2009-06-22

24 H BTT 2009 - Monsanto - Lisboa - 13 e 14 de Junho

Vamos manter a tradição...

Até parecia mal este blogue ter notícias em cima da hora, por isso, agora que já passou mais de uma semana, vamos lá a começar os ecos das 24 Horas BTT Just4Fun.

O mais fácil é referir as classificações, que é pouco mais que copiar o trabalho da organização ;-) :

Solo Masculinos:
85º – Ricardo Flores – 8 voltas
96º – Francisco Gomes – 7 voltas
97º – Sérgio Duarte – 6 voltas
(classificados 126)

Solo Femininos:
5ª – Rosário Gomes – 6 voltas
(classificadas 7)

Equipas de 2 Masculinos:
6º - João Pedro e João Bronze – 29 voltas
(Classificadas 18)

Equipas de 8 Mistas:
5º - NH, EN, PL, DN, FF, TF, AF e AAF – 26 voltas
(Classificadas 5 equipas, mas a nossa era a única com duas senhoras ;-) )

Destaque para as melhores classificações de sempre das participações Just4Fun nas 24 H BTT, obtidas pela Rosário e pela equipa mista de oito ;-)

Pronto... OK... depois da brincadeira vamos lá reconhecer o evidente: o JP e o JB fizeram uma dupla espectacular e levaram as camisolas sorridentes a um estrondoso, espantástico, piramidal, fenomenoso sexto lugar em equipas de dois.
Foi um espectáculo acompanhar a prova destes dois que pedalaram como se não houvesse amanhã e andaram sempre a morder os calcanhares da equipa que ficou em quinto e a fugir da que ficou em sétimo.
Também... não seria de esperar menos de um equipa movida a JP e JB :-)

E tomem lá mais umas fotos para dar cor ao blogue, que isto está muito branco (e não é JP branco ;-) ).





Voltaremos dentro de... "algum tempo" com outros ecos desta prova.

2009-06-18

E agora algo completamente diferente... as 24H

Isto é só para recordar que faltam os relatos, rescaldos e fotos.
Não estão esquecidos, é preguiça mesmo. Se fosse para pedalar estava tudo em pulgas, agora para digitar...

Bom, mas para esta mensagem não ser tempo completamente perdido ainda aqui se deixam duas imagens de um dos verdadeiros heróis que fez uma prova "non stop" ;-) Outras fotos e relatos seguirão... ia a dizer "proximamente", mas é melhor dizer "um dia destes" :-)

Raid BTT Minde 2009

A actualização deste blogue deixa muito a desejar...

Já acabaram as 24 H de Monsanto com mais uma brilhante participação Just4Fun e agora é que vêm aqui falar do Raid de Minde, que já foi há... para aí... uma data de tempo...

Bem, mas como vale mais "dar-te que na nuca" ;-) aqui fica o relato do JP, que apesar da resinguice levou as camisolas sorridentes bem alto :-)

"JP, Calhau... e Minde

Propositadamente no título, veio a palavra calhau a seguir a JP. Foi desta forma que me senti nos primeiros 20 kms deste Raid a Minde, terra e serra dos calhaus...!!

Depois de abusos no dia anterior, que incluíram acabar de jantar às 23h, ter comido que nem um "alarvo" e me ter deitado quase às 2 da manhã, tudo conjugado fez com que logo às primeiras pedaladas tivesse sentido que não "estava em dia sim"! Foi um sofrimento só, até ao km 20, tendo mesmo equacionado desistir, pois não me sentia muito bem. Só como exemplo, eu que até nem transpiro muito e gasto poucos dos líquidos que levo, desta vez cheguei ao abastecimento por volta dos 19 kms e picos... já sem gota de água na garrafa que transportava na camisola, nem pinga de isostar no bidom que ía no suporte! Algo não estava bem...!! Calhau... ió ió ió...! (para a próxima, não te esqueças de fazer o mesmo!) :(

Bem, após ter ingerido liquídos em abundância neste abastecimento e ter comido um pouco, lá me animei e decidi voltar à prova. Encontrei o meu ritmo (finalmente) e a coisa começou a animar. Começei a passar alguns concorrentes, coisa que até aí tinha sido precisamente o inverso. Era vê-los passar... e nada de reagir!

