As aventuras de SD, JB e APRO nas "férias" de Natal registadas em vídeo:
Azambuja - Torres Vedras - 22.12.2012
Torres Vedras - Lisboa - 23.12.2012
2013-02-18
2013-02-05
BRM L'Antique 200 - 2 de Fevereiro de 2013
Relatos do SD e TA:
SD:
"214km à L’Antique…
SD:
"214km à L’Antique…
Sábado fiz o meu 3º BRM, o 2º na distância dos 200km mas o 1º à moda antiga.
J
Bom,
e quê é que distingue este BRM dos restantes? A organização deste
Brevet Randonneur Mondial (BRM) programou um percurso afastado do
trânsito automóvel e que
traz “à memória o espírito e as condições que os Randonneurs do início do século XX tinham de superar quando pedalavam para longe”, segundo Pedro Alves, o fundador da associação Randonneurs Portugal.
A prova “L’Antique 200”, em alusão aos tempos em que percorrer 200 quilómetros era uma grande aventura, trouxe aos nossos tempos o espírito e até algum do sofrimento que provavelmente representava pedalar longas distâncias em estradas… menos cuidadas, para sermos simpáticos.
A prova “L’Antique 200”, em alusão aos tempos em que percorrer 200 quilómetros era uma grande aventura, trouxe aos nossos tempos o espírito e até algum do sofrimento que provavelmente representava pedalar longas distâncias em estradas… menos cuidadas, para sermos simpáticos.
Com
partida às 08:00, cada Randonneur tinha 13h30m para completar o
percurso com saída e chegada em Vila Franca de Xira. Com controlos onde
era necessário carimbar
e com algumas gaitinhas para contar e registar também no passaporte,
foi bastante aprazível contudo pedalar por zonas menos povoadas.
Azambuja,
Santarém, Golegã, Vila Nova da Barquinha e Constância, foram apenas
algumas das terras por onde mais de 50 Randonneurs inscritos à partida
se propuseram
a percorrer até atingir o ponto de retorno.
Sempre
acompanhado dos meus amigos JB e TA, encontrámos neste BRM piso com bom
alcatrão, mau alcatrão, muito mau alcatrão e até… sem alcatrão! Ah e um
empedrado
terrível. Odeio empedrado, pelo menos se estiver de fininha. J Até o troço de 1,5km de terra batida se fez melhor que o empedrado!
Já vos disse que detesto empedrado?! J
Contámos
candeeiros, registámos o nome de um café, de um quiosque e almoçámos
uma reconfortante sopa acompanhada de uma bifana e 1,5lt de, claro,
Coca-Cola (1,5lt
a dividir por 3, ok?!) numa esplanada ao sol sobre o rio Tejo/Zêzere.
Claro, com estas condições, permanecemos por ali cerca de 1 hora mas
estávamos conscientes que terminaríamos dentro do tempo. Bom, uns mais
conscientes que outros, pois havia até quem pensasse
ainda conseguir ir lanchar ao Coimbrão…
De
estômago aconchegado, lá prosseguimos, agora pela margem sul. Chamusca,
Alpiarça, Benfica do Ribatejo, Muge e Porto de Muge pela ponte
centenária Rainha D. Amélia,
foram alguns dos locais percorridos no regresso a Vila Franca de Xira.
A
apimentar um pouco ainda mais as dificuldades por vezes sentidas no mau
piso, saliento ainda a desagradável companhia do vento que embora não
sendo muito forte,
foi… lixado por vezes. J
Não
sei se já vos disse mas eu odeio empedrado. Eu e o material mais
sensível, mais rasca, mais fraquinho, de inferior qualidade mesmo! Que o
diga o raio da bicicleta
do JB. Literalmente, o “raio”! A determinada altura ouviu-se
‘plinnnnn…’ e imediatamente mandei encostar o artista da Giant para ver o
que se passava e para nosso espanto, tinha-se partido um raio, no raio
da roda do raio da bicicleta do raio do dono!
J
Com recurso ao canivete suíço, desapertei o resto e removemos o raio da
roda (não, essa ficou, foi só mesmo o raio que tirámos!)
e assim o nosso companheiro lá prosseguiu mais leve a sua peregrinação.
