Setembro é mês de Penedo Gordo. Desde a segunda maratona, nunca os Just4Fun faltaram a este evento e o vírus parece estar a espalhar-se pois nesta edição houve cinco estreantes nos 50 km e dois nos 100 km, que se juntaram aos seis repetentes (cinco nos 100 e um nos 50).
Temos pedalado em muitos eventos, mas há alguns que têm algo de especial que nos faz voltar todos os anos: 24H, Passeio de S. Martinho em Cuba e Maratona do Penedo Gordo. Cada um por suas razões, mas reservamos sempre no calendário estas datas.
No caso do Penedo Gordo talvez seja a mistura entre um percurso de cem km mais acessível que a maioria das maratonas, a qualidade da organização e a simpatia das gentes.
Quanto ao percurso, numa altura em que parece haver uma competição entre os organizadores para ver quem tem o percurso mais difícil, em Penedo Gordo optaram por um mais acessível que o do ano passado. Os 100 km eram mesmo perto de 100 km e não tiveram IVA, como por vezes acontece, e os cerca de 1000 m de acumulado de subidas permitem que sejam concluídos mesmo por quem não siga um plano de treinos a sério (ainda que com algum sofrimento em alguns casos). As paisagens são tipicamente alentejanas e se em alguns casos deslumbram, noutros casos cansam só de olhar e perceber quão longe de tudo nós estamos.
A qualidade da organização já dificilmente nos surpreenderia, mas ainda assim conseguiram. Foi uma pena perder-se o início e final em Penedo Gordo, mas compreende-se a opção e aplaude-se a coragem de transferir o centro do evento para Beja. Podemos imaginar que isso terá custado muito à organização, mas a opção, como seria de prever, revelou-se acertada. Muito espaço para estacionar, para almoçar, para estar e muitas opções de banhos.
Apesar de tudo parece que houve coisas que fugiram ao controlo. Havia muitos locais para banhos (uns próximos e outros mais longe), mas só um para os banhos femininos e que tinha água fria. Segundo nos pareceu haveria outros (com água quente), mas que foram ocupados pelos participantes de sexo masculino. Isso não se faz às corajosas que teimam (e muito bem) em marcar presença nos eventos de BTT.
Já agora, uma imagem de marca deste evento era o pequeno-almoço que era servido aos participantes. Sentimos muito a sua falta. Julgamos que a organização deveria reconsiderar e voltar a ter a Zona de Abastecimento Zero.
A simpatia das gentes já não nos surpreende e foi agradável atravessar Penedo Gordo e ver que as pessoas não arredaram pé até ao final, sempre com palavras bem dispostas e de incentivo (e nós sabemos porque alguns de nós eram mesmo os últimos). Nos abastecimentos também sentimos a já habitual simpatia, que tão bem faz a quem chega estafado e sedento. Nota positiva para a distribuição de água em garrafas de 1,5 l. Evitou-se assim o triste espectáculo de ver as garrafas vazias no trilho nas zonas depois dos abastecimentos.
O almoço não se destacou, mas também não comprometeu, e ao que parece a quantidade foi mais do que suficiente. A destacar pela positiva os vários balcões de imperial e pela negativa a avaria da máquina dos cafés, que parece que estava subdimensionada para as necessidades. Também o pessoal que levantava as mesas deve ser reforçado, porque não é muito agradável ter que andar a levantar os tabuleiros dos outros e comer numa toalha já suja.
No final, mais à vontade ou com mais sacrifício, todos cumpriram (ou superaram) os seus objectivos e na hora das despedida havia uma frase repetida até à exaustão:
“- Para o ano estamos cá outra vez.”
As classificações (sim porque toda a gente gosta de ver o resultado do seu esforço) ainda foram expostas no local a meio da tarde, mas dois dias depois ainda não estavam disponíveis na página da prova, o que também pode ser melhorado.
Apesar destes pequenos reparos, semáforo verde para a organização.
2007-09-18
2007-09-10
No Sábado fomos à Ota
Estava previsto há uns meses um passeio no local onde pode vir a ser construído o novo aeroporto, para fazer o Estudo de Impacto Betetal, algo que nunca é feito, nestas grandes obras.
Neste Sábado conjugaram-se vários factores que nos levaram a fazer este passeio de que se destacam:
houve possibilidade de fazer o reconhecimento durante as férias;
o terreno é óptimo para treinar para a Maratona de Penedo Gordo (especialmente para os 50 km);
temos caras novas no Penedo Gordo que precisavam de um teste para ganhar confiança.
O passeio de cerca de 40 km correu em ritmo moderado, que mesmo assim não evitou duas quedas, embora sem gravidade de maior. Para os que queriam fazer mais uns km, o encontro era no Campera. Para os mais receosos, a pedalada só começava em Vila Nova da Rainha. Estava prevista uma paragem sensivelmente a meio (Camarnal) para abastecimento e recuperação.
Rio da Ota
Quanto ao Estudo, será uma pena para o BTT que a maior parte daqueles trilhos seja eliminada, especialmente os que ficam na metade Leste e na zona Norte, onde a envolvente é muito agradável. Os restantes, embora bons para a prática da modalidade, têm uma envolvente entre o lunar e o pós-bombardeamento, devida a inúmeras pedreiras e areeiros que não param de esventrar o solo, a que se juntam os inevitáveis despejos de entulho. Houve assim um misto de “construam o aeroporto noutro lado” e “construam aqui por favor, vai ficar melhor que estes buracos enormes”.
Neste Sábado conjugaram-se vários factores que nos levaram a fazer este passeio de que se destacam:
houve possibilidade de fazer o reconhecimento durante as férias;
o terreno é óptimo para treinar para a Maratona de Penedo Gordo (especialmente para os 50 km);
temos caras novas no Penedo Gordo que precisavam de um teste para ganhar confiança.
O passeio de cerca de 40 km correu em ritmo moderado, que mesmo assim não evitou duas quedas, embora sem gravidade de maior. Para os que queriam fazer mais uns km, o encontro era no Campera. Para os mais receosos, a pedalada só começava em Vila Nova da Rainha. Estava prevista uma paragem sensivelmente a meio (Camarnal) para abastecimento e recuperação.
Rio da Ota
Quanto ao Estudo, será uma pena para o BTT que a maior parte daqueles trilhos seja eliminada, especialmente os que ficam na metade Leste e na zona Norte, onde a envolvente é muito agradável. Os restantes, embora bons para a prática da modalidade, têm uma envolvente entre o lunar e o pós-bombardeamento, devida a inúmeras pedreiras e areeiros que não param de esventrar o solo, a que se juntam os inevitáveis despejos de entulho. Houve assim um misto de “construam o aeroporto noutro lado” e “construam aqui por favor, vai ficar melhor que estes buracos enormes”.