2008-04-24

SRP160 - Serpa 2008.04.12

Com algum atraso na publicação (o editor do blogue anda na balda) aqui fica o relato feito pelo DN da sua participação neste evento.
(foto BTT-TV)

Lá vai Serpa, lá vai Moura e Espanha fica logo à direita (vou deixar Pias para outra altura). Desde muito novo que ouvia dizer, que de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento e realmente é capaz de ser assim.

Estive em Serpa numa maratona que não era para mim, mas como a maioria das vezes eu sou teimoso, lá fui.
Das duas distâncias, tinha que ser a maior, (160) então mas eu ia fazer aquilo por menos? Nã!. Só digo que ainda bem que não me deixaram seguir, porque senão a esta hora ainda andava por lá.

Partida certinha e direitinha, logo ás 8H, sim senhor, pontualidade.
Era vê-los de roda no ar logo no arranque, parecia que era uma maratona de 20 km (para mim).
Voltinha da praxe no alcatrão e aí está a prova iniciada na terra.

O primeiro abastecimento era para ser aos 20 km, mas como não devem de ter encontrado um local mais ou menos plano para dar de beber ao pessoal, (digo beber, porque havia água, bananas e bolos de manteiga secos, porque a manteiga foi só para os fazerem) foi para aí aos 30. O segundo seria aos 60, mas fui encontrá-lo aos 71, penso que é muita distância entre eles, (para mim) pois por estranho que pareça estava já sem água, digo estranho, porque habitualmente bebo pouco. O último abastecimento para mim foi aos 100 e ainda bem que ele estava ali, pois já tinha sete horas e meia de caminho e o “selim” começava a dar sinais de muita fadiga.

Penso que foi um Transpinhal que eu fui fazer no Alentejo, aquilo ou é a subir ou é a descer e a descer até os olhos tremem. Os pulsos e braços também não ficam muito satisfeitos, porque no fim das descidas tinha que haver alguma coisa que não deixava embalar, ou tinha água (sim, porque eles escolheram todos os cantinhos em que havia água para passar) ou tinha buracos de mais para fazer o início da subida mais folgado e por aí adiante. Gelei os pés para aí aos 20 km, talvez menos, e só os comecei a sentir perto dos 60 (o direito só no meu penúltimo abastecimento).

Levei o apoio de moto4 para aí 5 km depois do penúltimo até ao meu ultimo abastecimento, o queria dizer que não havia mais ninguém atrás de mim, uns já tinham desistido e os outros, pois os outros iam todos lá bem na frente. Estive mais ou menos meia hora para me levarem do abastecimento, juntamente com mais três que já lá estavam. Passamos por outra zona de desistência para apanhar mais e fomos para Serpa tomar banho.
A água era quente, já lhes estava a rogar pela pele se estivesse fria.

O almoço (não sei bem se foi almoço, lanche ou jantar, foi um misto) mereceu o esforço para chegar à cantina da escola EB lá da zona. Estava muito bom, com qualidade e quantidade.
Borrego de jardineira (um espectáculo) mesmo à moda alentejana.
Entremeadas, febras, esparguete, saladas, sumos (de laranja, que faltaram nos abastecimentos), aguas e não podia faltar a cervejola.

Cheguei a andar mais de 30 km sem ver ninguém, nem malta da assistência, (deviam de andar com o pessoal da frente) o que não é muito agradável. O que tinha de bom era que estava tudo bem marcado. Dúvidas houve apenas num monte que tinha mais do que um caminho e eu não via fita nenhuma, mas estava um sujeito a lavar o carro à porta de casa, (não sei para quê, ele para sair dali ia sujar aquilo tudo outra vez). Perguntei-lhe por onde era e ele foi logo muito solícito a informar de tudo: que era em frente, já tinham passado muitos e que até ia uma mulher na minha frente, ao que eu respondi, que pelo menos quatro eu tinha visto.
Por mulheres, eh pá, ele há umas com uma pedalada, que dá gosto de ver. Essa que ia na minha frente, (um bocado já bem bom para a frente) tinha passado por mim e também se queixou que não via ninguém já fazia bastante tempo. Ainda fizemos uns km (poucos) juntos mas tive que voltar ao meu ritmo para não morrer logo ali e só tenho a agradecer a força que me deu para continuar. Quando ia na pickup, voltei a vê-la, deviam faltar uns 30 km para chegar e pareceu-me que o ritmo ainda era o mesmo.

Bem, fiz 100 km, 2100 de acumulados e vim para casa todo contente porque não fiquei com o corpito empenado. No final, vou para um semáforo amarelo, só para ver se eles se lembram no próximo de tratar dos abastecimentos um pouco melhor e para as motos, que eram umas quantas, andarem de um lado para o outro a ver o que se passa e a malta não se sentir muito abandonada. É portanto um amarelo a fugir para o verde.

