2007-05-21

Troféu Ori-Évora - 4ª Prova - Valverde 20 de Maio de 2007

A nossa participação ( DN e PL) na prova de Ori-BTT de ontem em Valverde foi fraquinha, para dizer de uma forma simpática, não tanto pela classificação, que rondou o desastre do qual escapámos mesmo à tangente, mas pelo desempenho que teve contornos entre o bom e o péssimo.
O início foi bom e rapidamente fomos encontrando e passando alguns concorrentes, por vezes fazendo opções arriscadas, mas que pareceram dar bons resultados. Entretanto encontrávamos alguns pontos meio escondidos com relativa facilidade.
Antes do meio do percurso já tínhamos percebido que o que estava assinalado como caminhos largos e em bom estado se assemelhava mais com terreno lavrado, pois tinham sido revolvidos com máquinas de rastos. Deixando, ora o terreno e calhaus todos remexidos, ora os trilhos das lagartas que causava aquele treme-treme característico. Tentámos assim por vezes evitar os caminhos menos directos, que tinham normalmente piso muito mau e maior acumulado de subidas.
Tudo ia a correr bem até que já nos últimos seis pontos a concentração nos abandonou por completo e desatámos a fazer opções erradas umas atrás das outras.
Para o ponto oito, quando tínhamos uma acesso quase sempre a descer optámos por um muito pior e com subidas, apenas por não termos visto o mapa com a devida atenção.
Para o ponto nove, em vez de observarmos o mapa fomos atrás de um concorrente e vimo-nos metidos no meio de um acesso de terra revolta feito pelos madeireiros quando andaram a cortar árvores. Depois de alguma indecisão conseguimos achar o ponto a algum custo e seguimos rapidamente para o ponto dez, que não tinha dificuldade. Aí trocámos umas palavras com um concorrente (o tal que seguimos para o ponto anterior), tendo percebido que ele tinha sido o primeiro a partir do nosso escalão e por isso estávamos a ganhar-lhe nove minutos. Tendo em conta que ele tinha ficado à nossa frente na prova anterior, apesar das asneiras anteriores ainda não nos podíamos queixar muito.
Foi então que decidimos uma jogada arriscada e, entre uma opção quase a direito e outra com caminho óbvio mas com uma volta muito grande, decidimos arriscar na menos óbvia. Na nossa decisão cometemos dois erros graves: Não vimos o mapa com a devida atenção e seguimos indicações de um pescador que estava no local.
O caminho que queríamos não tinha ligação directa e acabámos por andar aos bonés muito tempo em zonas fora do mapa (já que estávamos mesmo no limite), sem caminhos e no meio de vedações. Depois de pensarmos um bocadinho (o que devíamos ter feito antes) decidimos ir a corta-mato, muitas vezes com a bicla às costas até encontramos referências que constassem no mapa. O que era cerca de 150 metros de desvio custou-nos muitos minutos a atravessar um regato fundo (felizmente seco) e três cercas de arame farpado.
De volta a zonas conhecidas (que constavam no mapa) seguimos rapidamente para o ponto seguinte que encontrámos sem dificuldade, ao contrário de outros que andavam completamente às aranhas, pois a localização tinha truque.
Seguidamente, em vez de fazermos a prova pelo seguro voltamos a arriscar e voltámo-nos a dar mal perdendo muito tempo a procurar uma saída dentro de uma quinta. Depois de termos dado com uma saída (não a que procurávamos), e de termos consciência que a prova estava comprometida, seguimos sempre pelos caminhos mais óbvios até ao final, onde constatámos a nossa fraca prestação.
Para culminar o dia, não tivemos direito a banho, mas para não perdermos tudo abancámos debaixo de duas amoreiras onde estivemos quase meia hora a comer amoras, que estavam espectaculares. Foi mesmo o melhor momento do dia.
Viemos embora sem saber a classificação final, mas com a sensação que íamos ficar perto dos últimos, o que acabou por não ser completamente verdade, pois ficámos em sétimo (exactamente a meio da tabela). Esta posição, apesar de tudo dá-nos a liderança do Troféu com algum conforto (segundo as nossas contas), dado que alguns dos melhores classificados não compareceram, mantendo em aberto a possibilidade de uma boa classificação, sendo tudo decidido na última jornada, onde um quarto lugar nos garante a primeira posição do Troféu, independentemente dos resultados dos outros três que ainda podem aspirar à vitória. Tudo podia ter ficado decidido nesta prova, mas a nossa fraca prestação obriga-nos a ir à última e tentar não repetir os erros.

Uma palavra final para a apreciação do percurso que era muito exigente e com algumas opções complicadas. Depois de uma série de provas com percursos relativamente fáceis, este exigia muita concentração, onde que qualquer erro se pagava muito caro e só nos apercebemos disso demasiado tarde para as nossas aspirações.

Portalegre 5 de Maio de 2007

Este ano apenas compareceram dois Just4Funners (PL e DN) e ambos nos 40 km que acabaram por ser 55.
Percurso ligeiramente mais duro que no ano anterior, mas de igual beleza em alguns locais.
A experiência ganha em 2006 fez-nos madrugar e pouco depois de abrir o controlo zero estávamos na zona de partida, a cerca de 70 m da frente, o que nos permitiu evitar a maior parte das aglomerações no meio do percurso, chegar a horas decentes, tomar banho de água quente e comer sem preocupações. Como já é tradição, a sopa de cação recomenda-se.

A classssificação final ditou:
PL - 382º com 3:50:01
DN (a participar em substituição do JP) - 715º com 4:27:23
Classificaram-se 1840 ciclistas, tendo o primeiro demorado 2:30:40 e o último 8:02:05