Felizmente a roda não desalinhou. Esta, porque outra roda que
desalinhou foi a do nosso amigo TA, pois “TÁ” claro! Mas aqui foi um
simples furo, ou o jovem não furasse cada vez que põe
a roda na estrada. O curioso foi que se tratou de uma micro-cagagéssima
pedrinha!!! Curiosa também foi a sua reparação. Numa primeira tentativa
para evitar trocar a câmara, dei ao Tiago uma daquelas latas maravilha
anti-furo. Até aqui, tudo “jóia”, o problema
foi que quando a lata estava quase no fim, a roda começou a vomitar
(literalmente!) espuma de barbear (jovem, quando cheguei a casa tinha um
bocado preso na sobrancelha que entretanto endureceu!) pelo metal que,
também não entendo porquê, tem uns furinhos!!
Que coisa estranha! Nem parece uma Specialized – bom, de facto a roda
não é!! Mas a coisa não ficou por aqui pois após trocar a câmara, nem a
bomba do TA nem a do JB tinham alcance para um pipo ‘Presta’ que de
facto não presta(va) para nada. Lá tive eu de
sacar de uma bomba como deve ser (foi a estreia de uma, confesso que
também fiquei apreensivo) mas evitámos ter de deixar o TA para trás a
soprar no pipo…
Lá
prosseguimos juntos, vendo a luz do sol desaparecer enquanto ligávamos
os nossos caga-lumes. Desde Alpiarça que tivemos a companhia acrescida
de mais um randonneur
e que só o foco dele iluminava mais que os nossos 3 juntos, pelo que
foi uma boa companhia até ao final. Curiosamente, ainda a semana
anterior tinha estado a micar aqueles focos de led e foi como que um
test-drive para o que irei comprar em breve. 1000 lumens
com led cree é brutal!!
A chegada a Vila Franca de Xira, fez-se já de noite, eram 19:45.
Foram
11h45m de BRM para 8h58m a pedalar, o que representou um total de 2h45
de paragens. Excessivas, é um facto mas controladas, algumas necessárias
e outras muito
aprazíveis.
Pessoalmente percorri 214,37km, a uma média de 23,8km/h, com alguns pouquinhos enganos à mistura.
J
No
final, posso congratular-me por nunca ter percorrido tamanha distância
com o corpinho tão bem tratado, apesar do piso muito irregular. Foi a
estreia da ‘nova’
máquina nestas distâncias e está aprovadíssima!
Venha o próximo BRM, já no mês que vem e com ele, mais companhia para mais uma participação Just4Fun."
TA:
"E
afinal surgiu mais um risonho – quer dizer, no final era mais um esgar
de sofrimento do que um sorriso – no BRM200 L’Antique! Foi mesmo uma
sova à antiga
em que a menor das dores terá vindo dos 2km de terra.
O meu pensamento principal antes da prova (ou provação) era tal qual um Alcoólico Anónimo “já não pedalo à 2 meses e 2 dias”.
Às
8.05h, depois do JB ter adicionado pela 3ª vez o impermeável à sua
indumentária, partimos para um percurso que a Organização indicava
percorrer todo
o tipo de pisos: estradas nacionais, estradas municipais (a maioria
até em bom estado mas quando tinha buraco…), caminhos agrícolas
asfaltados (qb), pavé (uuuuuuiiii, o meu… tudo) e até estrada de terra
batida (depois de tudo o resto foi pra meninos). Ao
todo eram 55 bravos que causaram alguma apreensão aos elementos
organizadores dada a dimensão do pelotão.
Ao
contrário dos outros BRM que têm VF Xira como Quartel General, o
percurso levou-nos a experimentar a margem norte do Tejo: Carregado,
Azambuja, Porto
de Muge (onde tínhamos de atravessar um extenso pavé) e a ascenção a
Santarém onde se encontrava o 3º posto de controlo e onde fizemos uma
pausa para abastecer de açucares, cafeína e o que mais nos ajudasse.
Felizmente a chuva que caiu foi muito pouca mas
o vento, quase sempre de frente, não permitia médias mais elevadas. Até
este momento apenas havia a registar a corrente que tinha saltado da
minha montada.