Os kms foram passando, a ânimo reencontrado e apenas a dificuldade do percurso muito técnico evitava que pudesse progredir um pouco mais! Até que... eis-me chegado ao km 40, onde tinha ínicio a longa subida de cerca de 5 kms, os 2 últimos dos quais (sensivelmente) num single-track em pedra. Para quem fez o Lisboa-Fátima, viu parte desse caminho já na longa subida de asfalto que antecede a descida a Minde. Aqui, o cansaço e a tentativa de recuperar o tempo perdido no início, fez-se notar! O ritmo baixou obrigatoriamente, mas apenas 2 outros concorrentes me passaram aí. Mais à frente, já na entrada em Minde e após o single-track (downhill urbano de Minde) consegui recolar aos mesmos, tendo mesmo conseguido ultrapassá-los.

E assim teve lugar mais uma saga... desta vez com contornos perfeitamente evitáveis de véspera!

Resumiu-se no 55º lugar final entre 323 que termiram a distância. Com o tempo total de 2h43m15s, nos cerca de 48,5 kms com 1000 mts de acumulado de subidas (muito técnicas) à média de 18 km/h.

Quem voou baixinho, foi o nosso amigo João Santos (deu a volta a Salvaterra de Magos connosco). Esse indígena, cometeu a proeza de chegar em 18. com 2h26m27s, e com mais 5 kms percorridos do que os restantes. Pois, quando seguia entre os 10 da frente já a cerca de 10 kms da meta, enganou-se na última divisão dos percursos e após 2,5 kms quase sempre a descer, foi avisado que estava enganado. Encheu-se de raiva, voltou a trás e "pimbas por ali acima". Veio apanhar uns quantos, mas não os suficientes para retomar a classificação em que seguia. Ficou-se pelo 18. lugar, o que de si só já seria uma proeza, quanto mais naquelas condições adversas!

E pronto, já resumi o que se passou! lol. Desculpem a brevidade dos meus relatos. São simples e objectivos! :p "

2009-06-12

Just4Fun City nas 24 H de Lisboa


Os Just4Fun já instalados no Parque de Monsanto preparados para as 24 H BTT de Lisboa 2009.

2009-06-01

TriumviratumBTT - 16 de Maio de 2009 - O relato

TriumviratumBTT II – O regresso dos Just4Fun

Como sabem as três pessoas (não Just4funers) que visitam este blogue, em Setembro de 2008 atirámo-nos cheios de fé ao desafio colocado pelo TriumviratumBTT, que consiste em ligar Leiria, Torres Novas, Tomar e regressar às origens a pedalar num percurso fora de estrada, com cento e quarenta quilómetros e uns trocados. Batemos com o nariz no escuro da noite ao fim de doze horas, com cerca de dez dúzias de quilómetros feitos.

Viemos para casa lamber as feridas no ego e massajar o orgulho, na expectativa de lá voltar em Maio de 2009.
No dia 16 de Maio às 7:00 lá estavam em Leiria seis Just4funers pedalantes e três apoiantes para tentarem dar a volta ao percurso. Desta vez talvez estivéssemos mais apreensivos, dado que sabíamos melhor o que tínhamos pela frente. A chuva que ia caindo também não ajudava a animar, mas a vontade de concluir a volta era muita.
Foto da praxe junto à Fonte Luminosa... "até já" à equipa de apoio... e “ala que se faz tarde”...
A experiência anterior permitiu-nos seguir sem hesitações o percurso, ainda que os GPS’s nos empurrassem logo para a outra margem do rio, e assim fomos galgando os quilómetros iniciais embrenhando-nos no Valinho da Curvachia passado pouco tempo. A chuva que tinha caído e continuava a molhar-nos deixou o terreno pesado e com muita lama mas lá progredimos em bom ritmo. Mentalmente íamos fazendo contas à média e ao tempo que demoraríamos a completar a rota. Serra acima fomos passando pelos pontos onde na tentativa anterior tínhamos registado furos e pensando que esperávamos que a saga não se repetisse. A coisa foi correndo bem até que um fura. Alguns de nós terão pensado: “Já começou a maldição dos furos...”.
Substituição da câmara por outra com Magic Seal e alguns aproveitaram para contar os remendos que a câmara furada tinha (reutilização: ambiente “oblige”). Parece que eram nove, mas ainda assim o furo conseguiu encontrar um bocado de borracha virgem.
Os quilómetros seguintes lá pelo alto da Serra foram percorridos sempre a olhar para os pneus, mas desta vez não tivemos o azar de Setembro.O primeiro encontro com a equipa de apoio teve lugar antes de se começar a descer a sério para Torres Novas numa terra perto da Pedreira do Galinha, famosa pelas pegadas de dinossáurios. Foi a altura de repor os níveis e de fazer pequenas afinações no material que tinha sofrido muito nas primeiras horas. A chuva tinha parado e o moral estava alto.Próxima paragem Torres Novas e agora é quase sempre a descer. Foi a parte mais rápida do percurso. Tão rápida que quase chegávamos antes da equipa de apoio. Era altura de comer qualquer coisa à laia de almoço, mas não se podia demorar muito, que o tempo não pára. Mais uma afinações mecânicas e lá vamos nós direitos a Tomar. Próxima paragem: Paço da Comenda.

