2010-12-15

Tróia-Sagres - 11 de Dezembro de 2010

Pois é... depois de longa ausência bloguística, eis de volta os Just4Fun e logo com cinco relatórios detalhados sobre as respectivas participações no Tróia-Sagres 2010.

Para imprimir e ler antes de dormir, que não há pachorra para ler tanta letrinha junta na pantalha :-)

Relato do SD:

“Missão comprida e cumprida. :-)

A ideia de um Just4Fun maluco qualquer de fazer a dobradinha foi cumprida com êxito e ainda conseguiu arrastar mais 3…

No sábado lá saí de casa às 5:30 AM e às 6:00 AM já estava a rolar com o amigo PL a caminho da estação de comboios de Campolide. No início da ciclovia paralela à Radial de Benfica, o rapaz tem um furo o que por momentos nos fez pensar que talvez não conseguíssemos apanhar o comboio a horas mas uma operação rápida sobre o pneu cortado pelo vidro à maneira de um pitstop da Formula 1, permitiu-nos chegar ainda com 5 minutos de antecedência à estação. No comboio, tal como combinado, encontrámos o JB e o RF que trazia um amigo. Juntou-se-nos ainda um outro rapaz que estava sozinho e assim o nosso grupo era constituído à partida por 6 elementos.

Começámos a rolar em Tróia pelas 8:25 AM. Sem chuva, sem frio, apenas com algum vento. No fim, houve quem se queixasse do vento contra mas sinceramente, a minha fasquia das adversidades nesta travessia foi tão elevada há 2 anos atrás quando fizemos 8 horas debaixo de um temporal imenso que o vento de sábado me sabia a brisa do mar. Começámos a rolar e tentámo-nos organizar em esquema de rotação ao último, quilómetro a quilómetro mas acabámos por desistir, pois este trabalho não funcionou em pleno no nosso grupo. Para trás foi ficando o amigo do RF que mais tarde viria a desistir e ía ficando também o Vítor, o tal elemento que conhecemos no comboio.

O nosso grupo continuava então com 4 elementos – SD, PL, RF, JB mas a falta de treino do amigo PL começou a condicionar o seu andamento e acabou mesmo por entrar em modo económico, como ele diz. A determinada altura, o RF e o JB seguiram e eu fiz todo o resto de percurso com o PL. Com um ritmo que nos permitia pensar em chegar ao fim, seguimos comigo na sua frente tentado puxar um bocadinho ao mesmo tempo que pensava protegê-lo do vento, fazendo com que andasse na minha roda. Caiu a noite, acendemos as luzes e seguimos sempre, cumprindo o nosso objectivo de chegar ao posto de turismo de Sagres. Para o PL, a missão estava comprida e para mim, 50% estava feito. O ritmo mais comedido com que fiz o Tróia-Sagres, permitiu-me também gerir o esforço para o dia seguinte. Em Sagres, o JB já tinha chegado mas o RF não, pois tinha-se perdido e andado a inventar com o seu GPS. Diz o RF que acabou no LIDL de Vila do Bispo a comer chocolates e salames que nem um maluco, pois teve uma “quebra”. Cá para mim o desvio foi propositado… :-) O Vítor acabou por ser apanhado por mim e pelo PL em Vila do Bispo e seguimos juntos até Sagres. Estavam feitos 218km em 10h42m a andar e com uma média de 20,38 km/h.

Com a moral em alta, fomos para o nosso alojamento tomar um banho e sair para jantar. Fomos comer massa (claro!) ao restaurante Bossa Nova, aquele que na edição de 2004 serviu também a refeição no meu primeiro Tróia-Sagres, nesse ano comigo e o Artur Ribeiro a pedalar e o amigo PL ao volante do carro de apoio.

No domingo acordámos com chuva. Claro, uma travessia destas sem chuva, não é um Tróia-Sagres. Pequeno-almoço tomado na pastelaria em frente ao Posto de Turismo e pouco depois das 8:00 AM dávamos início ao nosso regresso. Boa disposição, moral alta, grupo equilibrado e muito bom andamento. No regresso participaram os amigos SD, RF, JB e TA. O Vítor optaria por apanhar um transporte para Lisboa. O Tiago no sábado foi com o JP que fez finalmente a sua estreia nestas andanças e foram com um outro grupo mas eles certamente descreveram a sua travessia.