A
saída de Santarém dá-se por uma descida em pavé que me deixou e ao SD
meios abananados pois erradamente seguimos por uma subida (e
‘alimentados’ pela
indicação de um velhote que nos disse de passagem que os nossos colegas
já iam muita lá para a frente…) em vez de atravessar a linha de
comboio, uma constante neste BRM. Felizmente o SD tinha o percurso GPS
carregado e o erro apenas gerou um desvio de 1,5km.
Continuamos a deslocação rumo à Quinta da Cardiga onde desta vez o SD e
o JB, entretidos na conversa, quase falhavam o desvio. Após o Controlo
(com recurso a pergunta), fazemos os 2km de terra batida, bastante mais
confortáveis que uma boa parte do percurso
dito asfaltado, em direcção à vila de Constância (felizmente mudou o
nome, anteriormente era conhecida como Punhete!), recorrendo muitas
vezes a percursos usados no BRM existente o ano passado e com partida de
Santarém. Depois de mais uma passagem sobre o
pavé em direcção ao Centro Histórico da terra que deu residência a
Luís de Camões, carimbámos mais um Controlo e sentámo-nos numa esplanada
virada para o Tejo para repor energias. Metade do percurso estava feito
e eu já dava alguns sinais de cansaço.
Quase
uma hora depois, arrancamos para refazer o pavé, agora a subir, pela
N118 na margem Sul do Tejo num sobe e desce que o vento ajudava a
transpor.
Mais uma fuga da nacional para caminhos menos próprios, desviando-nos
do Vale dos Cavalos e dirigindo-nos a Alpiarça em que quase falhávamos o
posto de Controlo. O GPS é muito útil mas as indicações em papel também
J
Nesta altura não me sentia com grande disponibilidade para acompanhar a
pedalada do SD e JB
e disse para irem andando. Recusaram-se a ir sem mim (sorte malvada
eheh) e juntou-se um 4º elemento, o Nuno. Seguiu-se Almeirim onde o BRM
de Santarém cortava para o final, nós seguiríamos para Sul para cruzar o
rio em Muge, não sem que eu não tivesse o meu
furo da praxe (atrás para chatear ainda mais). Para não perdermos
tempo, o SD sugeriu usar o spray que… nos fez relembrar o Natal: não sei
bem porquê a jante tem dois furinhos (será para escoar água?) por onde
saiu a espuma toda. Não tendo funcionado, lá trocámos
a câmara de ar. Só à terceira bomba é que conseguimos encher o pneu
(parece que consigo sempre acertar em material não standard: desta vez o
pipo era curto LOL). Para atravessar o rio usámos a ponde Rainha Dona
Amélia, uma ponte com sentido reversível mas
com bermas para permitir a passagem de peões e bicicletas (por sinal,
em muito mau pois o corrimão estava todo torcido reduzindo o espaço de
passagem).
A
partir daqui o percurso era idêntico ao inicial, pelo que já de luzes
acesas, passámos pelo empedrado de Muge e onde temos novo problema
técnico: o JB
parte um raio da roda traseira. Seguimos o restante trajecto já de
noite e eu arrastava-me para conseguir manter-me com eles. Passávamos
então no sentido inverso, Vila Nova da Rainha, Azambuja (paregem para a
última barrinha), Carregado (em que fugíamos de
novo às vias principais) para volver à EN1 e subir até ao Pavilhão após
quase 12 horas desde a partida (seguramente duas horas a mais que os
meus companheiros faria se não me levassem às costas).
Como
dizia no Sábado, nesse dia no meu pensamento apenas tinha a ideia de
NÃO ir ao BRM300. Dois dias depois já estou repensar a coisa, pode ser
que consiga
rolar qualquer coisa neste mês.
Muito obrigado ao SD e ao JB por partilharem as vossas rodas."
Travessia Natalícia - 22 e 23 de Dezembro de 2012
Relato do SD:
"Como previsto, juntei-me aos já 2 habituais companheiros destas andanças e partimos para a Travessia Natalícia Just4Fun 2012.
J
Estava planeado irmos de comboio
até à Azambuja e como todo o bom planeamento… correu conforme o
esperado. Às 7:43 de sábado, eu e o Pedro Roque (Velocipédia)
embarcávamos em Sete Rios, depois de termos vindo a pedalar
cada um de sua casa. Duas estações depois, Roma-Areeeiro, era a vez do
amigo João Bronze se juntar a nós.