Alguns de nós sofreram um bocado neste troço. Por exagero de ritmo inicial, por terem comido demais, porque já se levavam muitas dezenas de quilómetros nas pernas, ou tudo conjugado, o grupo partiu-se ao meio na subida para os moinhos da Pena. Lá no alto reagrupámos e seguimos juntos até ao ponto de apoio, onde voltamos a demorar um bocado mais que o desejável, no intuito de tentar recuperar o corpo e a mente.Tomar era já ali e se a hipótese de completar o percurso em doze horas começava a ficar comprometida, ainda restavam muitas horas de luz para pensarmos que não chegaríamos ao fim. Começou a equacionar-se a possibilidade de dividir o grupo em duas equipas, dado que naturalmente três de nós estavam com um ritmo muito mais vivo que os restantes. Podíamos assim tentar que uma equipa chegasse antes das doze horas. Decidiu-se que chegaríamos todos juntos, fosse com que tempo fosse. Era o espírito Just4Fun em acção.

Tomar foi passada rapidamente demorando apenas o tempo necessário para a fotografia na praça central, dado que vinha já aí a subida para o Convento, que não é pêra doce.
O próximo ponto de apoio foi no Aqueduto de Pegões e as paragens iam ficando cada vez mais demoradas, aproveitando-se para comer e recuperar ânimo, que o corpo já teimava em não recuperar.
Sabíamos que se seguia um sobe e desce massacrante e arrancámos com cautela para não estoirar definitivamente. Alguns, no entanto, pareciam tão frescos como no início e seguiam a um ritmo impressionante, tendo depois que esperar que o restante gang reagrupasse.
Estação de Fátima: Paragem rápida e lá vamos nós.
Vilar dos Prazeres... No ano passado a noite caiu-nos em cima neste ponto. Desta vez o Sol ainda ia alto. Era claro que as doze horas eram uma miragem, mas faltavam cerca de 30 quilómetros... Já cheirava a Leiria. Era preciso um cataclismo para não conseguirmos concluir. Após uma paragem também algo demorada seguimos para Santa Catarina e daqui para a frente era tudo novidade. Havia informações que não eram “favas contadas” até ao final e que ainda penaríamos um bocadinho numa subida. As paragens para descansar e reagrupar passaram a ser mais frequentes e a tal subida que se esperava acabou por ser feita em duas etapas para os três da retaguarda, mas na paragem para abastecimento em Santa Catarina os sorrisos foram-se abrindo e a sensação de conquista foi-nos invadindo. Não foi sem sofrimento que se fez a última etapa antes de Leiria, onde se acumularam alguns enganos, alguns por desatenção nossa, outros induzidos pelo track. Nesta última fase ficou-nos na retina um longo single a descer ao longo de uma ribeira que nos soube muito bem. A aproximação a Leiria é penalizada pelo progresso, que nos faz andar a fugir das vias rápidas, onde mais uma vez os tracks e o terreno nem sempre batiam certo, mas por palpite, ou pelo método da tentativa e erro, lá se foi encontrando o caminho a seguir. Estávamos já com os últimos raios de Sol quando entrámos em Leiria. Entretanto um dos GPS’s já tinha ficado sem bateria e outro tinha tido uma paragem algures antes de Torres Novas, mas passados uns quilómetros conseguiu-se pôr a funcionar. Restavam três, mas posteriormente constatou-se que um destes não tinha gravado o percurso. Não eram estes azares que nos iriam tirar o sabor de vitória com que voltámos à fonte luminosa para a foto final, treze horas e vinte e um minutos depois de termos dado a primeira pedalada.Brindou-se com champanhe fornecido pela equipa de apoio e seguimos para casa do JB, para o banho e jantar com o que tinha sobrado dos abastecimentos.

O regresso a Lisboa foi penoso, depois de dormir poucas horas na noite anterior e do esforço de pedalar durante 148 km com quase 3000 metros de acumulado de subidas, mas a sensação de vitória manteve-nos acordados.

Cumpriu-se o Triumviratum. Parabéns a quem teve a ideia de lançar este desafio e a quem o conseguir concluir. Nós já conseguimos, venham os próximos.