2008-04-14

Monsanto na Primavera

O que Monsanto tem para nos dar, se pararmos para ver:

Maratona de Vendas Novas -2008.04.06

Relato do JP da sua participação na Maratona de Vendas Novas:

“Ao contrário daquilo que me é/era habitual, desta vez cheguei cedo, levantei o dorsal sem demoras, preparei a bike, ainda deu tempo para dar uma voltinha para aquecer e alinhei na frente da corrida. Depois de uma voltinha de cerca de 4 kms ainda dentro de Vendas Novas, toda a gente voltou a parar para um breve briefing. Contadores a zero e foi dada a partida.
Mais de 600 participantes saíram em euforia para um primeira recta de cerca de 1km com duas viragens à esquerda um tanto apertadas e seguidas de uma descida que tinha sido anunciada como perigosa.
É realmente muito importante sair com os da frente! Não há engarrafamentos nas passagens mais estreitas e/ou perigosas e o ritmo tomado em nada tem a ver com aquele que se tem mais na cauda do pelotão.
Temos no entanto de saber os nossos limites, pois entusiasmei-me e quando dei por mim, já não sabia se havia de desistir ou continuar! Parti na frente e aquele ritmo dos da frente é diabólico. Como é óbvio só serviu para me lançar num ritmo um tanto exagerado que mais tarde vim a pagar. Não acompanhei o ritmo dos da frente por muito tempo, mas dos que ficaram para trás, poucos me apanharam. Pior foi por volta dos 20 km e numa zona que subia um bocado, a minha hérnia inguinal começou a incomodar-me. Com o passar dos quilómetros foi aumentando a dor e pensei em desistir ali mesmo. Pela primeira vez, doeu-me a hérnia a andar de bicicleta. Acho que mais uma operação se aproxima a passos largos...! :-(
Prossegui, no entanto, mas sempre com aquele pensamento de algo mais grave me podia afectar. À passagem do meio da prova (controlo nº 2 e 42 km de prova) disseram-me que apenas teriam passado uns 35 participantes. Como é óbvio entusiasmei-me e dali até ao fim, ultrapassei alguns e fui ultrapassado por outros. Como na parte final os percursos (85 e 55) coincidiam, perdi um bocado a noção de quem eu estava a ultrapassar ou vice-versa. Embora para cada distância houvesse um dorsal de diferente cor, não é prático, nem o estado físico permite, andar a verificar a cor de quem ficou para trás ou passou para a frente...!
A minha expectativa aumentou, quando na chegada os poucos espectadores que por lá se encontravam, começaram a bater palmas e poucos eram os participantes que por ali estavam que já tinham terminado a sua participação.
O cronómetro oficial da prova marcava 3h e 49m. O meu cronómetro marcava menos 3 segundos eheheh. Assim, 3h48m57s em 85 km . Média de 22,27 km/h e com um desnível acumulado anunciado no site de 1491 m. No entanto, um companheiro que concluiu a maratona pouco depois de mim afirmava que no mostrador dele, o acumulado rondava os 1200 m, pelo que fiquei sem saber ao certo.
Adorei aqueles caminhos e o piso era muito bom. Mesmo ao meu gosto! Paisagem típica de montado alentejano, num constante sobe e desce, onde não esgotamos a subir, mas também não descansamos a descer. Mesmo à minha medida! ;-)
Quando saíram as classificações estavam de acordo com as minhas expectativas! Resultado final: 17º com as tais 3h 49m. Terminaram os 85 km, 98 participantes. Do total de inscritos, alguns desistiram, outros decidiram mudar de percurso e completaram os 55 km, que ao que parece eram cerca de 62 km, contribuindo para engrossar o leque de participantes nesta distância. Terminaram nesta distância 377 participantes.
Até aqui tudo bem com a organização! Belo percurso, bem marcado, embora nos últimos km o cruzar de percursos, pudesse suscitar algumas dúvidas, mas tudo, tudo ok! Pior foi depois de concluída a prova! Banho tomado com água fria (...brrrr!) e para terminar a saga, 1h30m em pé na fila de espera para o almoço. Aqui, um sinal vermelho à organização. Grande parte do tempo bem ao sol. O que valeu, foi que andaram a distribuir umas imperiais ao pessoal, de modo a calarem as bocas esfomeadas que por ali estavam!
Finalmente, e só quase às 4 da tarde, o tão esperado porco no espeto foi degustado! E de que maneira...! ;-)
E pronto. Este foi mais um relato de participação de um Just4Fun num evento por este País fora...!”

Passeio ISCPSI 2008.04.13


Cinco Just4Funners (EN, AAF, DN, NC e PL) estiveram presentes no passeio do ISCPSI que percorreu a zona ocidental de Lisboa, Jamor e Monsanto.
O que começou bem e a horas, acabou por ir piorando ao longo do dia, e só o abastecimento de bom nível e a passagem no Aqueduto evitaram que atribuíssemos o primeiro sinal vermelho. É de realçar o esforço da organização em manter os participantes sob controlo, mas algo não terá corrido bem, dado que as paragens foram demasiadas e muito demoradas e algumas das opções tomadas não foram as melhores. Fazer 400 pessoas passar o Rio Jamor um a um foi uma péssima opção e os guias pareceram manifestamente poucos para controlar tantas pessoas num percurso com zonas de andamento tão variado.
Este modelo de passeios guiados parece ter os dias contados. Para um grupo pequeno e de andamento semelhante pode ser usado, mas para grupos enormes e de andamentos diversos é completamente desadequado.