Fazer Sagres-Tróia foi uma novidade pois as descidas convertem-se em subidas e as subidas em descidas e dei por mim muitas vezes a pensar… “olha, aqui também sobe.”. Eu não considero mais exigente o percurso ao contrário, até acho mais simples pois as dificuldades encontram-se maioritariamente no início (quando ainda se está “fresco”) sendo o resto do percurso mais rolante. E assim seguimos os 4 em comboio, sem vento, debaixo de chuva e com ritmos que a espaços chegavam a ultrapassar os 30km/h. Perto de Sines, numa paragem programada pensámos conseguir apanhar o Ferry das 17:50, contudo, um furo do TA na via rápida de Sines e posteriormente também um pequeno engano, fizeram-nos chegar ao barco com 4 minutos de atraso. O próximo barco era às 18:25. Entretanto aproveitámos as instalações sanitárias para trocarmos de roupa e secarmo-nos. Distribuímo-nos entre as casas de banho de homens, senhoras e deficientes, todas com secadores e mãos e ao fim de algum tempo conseguimos “rebentar” com o quadro eléctrico. Saímos de fininho e fomos para o barco.

Terminava assim o desafio deste grupo fantástico. No fim, todos estavam satisfeitos por esta exigente prova ter sido superada. Terminei com 419km, em 19:08m e uma média de 21:5 km/h.

Para o ano, acho que há mais! :-)

SD”



Relato do PL:

“Eu, de facto, comecei o dia a ver as coisas muito negras, mas em conjunto com o SD lá conseguimos reparar o furo a tempo do comboio. Já no comboio, quando me preparava para reparar a câmara, para servir de reserva, verifiquei que estava irrecuperável, de modo que inspeccionei os pneus para ver se tinham mais vidros (tinha mais um que não deve ter chegado ao interior), dei ar, mas não muito para não abrir o rasgão do pneu e “rezei” para que não tivesse mais nenhum furo.

Não ia muito descansado devido ao rasgão, que era uma zona sensível, e fui até Sagres a fugir das bermas sujas, para tentar evitar contactos com pedras e vidros, mas a coisa lá se fez.

Logo ao início verifiquei que não havia condições para bater tempos, de modo que tentei usufruir ao máximo da circulação em grupo para conseguir chegar ao final sem sofrer demais. Não há milagres e quando não nos preparamos, o corpo é que paga... Ainda para mais, este ano em autonomia levava uns quantos quilos a mais (além dos da barriga ;-) ), que bem se fizeram sentir tanto nas subidas como nas descidas ;-) . Infelizmente a diferença nas descidas não compensava a das subidas :-(

Destaco este ano o espírito Just4Fun que fez com que na maior parte do percurso fôssemos juntos, facilitando a deslocação (especialmente a minha) e agradeço ao SD que no breu da noite algarvia serviu de locomotiva privativa em partes complicadas e em especial na parte final do percurso. O JB esteve o dia todo com uma vontade enorme de ir na frente do pelotão a puxar e ficava triste quando tinham que ceder o lugar, de modo que a determinada altura foi melhor deixá-lo ir sem reclamar. Também nessa altura já não estava em condições de reclamar nada e se ele queria puxar, não era eu que o ia contrariar. Tenho consciência de lhes ter atrasado o ritmo, mas se calhar até lhes fiz um favor, dado que assim ficaram mais fresquinhos para o dia seguinte.

Ainda não consegui perceber como é que o RF se perdeu depois da Carrapateira, mas ele há-de explicar por certo. Agora o que eu vos digo é que comprovei que o Tofu e o Seitan são óptimos combustíveis para a pedalada.

Só foi pena este ano ter havido poucos participantes no Tróia-Sagres. Acho que foi mesmo o ano em que participou menos gente desde que eu lá vou.

