas com algum esforço e contorcionismo lá estivemos à beirinha do forte.

Seguia-se o Forte dos Outeirinhos (58), mas depois de três tentativas frustradas de aproximação (dois acessos a propriedades privadas e um trilho sem saída) desistimos e seguimos para o Forte do Outeiro do Além (ou do Lobo), obra nº 59, mas o acesso a pedalar foi-nos mais uma vez impossível, pelo que contornámos a pequena elevação onde se situa o reduto e seguimos para os Fortes da Achada (60 e 61).A aproximação pelo lado Norte é muito difícil porque é feita por uma pendente muito acentuada conquistada em duas etapas, com um pequeno descanso a meio e que obrigou algum empurra-bike, pois só o JP fez tudo a pedalar. Nestes dois fortes, mais uma vez o abandono impera e só com alguma persistência se conseguiu fotografar o que resta dos fossos engolidos pelo matagal.

A caminho do final voltámos a descartar um forte (o do Moinho, obra 54) que se situa em propriedade privada e atingimos as viaturas com 25 km, 800 m de acumulado de subidas, 7 fortes visitados (ainda que alguns só muito ao leve), 2 localizados à distância e 3 completamente descartados, além obviamente da ascensão ao posto de sinais de Montachique. Num passeio que prometia muitos fortes acabou por saber a pouco, pois só nos dois primeiros se conseguiu sentir o espírito da Linhas, mas já nos vamos habituando a que nem tudo o que está identificado nas cartas pode ser visitado (ou mesmo encontrado no terreno).

Marcados a preto os fortes conquistados neste raide.