Quatro Fortes dos arredores da Arruda, consquistados por quatro Fortes (EN, DN, AAF e PL).Foram visitados o Forte do Cego (Obra Militar nº9)
e o da Carvalha (Obra Militar nº 10),
que ainda estão em relativo bom estado de conservação, podendo ver-se claramente os fossos e o que resta de algumas construções do interior. Em ambos foi possível verificar o resultado de algumas escavações arqueológicas que ajudam a dar uma ideia das edificações originais.
Têm inclusivamente placas com informação histórica, o que se aplaude.Além destes, estivemos no cabeço do Chão da Vinha (cerca de 4km a Sul da Arruda) onde, segundo a carta de 1811, se situaria um reduto, mas não conseguimos confirmar se uma amostra de fosso e uns restos de construção seriam a prova da existência do forte naquele local.
Estrategicamente é lógico que fosse ali, pois estava a meio caminho em linha recta entre os fortes do Calhandriz (que visitámos noutro passeio) e o Forte do Cego (que foi o primeiro de hoje), dominando o vale do Rio da Silveira que passa junto ao Calhandriz.Conquistámos também o Moínho do Céu, no cabeço junto ao Pé do Monte, onde está referenciado um forte (Obra Militar nº 11) que teria capacidade para 300 militares e 4 peças de artilharia, mas na verdade não nos foi possível ver nada que se assemelhasse a um Forte. Com boa vontade podia imaginar-se que um fosso que rodeia o cabeço onde está o moínho faria parte da construção militar. A posição, no entanto, é mais uma vez estrategicamente perfeita para se instalar um reduto de defesa de uma invasão vinda de Norte.
Estava ainda prevista a possibilidade de irmos ao forte do Passo (ou do Paço) e eventualmente procurar vestígios de uma outra fortificação que se situaria a Oeste dele (pelo menos de acordo com a carta de 1811), mas o adiantado da hora aconselhou que nos dirigíssemos para o final encurtando um pouco o percurso planeado, que ainda assim registou 750 metros de subidas em apenas 28 km de extensão.A descida do Moínho do Céu foi feita por um trilho recentemente aberto por pessoal da zona para a passagem de uma prova de BTT, que nos foi referenciado pelo pessoal que meteu mãos à obra e que (por acaso) estava junto ao moínho. Fez as delícias de alguns de nós que gostam de descidas mais radicais, mas foi feito com muita cautela e com algum receio por outros, que não gostam de arriscar muito. É que em algumas zonas assemelhava-se muito a uma pista de Downhill, com o inconveniente do piso ainda não estar muito consolidado e ter muitas pedras ameaçadoras.
Segue a bom ritmo o reconhecimento das Linhas, sendo que a primeira é a que já tem maior estensão percorrida (cerca de um terço). A próxima exploração será provavelmente na zona de Montachique (zona central da 2ª linha), onde há muitos redutos referenciados, além de ser o local onde estava localizado um dos postos de sinais, precisamente no Cabeço de Montachique.
Da primeira Linha, do lado do Tejo, fica a faltar apenas a exploração do maciço de Subserra, onde se situavam diversas fortificações, algumas eventualmente já transformadas em cimento pela Cimpor, e no sopé do qual se situa o Monumento às Linhas de Torres. É provável que esta zona fique mais para o final, prosseguindo agora a exploração das duas linhas em direcção ao Atlântico.
Em baixo o mapa com os fortes já visitados (a verde os de hoje).
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