2012-06-03

Randonneurs – 200 km – 11 de Fevereiro de 2012

Relato do TA:

"É verdade. É um percurso fantástico a atravessar locais de grande beleza. Os parabéns à Organização, especialmente ao João Almeida que esteve também até à última para me conseguir a declaração de seguro junto da Federação Portuguesa de Ciclismo. Não tivemos sucesso e por isso integrei como elemento não oficial o pelotão de 45/50 ciclistas com um elemento no feminino. Depois do briefing, partimos de Santarém um pouco atrasados devido a alguns retardatários. Assim o grupo lá se dividiu em 2 (pelo menos era essa a intenção da Organização) de modo a circularmos com maior segurança. O trajecto baseia-se em duas estradas nacionais: N3 no sentido NE e a N118 no retorno atravessando o rio em Belver.

Torres Novas, o 2º Posto de Controlo (o 1º foi na partida) foi atingido rapidamente e sem grandes demoras apontámos ao Entroncamento, Vila Nova da Barquinha, Tancos e Constância onde as longas rectas, apenas com o rio e os inúmeros quartéis militares como companhia, eram batidas com um forte vento que prejudicava em muito o andamento.

O relevo começou então a tornar-se mais acidentado. Entre o km 70 e o 122 foram vários os picos a conquistar: Vimieiro, Mouriscas, Penhascoso, Mação e mais tarde Gavião (este sim feito com companhia) deram muito que fazer com a hora e o calor a avançar pelo que fui aproveitando as várias fontes para me reabastecer. Mação era o 3º PC e onde nos era disponibilizado um saco de reabastecimento caso o pretendêssemos. Aí fiz uma pausa de meia horita, pois as pernas (e rabo e costas e nuca e …) já denotavam a falta de treino. Arranquei para uma descida bem simpática com Belver lá em baixo que nos recebia com um pavé demolidor. Passando para a margem Sul, seguiu-se Gavião, 4º PC lá bem no cimo e depois de uma enorme descida o percurso compôs-se e ajudado por um vento pelas costas, conseguíamos deslizar no ondulado ribatejano a mais de 35kmh. As estradas apresentavam um óptimo piso.

Em Rossio ao Sul do Tejo enganei-me no trajecto, fazendo mais um par de kms  o que até foi positivo pois assim que reentrei no percurso dei de caras com um mini-pelotão encabeçado pelo organizador João Almeida. Depois de subirmos para o Tramagal a bom ritmo e com uma vista sobre o rio impressionante, vim à conversa com ele o que se revelou uma injecção de energia. O João parecia incansável, para trás e para a frente, animando todo o grupo. Mesmo assim as pernas iam sentido a picada da cãibra a instalar-se e na Chamusca (PC5), o ‘druida João’ deu-me duas bombas de sais para evitar males maiores. Lá seguimos depois da Coca-Cola rumo a Alpiarça onde o gémeo direito deu o berro. Ainda consegui ir junto do grupo até à subida final (que quase parecia uma partida de mau gosto mas Santarém é assim mesmo…) que nos levaria ao Jardim do Município em Santarém para um merecido lanche após quase 10h e 212km (215 com os enganos) de estrada."

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