Uma hora depois, chegámos à estação da Azambuja onde demos início ao traçado que nos levaria nesse dia até Torres Vedras.
Sob uma temperatura amena e com
ausência de chuva, apesar do tempo algo cinzento, rapidamente
abandonámos o asfalto para… experimentar a lama da lezíria da Azambuja.
Para quem se lembra do caminho do peregrino que nos
levou já a Fátima, lembra-se de uns estradões de bom piso. Pois bem,
estes estavam agora transformados em vastos lamaçais. Rapidamente
passámos de imaculados com as nossas bicicletas e alforges para,
digamos, todos cagados!
Felizmente, o terreno mais
enlameado encontrava-se no início do percurso, o que não deixou de
causar alguma apreensão pois não sabíamos o que iriamos ainda encontrar.
Instantes depois, fazíamos uma habitual paragem junto
a um café, onde além de comer, se tirou também alguma lama de cima dos
desviadores e se efetuou o primeiro post no facebook…
A partir daqui, o terreno foi
melhorando e a travessia decorreu com toda a normalidade. Voltámos a
parar em Aveiras de Cima, onde além de umas fotos carregadas para o
ciberespaço, utilizámos também a hotelaria local para
forrar os nossos estômagos.
Pela frente, teríamos a Serra de
Montejunto como maior dificuldade do dia e rapidamente chegámos até ela.
Com vontade e algum esforço, chegámos perto dos 500m de altitude onde
parámos num miradouro para fazer algumas fotografias.
Até Torres Vedras, tínhamos agora alguma descida em alcatrão, vencida a boa velocidade como mandam as regras…
A chegada a Torres foi feita por um engraçado
single-track e seguidamente, pedalámos através da estação de
comboios para encontrar a Carolina que nos esperava do outro lado. Eram
16h e era o fim do primeiro dia desta travessia. Comemos qualquer coisa
no café/bar da estação e despedimo-nos do João
Bronze no posto de lavagem, após termos devolvido ao nosso equipamento o
brilho merecido.
Com o material lavado, segui com o
Pedro Roque para a Residencial dos Arcos, onde guardámos as bicicletas
na garagem e nos instalámos confortavelmente no quarto. Banho tomado,
esqueleto esticado e descansado sobre a cama
e saímos para jantar qualquer coisa. Sem muito para fazer, preparámos o
dia seguinte e démos em seguida algum descanso ao corpo.
A partir daqui, a travessia decorria a 4 rodas, mas a 2 bicicletas…
Às 8:30 do dia seguinte,
sentávamo-nos para tomar o pequeno-almoço na Residencial. Pouco passava
das 9h quando nos fizemos ao caminho, não sem antes irmos comer um
típico pastel de feijão desta bela localidade, onde aproveitei
também para comprar uma caixinha deles pois há que compensar o pessoal
lá em casa, nesta quadra… ;-) Os primeiros km’s feitos à saída de Torres
Vedras foram feitas por uma ecopista, com bom piso e sem grandes
dificuldades. Como previsto, a temperatura continuava
amena e a chuva continuava arredada, apesar de um céu muito cinzento
por vezes.
Comparativamente com o dia
anterior, as dificuldades sentidas foram maiores, tanto no que toca ao
terreno como à altimetria. Houve mais momentos de lama do que no dia
anterior e houve até quase que um tombo dentro de uma
grande poça. Foi um daqueles momentos de quem vai atrás lamenta não
levar a câmara ligada. Sem qualquer tipo de consequência, a não ser para
um sapato completamente “castanho” e uma mala do alforge parcialmente
molhada, seguimos caminho.
Instantes depois, parávamos para
tomar qualquer coisa num café com um chão imaculado. Isto antes de
entrarmos, claro. A despesas de 2 cafés nem deve ter compensado o
necessário passar de esfregona no chão…
A dificuldade do dia, tardava.