Por sorte e coincidência, na mesma altura devia estar a decorrer uma etapa da Volta ao Alentejo, o que sempre ajudou a animar o percurso com as esqueléticas bicicletas de estrada e os pelotões numerosos a passarem quais comboios a velocidades que até fazem vento.

Está cumprido mais um ano e desta vez em autonomia, que é mais uma novidade para mim.

Depois do “Miraflores-Sagres”, faltava o “Miraflores-Sagres em autonomia e sem treino”, que agora cumpri.

Quero ver se no próximo ano treino mais, para sofrer menos, mas como isto tem vindo sempre a piorar, tenho as minhas dúvidas. Logo se verá...

PL”



Relato do JB:

“Lisboa-Setúbal (comboio)

Setúbal-Tróia (barco)

Tróia-Sagres (bicicleta)

Este fim-de-semana foi uma completa aventura. Adoro quando sou "picado" para este tipo de aventuras :-)

O dia de sábado começou bem cedo. Às 6.42, marquei presença na estação de Roma-Areeiro que fica a 2 passos de casa. Quando entro no comboio há um ciclista, de seu nome Vítor que mete conversa. Ele tinha sido "abandonado" pelos seus amigos e estava sozinho para fazer o percurso até Sagres. Entre dois dedos de conversa, aparece o RF e o seu amigo André e depois mais uma estação e aparecem o SD e o PL.

Chegámos a Tróia por volta das 8.30 e começámos logo a pedalar. Nos primeiros kms tentámos formar um pequeno pelotão e fomos rodando na frente. Como estava bem e sem querer, às vezes pedalava com um ritmo mais elevado até que a uma certa altura decidi arriscar e lá fui.... Fiz uma paragem na "taberna",em Saint Tropez (São Torpes) e fiquei à espera do resto da malta. RF, PL, e SD também pararam e depois lá fomos nós todos em grupo até à segunda paragem, desta vez na "taberna" da Fataca e aí aproveitei para beber uma rapidinha (uma mini). Ao fim de alguns minutos e depois do PL fazer a sua chamada da cabine telefónica lá seguimos em direcção a Sul.

Esta parte do percurso foi a mais complicada pois o vento estava contra, o que dificultou o nosso andamento. Aqui apareceu a subida de Odeceixe, mas onde tive maior dificuldade foi ali para os lados do Rogil, onde o vento se fez sentir com maior intensidade. Nessa altura ia eu e o RF, enquanto o PL e SD vinham mais atrás.

Nova paragem, desta vez nas bombas de Aljezur. Esperámos pelo resto do pessoal e entretanto aparece o nosso amigo mais recente, o Vítor. Passados alguns minutos seguimos todos para a última fase....Entre subidas, descidas e apesar de ter consciência que tinha de regressar de bicicleta no dia seguinte, lá segui ao meu ritmo. O PL, seguia a roda do SD, seu "guarda-costas" e não havia duvidas que o PL com o seu espírito de guerreiro ia chegar ao fim, o RF vinha na companhia do Vítor e assim sendo lá fui ao meu ritmo mas as costas já começavam a dar sinais de cansaço e queria terminar o mais depressa possível.

Os últimos 20 kms ainda aproveitei para dar ânimo a uma ciclista (Mónica) que já vinha em perda. Era a sua segunda travessia, a primeira tinha desistido em Aljezur...é fantástico ver as mulheres nestas travessias o que só prova que isto também é para elas :-) .

Cheguei a Sagres e lá cumpri a minha tradição. Fui à colectividade da vila, beber uma Super Bock.

Depois de dois dedos de conversa com a mulher do PL, que estava super informada sobre estas travessias, confirmou que nós éramos todos "malucos"...O PL pela falta de treinos e os outros por fazerem o regresso no dia a seguir. :-)

Entre abraços, chegadas e partidas lá fomos conhecer a simpática D. Lucinda e os seus 2 braços partidos.

Depois de um banho bem quente e graças ao SD, fomos jantar ao melhor restaurante italiano de Sagres. Ainda tivemos o prazer de encontrar o JP (sim ele esteve em Sagres!!!!) e o TA, o outro J4F "maluco" para o pelotão do dia seguinte.

