
A missão foi cumprida na generalidade, mas alguns fortes tiveram uma abordagem ligeira, marginal, ou longínqua, por diversos motivos com que nos fomos deparando.
Mas comecemos pelo princípio, que é sempre um bom local para começar.
No princípio era a subida... e que subida...
Logo para começar enfrentámos com sucesso a ascensão ao vértice geodésico de Montachique (409m), onde se situava um dos postos de sinais das Linhas.
O mais difícil estava feito e aproveitou-se para estender as vistas no horizonte, pois a atmosfera estava propícia.
Seguiu-se uma descida de calibre semelhante ao da subida e a aproximação ao Forte de Montachique (Obra Militar nº 57) que foi um dos mais significativos desta jornada.


Seguimos para o Forte das Ribas (51) pela Estrada do Forte, construída há 200 anos para serventia das Linhas e na qual ainda se conseguem vislumbrar em alguns troços os restos da calçada original. Este é um dos Fortes deste passeio onde é possível apreciar melhor a importância estratégica das fortificações, tendo em conta a sua construção sobre a escarpa e o estado de preservação, onde ainda restam alguns metros de muros de pedra.

A descida para a estrada que nos conduziria a Vale S. Gião foi feita por um single muito técnico, com muita pedra, mas muito engraçado. Após esta localidade aproximámo-nos dos Fortes da Azinheira (53) e do Capitão (52) que se situam no topo de uma urbanização muito interessante e de localização algo inesperada. Destes dois fortes apenas nos foi possível (mais uma vez) identificar pequenos troços dos fossos, dado que se encontram completamente tomados pela vegetação. Neste último, a rede à volta de uma antena de comunicações celulares dificulta ainda mais a aproximação, mas com algum esforço e contorcionismo lá estivemos à beirinha do forte.
Seguia-se o Forte dos Outeirinhos (58), mas depois de três tentativas frustradas de aproximação (dois acessos a propriedades privadas e um trilho sem saída) desistimos e seguimos para o Forte do Outeiro do Além (ou do Lobo), obra nº 59, mas o acesso a pedalar foi-nos mais uma vez impossível, pelo que contornámos a pequena elevação onde se situa o reduto e seguimos para os Fortes da Achada (60 e 61).

A caminho do final voltámos a descartar um forte (o do Moinho, obra 54) que se situa em propriedade privada e atingimos as viaturas com 25 km, 800 m de acumulado de subidas, 7 fortes visitados (ainda que alguns só muito ao leve), 2 localizados à distância e 3 completamente descartados, além obviamente da ascensão ao posto de sinais de Montachique. Num passeio que prometia muitos fortes acabou por saber a pouco, pois só nos dois primeiros se conseguiu sentir o espírito da Linhas, mas já nos vamos habituando a que nem tudo o que está identificado nas cartas pode ser visitado (ou mesmo encontrado no terreno).
Marcados a preto os fortes conquistados neste raide.

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