Como tal, aproveitámos para parar num junto ao mercado da Malveira. Na
esplanada, aquecemo-nos com umas excelentes sopas “saloias”, servidas
numas grandes tijelas. Que bem que souberam estas
sopinhas. As sopas e os pregos que se lhes seguiram! De estômagos
forrados, montámos nas burras para percorrer 10 metros, a distância
necessária até pararmos na fábrica de trouxas, outra iguaria que viajou
numa segunda caixa nos meus alforges diretamente para
a mesa de Natal lá de casa…
Os momentos que se seguiram,
permitiram-nos rolar ao mesmo tempo que acamávamos o que ía no estômago,
pois o Cabeço de Montachique estava perto. Estava perto e rapidamente
chegou e empinou de tal maneira que a última subida
já não era compatível com os alforges (ou não seria compatível com a
perna?). Vencida esta última dificuldade do dia, havia que descer no
meio de algum nevoeiro.
Atravessámos Loures e seguimos
até Sacavém por caminhos não asfaltamos mas não muito mal tratados.
Daqui, seguimos para a Expo e daí, apanhámos as ciclovias que nos
conduziram até Benfica onde nos separámos. Não conhecia
toda este caminho de ciclovias mas fiquei bem impressionado, pois o
mesmo já nos permite atravessar Lisboa de uma ponta a outra.
De Benfica, segui a pedalar para casa, onde cheguei às 17h.
Em jeito de resumo, foi um grande
fim-de-semana, passado em boa companhia a percorrer trilhos
desconhecidos. O tempo ameno e sem chuva ajudou e a lama deu algum
colorido a esta época festiva.
J
Venham mais iguais a estas…
Sábado, 91,5Km com 1423m acumulado.
Domingo, 93km com 1592m acumulado."
Skyroad Granfondo - Outubro 2012
Relato do JB:
"Estava bastante entusiasmado com este evento SkyRoad, uma vez que ia
pedalar por zonas que não conhecia e por ser também um evento que
decorria em estrada. Aproveitei para levar a máquina fotográfica e tirei
umas fotos que podem ver no FB.
A viagem iniciou-se na sexta em direcção ao Coimbrão, onde descansámos umas horas, pois o despertador tocou às 5.15.
A bike Giant e a "S" do Sérgio já estavam dentro da carrinha e por isso era só arrancar, mas não foi bem assim. A carrinha estava "morta" e tivemos de ligar uns cabos para ver se ela ganhava vida...E ganhou e assim lá fomos até à padaria mais próxima (a do meu pai) para levarmos uns pães quentes para a Lousã.
A viagem foi rápida e às 7.20 já estávamos a levantar os dorsais e os sacos com as ofertas. A caminho do secretariado, reparámos que estava um calor estranho e ambos começámos a bater o dente.
Quando a buzina soou estávamos nós a ir para a grelha de partida, mas isso não foi problema, pois passados uns minutos já estávamos no pelotão. Os primeiros kms foram feitos sempre a subir e de repente passam os "meninos" da equipa profissional do Tavira num ritmo supersónico que até abanámos.
A subida deu para aquecer bem e por volta do 30 km tínhamos o primeiro abastecimento. Parámos, bebemos e comemos qualquer coisa ao som de uns tambores característicos daquela zona mas como era uma zona ventosa tivemos de ir rapidamente para a estrada para aquecer. E aquecemos, mas de repente sentimos um ventinho que ao virar certas curvas ficava forte e fresco. Reparei que já estávamos a pedalar acima dos 800 metros e as antenas que se avistavam a rodar a grande velocidade queria dizer isso mesmo. A paisagem era espetacular, o sol era uma constante, de vez em quando aparecia o nevoeiro que dava um ar especial a certas partes do percurso.
Continuámos a subir, estradas com óptimo piso, carros nem vê-los (excepto os da organização), mas víamos motas. Estas motas, umas da organização outras da BT GNR acompanhavam-nos ao longo da subida. Aproveitei para meter conversa com um motard da GNR e perguntei-lhe se queria trocar, mas ele só concordou fazer essa troca no final da subida. Esperei por ele no final da subida mas ele não estava lá :))))
Depois de uma subida, há uma descida e neste caso que descida...era a descida para a barragem de Santa Luzia. Umas curvas que mais pareciam rectas e um belo lago iam prendendo a nossa vista. Aproveitei para consultar as minhas notas e verifiquei que se estava a aproximar um muro. Ah pois é, toca a subir quase 2km com uma inclinação média de quase 12%. Nesta subida estavam muitos ciclistas e fui ultrapassando alguns sempre com o SD por perto. Tínhamos feito 60km e o corpo estava a reagir bem ao desgaste e lá continuámos serra acima em direcção à Pampilhosa da Serra onde chegámos com 75km nas pernas.