Sagres-Tróia (bicicleta)

Tróia-Setúbal (barco)

Setúbal-Lisboa (comboio)

E o dia a pedalar começou por volta das 8. Fiquei logo preocupado, pois aquele tempo de chuva fez-me lembrar a minha 1ª travessia...

Na companhia do TA, RF e SD lá fomos percorrendo os kms debaixo de alguma chuva. Ao fim de 2 horas fizemos a 1 paragem em Aljezur para beber um café e comer qualquer coisa. A chuva continuava, as poças de água na estrada eram mais que muitas e os pés começavam a dar sinais de estarem a congelar.

Depois da subida de Aljezur, a chuva abrandou e parou o que ajudou a que os pés começassem a descongelar bem como as mãos. Por entre apitos de incentivo, boa disposição e um ritmo bastante elevado lá fizemos nova paragem na taberna de Fataca para comer umas sandes.

O tempo apesar de cinzento, lá se conseguiu aguentar até Saint Tropez (São Torpes), onde aproveitámos para tirar umas fotos e comer qualquer coisa. Faltavam aproximadamente 75 km para o final e lá fomos nós e eis que um furo nos fez parar novamente. Depois do TA trocar a câmara da sua fininha a chuva reaparece em força, talvez por isso nos tenhamos enganado no percurso e percorrido mais 5 km. Só parou de chover quando faltavam cerca de 30 km para o final o que ajudou bastante, pois já estava a ter as mãos dormentes, pois as minhas luvas não eram as adequadas para este tipo de clima.

Comprámos os bilhetes e fomos direitinhos às casas de banho para trocar de roupa e uma vez que havia secadores aproveitámos para secar a roupa. Ao final de alguns bons minutos conseguimos "rebentar" com o quadro eléctrico.

18:25 lá estava o ferry à nossa espera em direcção a Setúbal. O SD foi de carro com o TA e eu e o RF tivemos de fazer um sprint, pois só tínhamos meia dúzia de minutos até chegar à estação. O sprint valeu a pena e lá seguimos viagem para estação de partida.

Foi estranho fazer o percurso no sentido inverso. Adorei fazer as descidas da Carrapateira e de Odeceixe :-) :-).

Foi um fim-de-semana com muitas pedaladas com uma amizade e um espírito de grupo FANTÁSTICO.

JB”



Relato do RF:

“Depois destes relatos tão bem detalhados não há muito por adiantar do que tentar esclarecer onde mudei a rota. http://connect.garmin.com/player/59611456

Estive a ver melhor a minha rota e ao que parece o meu GPS deve ter alguma característica que detecta a falta de energia e redirecciona para o local de abastecimento mais próximo... LIDL :D

Segundo a rota do GPS, eu fiz a estrada correcta da Carrapateira até Sagres mas por algum motivo eu fui parar a uma zona residencial em Vila do Bispo onde encontrei um belíssimo "LIDER". Ainda me lembro do Pai Natal em chocolate que vi assim que entrei nessa bela unidade.

Neste local estive parado uns bons 25 min. a encher-me de guloseimas, frutas e petiscos, dei por mim sentado na porta do LIDL a beber um Red-Bull acompanhado duma boa fatia de salame-de-chocolate.

Depois disso segui a Sagres por um caminho género ciclovia sem iluminação que passava paralela a estrada principal. Onde encontrei o resto do pessoal com um grande sorriso na cara.

Ainda encontramos o JP todo sorridente, que estava já a preparar para abalar para casa.

Não foi um percurso fácil, nem estava assim tão treinado para tal aventura e por momentos ainda pensei em desistir da volta de regresso... Mas a companhia, o reumon gel do TA, as sandes de Halibut e os 3 jarros de Sangria fizeram-me ganhar forças para o dia seguinte.

Felizmente correu tudo bem, Sem acidentes ou grandes incidentes (apenas houve uma pequena queda ao sair do Ferry já no regresso a casa, que originou um momento de risada comigo e o JB).

