2009-07-15

24 H Monsanto 2009 - Fotos NC

E aqui vão mais umas fotos de malta a pedalar em Monsanto.
Já havia por aí bocas a insinuar que era só grelhador e "mines", mas pedalar " 'tá quieto"...

Ora bem...
Lá conseguimos arrastar o pessoal para uma sessão fotográfica para fingir que estavam a participar nas 24H, de modo a calar essas bocas.
Só assim se justifica o ar alegre com que eles estão a pedalar :-)





24 H Monsanto 2009 - Comentário do PL

Este foi o comentário enviado pelo PL para o Forum-BTT.
À falta de melhor rescaldo fica aqui este registo...

"Acompanho as 24 H da Escola Aventura desde Vila de Rei, embora nessa edição apenas como espectador. Foi o suficiente para decidir que queria participar na festa pelo lado de dentro.
Caí de paraquedas com mais três companheiros na primeira edição de Proença-a-Nova, dando origem "formal" ao grupo de pedalada em que me integro. Arrastámo-nos até aguentarmos, mas decidimos que queríamos voltar no ano seguinte. Este evento tem algo de especial para nós e todos os anos temos feito questão em participar e levar família e amigos, aproveitando a ocasião para uma festa à maneira com grelhador "non stop" e "mines" à farta.
Já participei em equipas de quatro, a solo e este ano numa mais desportiva em equipas de oito mistas, para poder gozar o ambiente que me passou ao lado na última participação (a solo).

Não me queixo do valor da inscrição e não é por achar barato. É caro, mas é claro desde o início e só participa quem quer. Irritam-me mais outras coisas caras que tenho que pagar porque sou obrigado (mas isso é outra conversa e não tem nada a ver com BTT).
O mesmo não se passa com outras pessoas com quem falei, que se começam a sentir desmotivadas para participar num evento (caro) que não foi organizado a pensar nelas, por se estar a tornar demasiado dirigido aos "pros".
Pode ser uma opção da organização tornar o evento tão duro que apenas participarão os atletas de elite (ou os que pensam que são), mas isso e o valor total da participação (que não se esgota na inscrição) inevitavelmente vai afastar muita da gente que faz a festa. É uma questão de estratégia e não me pronuncio sobre isso.

Eu gostaria de continuar a participar nesta festa pelos motivos que referi acima (embora não seja pro nem pense que sou), mas começa a ser complicado arranjar quem me acompanhe nesta maluqueira. As borbulhas (alergia ou insectos, ainda estou para perceber) dos últimos dois anos também não ajudam a mobilização, mas isso será provavelmente motivado por uma má escolha do nosso local de acampamento, porque aparentemente a maioria dos participantes não foi atacada.

Depois destas considerações gostava de sugerir a quem escolhe o percurso que não passe por ele apenas uma vez, mas sim durante seis horas seguidas. Talvez assim perceba porque algumas pessoas se queixam da exigência desnecessária. O percurso deste ano até era muito giro e até tiraram as escadas, que era uma coisa que eu reclamei nas duas edições anteriores, mas era demasiado exigente (especialmente à noite).
Lembro-me que na primeira edição de Proença havia um troço do percurso que foi substituído durante a noite, eventualmente por se achar que era demasiado perigoso às escuras. Porque não repetir esta experiência, que em Monsanto até seria fácil, tendo em conta as vezes que o percurso se tocava (ou quase). Facilitava também o controlo nocturno e diminuia a possibilidade de aldrabice.

Fala-se de custos de organização, mas insiste-se num percurso de 12-13 km, que tem dificuldades acrescidas de controlar, abastecer, assistir em caso de emergência e eventualmente custos acrescidos com o controlo policial. Um percurso de 8 km seria mais económico. O que aparentemente podia ser mais chato para quem vai a solo é compensado por mais passagens na meta, onde de facto está a "animação". Este ano até teve mais uma travessia de estrada. Se a polícia é de borla tudo bem, mas se tem que ser paga não percebo a opção. Já participei em provas de 24 h a solo com percursos mais pequenos e não achei chato (antes pelo contrário).

Uma prova destas é para ser ganha pelos "pros" mas sem "turistas" perde o brilho e a mística, o que acabará por se ressentir no ambiente e inevitavelmente comprometerá edições futuras, a não ser que se arranjem patrocínios fortes, o que parece estar complicado.

Para terminar (que o texto já vai longo) apenas mais algumas referências:
Sente-se falta do café distribuído pela noite fora e até do caldo verde que chegou a haver em Proença.
Sente-se falta da animação nocturna na zona da meta. Este ano o ambiente estava particularmente parado.
Um must este ano foi a barraquinha Isostar, por outro lado a da Mule Bar estava pessimamente situada, pois só quem fazia duas voltas seguidas passava por ela.
Este ano a actualização das classificassões deixou muito a desejar e nós até tínhamos uma equipa de 2 a lutar pelos lugares cimeiros.
Repensem os lugares para distribuir águas. Em alguns deles só se bebia se se parasse. O início dos singles não me parece o melhor local para distribuir águas.
Por mim, escusam de dar T-shirts. Já só servem para panos para limpar a bicla. Evitam também perder tempo no secretariado por causa dos tamanhos, e das trocas, aproveitando os recursos para tarefas mais importantes e diminuindo as filas que se chegaram a registar em certas alturas. Podem assim poupar e reduzir o valor das inscrições, mas também podem arranjar outra lembrança que não tenha tamanho nem seja passível de troca. Uma câmara de ar, por exemplo, seria mais útil neste tipo de provas. As melhores lembranças são as mais improváveis. Já me deram vinho, azeite, um púcaro inox. Qualquer uma delas é melhor que uma t-shirt (para mim, obviamente).

Espero que esta mensagem não seja encarada como uma crítica fácil e destrutiva, pois não foi essa a intenção. Pelo contrário, repito que gostaria de continuar a participar integrado numa trupe Just4Fun, mas não está fácil. Se o que acima referi servir para melhorar a prova fico satisfeito.

Uns dias depois da prova, no meio de duas coçadelas dizia que Monsanto nunca mais, mas depois da borbulhagem amansar já estava a pensar onde é que hei-de ir montar o estamine no ano que vem para não vir todo picado."