Chegámos à Pampilhosa, mais um abastecimento com muita variedade de comida. Tentei não ficar ali muito tempo, pois estas paragens dão cabo de mim. Consultei novamente as minhas notas e verifiquei que tinhamos de enfrentar uma subida de 5,3km a 6,7% de inclinação média e pensei "tá-se bem!". Pedalámos aí uns 200 metros e de repente paralelo e depois sem avisarem "zás" uma parede com alguns metros com 20%. Fiquei todo baralhado e até os bolos vieram ao cérebro...esta não estava nas minhas notas. O SD já devia estar avisado, pois ele subiu aquilo com alguma tranquilidade. Entretanto entrámos numa estrada larga lá continuámos no nosso ritmo e até alcançámos um conhecido meu e fomos pondo a conversa em dia. Distraí-me um pouco e o SD estava a ficar ligeiramente para trás. Pensei que ele tivesse comido demais e como íamos a subir, o "lastro" do seu corpo estava a fazer com que ele ficasse mais afastado....
Percebi que o SD estava a "quebrar" e então fiquei com ele. Apesar de se ter alimentado o corpo não estava a reagir (cá para mim o problema era da "S" lol). Chateou-me para eu ir ao meu ritmo, mas ao contrário do que ele pediu fiquei com ele. SD, não és mais chato do que eu :)))))))))))
Estava a ficar calor, a pedalar numa estrada nacional, grandes rectas, carros poucos ou nenhuns e eis que vê-mos a placa dessa especial localidade de Picha, isto queria dizer que já tínhamos nas pernas (e no resto do corpo também) 100 km e que da Picha até à Lousã era "quase" um tiro. Mas para chegar à Picha tivemos alguns obstáculos que foram a inclinação da entrada na aldeia e o seu piso em paralelo. Lá conseguimos chegar e tivemos de parar na Picha, pois havia abastecimento....
Depois do abastecimento, 200 metros a seguir uma placa a indicar outra bela localidade com o nome de Venda da Gaita....muito bom!
A seguir à Picha fomos em direcção a Castanheira de Pera. Tínhamos de pedalar cerca de 10km a 3.5% de média por uma estrada estreita, no meio de pinhal onde oxigenámos os pulmões.
Chegámos a Castanheira de Pera e mais um abastecimento. O SD aproveitou para provar de quase tudo um pouco e eu também lol.
Estávamos com cerca de 120km nas pernas e só tínhamos de vencer esta ultima subida e que subida...aqui a organização brindou-nos com umas placas de informação dos kms que faltavam até ao final da subida e a sua inclinação média. A estrada era fantástica e como íamos a subir dava para observar a fabulosa paisagem. Ao virar de uma curva reparo novamente numas eólicas, olhei para o GPS e verifiquei que estava novamente perto dos 1000 metros. Que espectáculo!!!
A subida acaba e o SD já estava novamente com a energia toda e lá fomos em direcção à Lousã. Foram 20 km sempre, mas sempre a descer. A organização disponibilizou os locais onde devíamos ter atenção por serem perigosos e ao longo destes 20km estavam assinalados alguns, como por exemplo, curvas bastante fechadas, piso irregular, folhas nas estradas, trânsito em sentido contrário e já perto do final umas lombas...
Eu e a minha GIANT aproveitámos esta longa descida para queimar as ultimas energias e para desfrutar da paisagem, da adrenalina e da enorme satisfação de termos tido um dia FANTÁSTICO!
Lá cortei a meta com 07h 04 e pouco tempo depois lá vinha o SD, com uma cara de enorme satisfação.
A organização foi espectacular. Ao longo do percurso fomos tendo sempre a companhia das motas da organização, os abastecimentos não sofriam da chamada "politica de austeridade", nos cruzamentos, nas descidas, nas zonas perigosas tudo muito bem sinalizado com pessoas a avisarem-nos através de bandeiras, tivémos direito a música, a incentivos por parte das populações e tivémos um amigo especial que se chama São Pedro que proporcionou um dia espectacular de outono.