Espero que para o ano haja mais e com mais participantes.

Quem não fizer o regresso tem de fazer o transporte da Santinha até Sagres. (esta é só para quem foi este ano) :P

RF”



Relato do JP:

“Triiiiiimmmm.... 04h20m da matina, ele fora da cama que havia uma etapa longa pela frente! O objectivo era apanhar o barco das 06h45m em Setúbal e isso implicou apenas escassas 4 horas de sono...
(As coisas tiveram de ser assim, pois a minha tardia decisão em ir, apenas no dia 8 e a escassos 3 dias do evento, fez com que tivesse de andar à procura de boleia de regresso a Lisboa.

Como tal, depois de conversar ao telefone com o PL e o SD, inteirando-me de como seriam os respectivos regressos, recorri ao nosso amigo Pedro Cravo, que alguns conhecerão, que me assegurou apenas na 5ª feira que poderia regressar com eles. Ele sairia de casa, juntamente com o nosso também conhecido David Portelada (o homem das filmagens). A única questão que me saía um pouco fora do imaginado seriam os horários previstos pelo grupo que acabei por integrar. Assim, apanhou-se o barco em Setúbal 1h e 10m antes dos restantes just4fun. Dado que a minha mochila e os meus mantimentos seguiam a bordo do carro de apoio que nos ia acompanhar, não poderia esperar.

Para além disso, também haveria ainda a questão da eventual chegada a Sagres um pouco antes do nosso grupo e obrigá-los a ficarem ali à minha espera. Agora sei que não haveria problema, pois o grupo que integrei acabou por ainda jantar em Sagres.

Findo o jantar ainda tive a oportunidade de ir cumprimentar os nossos heróis que já de barriguinha cheia se mentalizavam para o regresso no dia seguinte! Desde já os meus parabéns aos BRAVOS DO PELOTÃO! :)
Recomeçando o relato, assim que o barco parou em Tróia, seriam cerca das 7 e picos... fomos ter a casa de um outro elemento do grupo, onde tinham pernoitado mais uns quantos elementos. Ou seja, à partida éramos 11 e começámos a pedalar precisamente às 07h45m rumo a Sagres.

O ritmo não foi de todo elevado, à excepção da passagem de um grupo grande de ciclistas de estrada que alguns de nós decidiram aproveitar a boleia. Felizmente não foram muito os kms, talvez uns 10/15 kms. O discernimento fez com que se abortasse a ideia rapidamente e retomássemos o andamento variado do grupo.

As nossas paragens foram de 50 em 50 kms, sensivelmente, acrescidas de mais uma ou outra para café. Houve ainda um furo do nosso amigo TA já após a passagem por Aljezur. Todas estas paragens acabaram por retirar um pouco o ritmo e custar-me um pouco mais de cada vez que precisava de recomeçar.

Com o passar dos kms houve ainda umas 3 desistências e tiveram de passar ao veículo de apoio. Ainda assim, os restantes mantiveram-se unidos até São Teotónio. Aí houve separação de alguns elementos e seguimos apenas 6 juntos até à Carrapateira onde a famosa subida fez das suas!... Começando por mim, que nos primeiros 200 metros comecei a sentir uma dor no gémeo esquerdo que ameaçava prender com uma cãibra. Tive de diminuir um pouco o ritmo até cerca de metade da subida, onde a partir daí comecei novamente a sentir-me bem e voltei ao andamento anterior. Como consequência disso, tive de prosseguir sozinho durante os últimos 25 kms que me levaram até ao centro de Sagres.

Assim, chegado a Sagres um pouquinho antes das 18h, tinha qualquer coisa como 200,11 kms. Com um total de 8h 22m 15s a andar a uma média de cerca de 24 kms/h, mas para um total de 10h e 10m depois da saída de Tróia. Ora, é por isso que acho que mais de 1h 45m no total de paragens é demasiado tempo perdido, com as consequentes dificuldades em retomar ritmo.

E pronto, desculpem lá mais uma vez estes meus longos relatos, mas já sabem que não consigo abreviar muito a coisa! rsrsrs

JP"