Como o SD já disse na sua crónica e até tínhamos comentado isso durante o evento do GrandFondo, temos de voltar um dia destes com a malta dos Just4Fun. Temos os tracks, por isso é só marcar na agenda. Acreditem, que vale mesmo a pena!!!!
Obrigado SD pela companhia e para o ano estamos lá quer tu queiras ou não :)))))
Um abraço
JB & GIANT
Aqui vai o resumo do dia:
A viagem iniciou-se na sexta em direcção ao Coimbrão, onde descansámos umas horas, pois o despertador tocou às 5.15.
A bike Giant e a "S" do Sérgio já estavam dentro da carrinha e por isso era só arrancar, mas não foi bem assim. A carrinha estava "morta" e tivemos de ligar uns cabos para ver se ela ganhava vida...E ganhou e assim lá fomos até à padaria mais próxima (a do meu pai) para levarmos uns pães quentes para a Lousã.
A viagem foi rápida e às 7.20 já estávamos a levantar os dorsais e os sacos com as ofertas. A caminho do secretariado, reparámos que estava um calor estranho e ambos começámos a bater o dente.
Quando a buzina soou estávamos nós a ir para a grelha de partida, mas isso não foi problema, pois passados uns minutos já estávamos no pelotão. Os primeiros kms foram feitos sempre a subir e de repente passam os "meninos" da equipa profissional do Tavira num ritmo supersónico que até abanámos.
A subida deu para aquecer bem e por volta do 30 km tínhamos o primeiro abastecimento. Parámos, bebemos e comemos qualquer coisa ao som de uns tambores característicos daquela zona mas como era uma zona ventosa tivemos de ir rapidamente para a estrada para aquecer. E aquecemos, mas de repente sentimos um ventinho que ao virar certas curvas ficava forte e fresco. Reparei que já estávamos a pedalar acima dos 800 metros e as antenas que se avistavam a rodar a grande velocidade queria dizer isso mesmo. A paisagem era espetacular, o sol era uma constante, de vez em quando aparecia o nevoeiro que dava um ar especial a certas partes do percurso.
Continuámos a subir, estradas com óptimo piso, carros nem vê-los (excepto os da organização), mas víamos motas. Estas motas, umas da organização outras da BT GNR acompanhavam-nos ao longo da subida. Aproveitei para meter conversa com um motard da GNR e perguntei-lhe se queria trocar, mas ele só concordou fazer essa troca no final da subida. Esperei por ele no final da subida mas ele não estava lá :))))
Depois de uma subida, há uma descida e neste caso que descida...era a descida para a barragem de Santa Luzia. Umas curvas que mais pareciam rectas e um belo lago iam prendendo a nossa vista. Aproveitei para consultar as minhas notas e verifiquei que se estava a aproximar um muro. Ah pois é, toca a subir quase 2km com uma inclinação média de quase 12%. Nesta subida estavam muitos ciclistas e fui ultrapassando alguns sempre com o SD por perto. Tínhamos feito 60km e o corpo estava a reagir bem ao desgaste e lá continuámos serra acima em direcção à Pampilhosa da Serra onde chegámos com 75km nas pernas.
Chegámos à Pampilhosa, mais um abastecimento com muita variedade de comida. Tentei não ficar ali muito tempo, pois estas paragens dão cabo de mim. Consultei novamente as minhas notas e verifiquei que tinhamos de enfrentar uma subida de 5,3km a 6,7% de inclinação média e pensei "tá-se bem!". Pedalámos aí uns 200 metros e de repente paralelo e depois sem avisarem "zás" uma parede com alguns metros com 20%. Fiquei todo baralhado e até os bolos vieram ao cérebro...esta não estava nas minhas notas. O SD já devia estar avisado, pois ele subiu aquilo com alguma tranquilidade. Entretanto entrámos numa estrada larga lá continuámos no nosso ritmo e até alcançámos um conhecido meu e fomos pondo a conversa em dia. Distraí-me um pouco e o SD estava a ficar ligeiramente para trás. Pensei que ele tivesse comido demais e como íamos a subir, o "lastro" do seu corpo estava a fazer com que ele ficasse mais afastado....
Percebi que o SD estava a "quebrar" e então fiquei com ele. Apesar de se ter alimentado o corpo não estava a reagir (cá para mim o problema era da "S" lol). Chateou-me para eu ir ao meu ritmo, mas ao contrário do que ele pediu fiquei com ele. SD, não és mais chato do que eu :)))))))))))
Estava a ficar calor, a pedalar numa estrada nacional, grandes rectas, carros poucos ou nenhuns e eis que vê-mos a placa dessa especial localidade de Picha, isto queria dizer que já tínhamos nas pernas (e no resto do corpo também) 100 km e que da Picha até à Lousã era "quase" um tiro. Mas para chegar à Picha tivemos alguns obstáculos que foram a inclinação da entrada na aldeia e o seu piso em paralelo. Lá conseguimos chegar e tivemos de parar na Picha, pois havia abastecimento....
Depois do abastecimento, 200 metros a seguir uma placa a indicar outra bela localidade com o nome de Venda da Gaita....muito bom!
A seguir à Picha fomos em direcção a Castanheira de Pera. Tínhamos de pedalar cerca de 10km a 3.5% de média por uma estrada estreita, no meio de pinhal onde oxigenámos os pulmões.
Chegámos a Castanheira de Pera e mais um abastecimento. O SD aproveitou para provar de quase tudo um pouco e eu também lol.
Estávamos com cerca de 120km nas pernas e só tínhamos de vencer esta ultima subida e que subida...aqui a organização brindou-nos com umas placas de informação dos kms que faltavam até ao final da subida e a sua inclinação média. A estrada era fantástica e como íamos a subir dava para observar a fabulosa paisagem. Ao virar de uma curva reparo novamente numas eólicas, olhei para o GPS e verifiquei que estava novamente perto dos 1000 metros. Que espectáculo!!!
A subida acaba e o SD já estava novamente com a energia toda e lá fomos em direcção à Lousã. Foram 20 km sempre, mas sempre a descer. A organização disponibilizou os locais onde devíamos ter atenção por serem perigosos e ao longo destes 20km estavam assinalados alguns, como por exemplo, curvas bastante fechadas, piso irregular, folhas nas estradas, trânsito em sentido contrário e já perto do final umas lombas...
Eu e a minha GIANT aproveitámos esta longa descida para queimar as ultimas energias e para desfrutar da paisagem, da adrenalina e da enorme satisfação de termos tido um dia FANTÁSTICO!
Lá cortei a meta com 07h 04 e pouco tempo depois lá vinha o SD, com uma cara de enorme satisfação.
A organização foi espectacular. Ao longo do percurso fomos tendo sempre a companhia das motas da organização, os abastecimentos não sofriam da chamada "politica de austeridade", nos cruzamentos, nas descidas, nas zonas perigosas tudo muito bem sinalizado com pessoas a avisarem-nos através de bandeiras, tivémos direito a música, a incentivos por parte das populações e tivémos um amigo especial que se chama São Pedro que proporcionou um dia espectacular de outono.
Como o SD já disse na sua crónica e até tínhamos comentado isso durante o evento do GrandFondo, temos de voltar um dia destes com a malta dos Just4Fun. Temos os tracks, por isso é só marcar na agenda. Acreditem, que vale mesmo a pena!!!!
Obrigado SD pela companhia e para o ano estamos lá quer tu queiras ou não :)))))
Um abraço
JB & GIANT
Aqui vai o resumo do dia:
Distância:
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154,78km
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Veloc. Média:
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20,9 km/h
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Ganho de elevação:
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3.207 m
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Tempo:
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7:23:43
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Tempo Movimt.:
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6:42:36
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Elapsed Time:
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7:23:43
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Veloc. Média:
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20,9 km/h
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Avg Moving Speed:
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23,1 km/h
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Veloc. Máxima:
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79,7 km/h
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Elevação
Ganho de elevação:
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3.207 m
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Perda de elevação:
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3.148 m
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Elevação mín.:
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128 m
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Elevação máx.:
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995 m
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e ganhei também uma ligeira constipação que o GPS não registou :)))))"