Duas dezenas de Just4Funners e acompanhantes compareceream na Tapada Nacional de Mafra para um programa que teve BTT, passeio pedestre e de comboio, seguido de almoço convívio.
Muito bem organizado e com um almoço acima da média, teve até banhos quentes mesmo para os últimos (nos quais se incluíam alguns de nós).
Percurso BTT short com 16 km e e long com 42. Tudo feito nas calmas para aproveitar bem o que a Tapada tem para oferecer. O longo fui puxadote, mas valeu todo o esforço necessário para subir os 1200 m de pendente que teve de se enfrentar.
A bicharada é que andou muito arredia e se não fossem os javalis "contratados" para abrilhantar a partida e o almoço não se tinha visto grande coisa.
No início deste post e em baixo estão as fotos destes "artistas" ;-) .
Não era objectivo do passeio, mas passámos junto aos fortes do Sonível e da Milhariça. Apesar de não os termos visitado, o tema foi assunto de conversa e como será quase impossível lá voltar de propósito, vamos considerá-los já na nossa contagem, chegando assim quase à meia centena.
Marcados a rosa os fortes referidos.
Está aberto o tópico, pelo que os ecos de quem lá esteve podem ser feitos nos "Comentários".
2010-05-31
2010-05-24
"Não se ganha fama em cama de penas" (Dante)
Talvez não... mas todos têm direito a quinze minutos de fama e os (quatro ou cinco) minutos dos Just4Fun são já no próximo dia 5 de Junho no programa Desporto 2, da RTP (2, obviamente). As filmagens decorreram no passado sábado em Sintra, com uma presença massiva de Just4Funners, que fizeram questão de dizer presente.
Aproveitámos e tirámos uma espécie de fotografia de grupo. É uma espécie e não um foto "oficial", porque apesar de estarmos muitos ainda faltaram uns quantos, mas como até estava tudo equipado a rigor, o boneco final será o mais parecido que teremos com uma "foto de grupo". Mais complicado que tirar a foto vai ser "tirá-la" da máquina do fotógrafo. Vamos ver se não demora muito.
Já agora... aquela alusão à cama de penas é para homenagear o HS que teve um azar desgraçado, porque em vez de uma cama de penas teve uma cama de terra, para onde mergulhou em grande estilo, mas com o infeliz desfecho de um pulso partido. Quase se poderia dizer: "Ossos do ofício" (caso este fosse o nosso ofício...).
Votos de rápidas melhoras e não se escapa de se tornar o Just4Funner mais famoso, porque o acidente foi todo filmado e já se sabe que os espectadores gostam é de ver trambolhões.
Aproveitámos e tirámos uma espécie de fotografia de grupo. É uma espécie e não um foto "oficial", porque apesar de estarmos muitos ainda faltaram uns quantos, mas como até estava tudo equipado a rigor, o boneco final será o mais parecido que teremos com uma "foto de grupo". Mais complicado que tirar a foto vai ser "tirá-la" da máquina do fotógrafo. Vamos ver se não demora muito.
Já agora... aquela alusão à cama de penas é para homenagear o HS que teve um azar desgraçado, porque em vez de uma cama de penas teve uma cama de terra, para onde mergulhou em grande estilo, mas com o infeliz desfecho de um pulso partido. Quase se poderia dizer: "Ossos do ofício" (caso este fosse o nosso ofício...).
Votos de rápidas melhoras e não se escapa de se tornar o Just4Funner mais famoso, porque o acidente foi todo filmado e já se sabe que os espectadores gostam é de ver trambolhões.
Alvalade-Porto Covo-Alvalade - 16 de Maio de 2010
Relato do TA:
"Finalmente uma noite razoavelmente bem dormida antes de me fazer à estrada (ou à terra neste caso). Desta vez pernoitei na casa de família do Rui Pinto, a minha única companhia neste evento, e que já tinha servido de Quartel-general na edição (falhada no meu caso) do ano anterior. Não fosse ter acordado umas poucas vezes pela mão (literalmente falando) da minha pequenota e tinha sido uma noite santa…
Alvorada às 6:40h e já com pequeno-almoço tomado, seguimos para Alvalade para levantar os dorsais, juntamente com as lembranças: 2kg de arroz (já tradição), uma t-shirt e uma pala para o carro alusiva ao evento.
Às 9 horas o numeroso pelotão arrancou debaixo de um céu azul. Finalmente o S. Pedro fez as pazes com os BTTistas e ofereceu-lhes um dia solarengo. O grupo arrancou bastante rápido e pouco depois rolava-se numa enorme nuvem de pó. Sentia-me bem e pouco depois perdi o contacto com o Rui. Entre estradões de terra e pedra solta, bancos de areia e um ou outro pedaço de alcatrão rapidamente cheguei ao primeiro abastecimento. A oferta não era muita e a paragem serviu apenas para comer meia laranja e reabastecer de água. Seguiu-se em direcção a Vale de Água, o 2º abastecimento que distava apenas 6km de distância pelo que nem sequer parei. O abastecimento seguinte era a Barragem de Campilhas à qual se acede por um single-track fácil mas bastante cerrado e com algumas travessias de água. Os metros que antecediam a chegada à Barragem, local bastante bonito e que costuma concentrar bastante público, transformavam um caminho largo e rolante num single-track com acesso através de duas curvas a 90º que, juntamente com a grande concentração de atletas parados mesmo à chegada da zona de abastecimento, obrigavam todos a seguir a passo. Achei que seria preferível e até mais espectacular se permitissem o acesso à ZA pela continuação do tal caminho largo, mesmo com uma poça de água com uns 20 metros de comprimento. Mais uma vez não parei.
O percurso iria agora fazer a primeira passagem pelo Cercal (4ª zona de abastecimento ao km 44) e era mais uma vez composto por estradões de terra e pedra e a média de velocidade mantinha-se alta. Só a partir daqui é que o caminho começava realmente a empinar um pouco e isso notou-se na quantidade de atletas a pé que era necessário serpentear para continuar a escalar a serra. Lá em cima, junto de uma vista fantástica que chega até ao mar, havia um pequeno apoio mecânico onde quase abalroei dois ciclistas que decidiram atravessar as suas bicicletas no preciso momento em que passava. Com um grito tudo se resolveu. Daqui a Porto Covo era (quase) sempre a descer por percursos largos, com a areia a surgir nas zonas de pinhal e que obrigavam a uma atenção redobrada. A chegada à meta da meia maratona era feita pelo lado contrário ao que foi usado no ano passado, bem juntinho às praias e ao mar que apresentava um azul bem apetecível.
Ao fim de 3h30m estava em Porto Covo, após 65km, no meio de uma enorme festa, com a praça cheia de gente, barraquinhas para abastecimento dos atletas. A minha chegada foi no mínimo bizarra: estava a preparar-me para desencaixar os pés quando o sapato rodou e… não se soltou! Não sei como, a bicicleta deu quase uma cambalhota e eu… não caí! O pé desprendeu-se mesmo a tempo para eu não passar (maiores) vergonhas… Valeu pela cara do idoso que assistiu ao espectáculo ‘na primeira fila’!
Depois de hidratado e de hidratar a corrente, iniciei o percurso de retorno que apresentava enormes montes de areia, alguns deles a obrigarem a desmontar e seguir a pé. O percurso iria subir, primeiro suavemente até ao abastecimento seguinte onde apareceu finalmente a famosa sandes de carne assada, e depois com 4km de serra que me levaram até à relação mais pequena. Nessa subida não evitei uma queda quando, na passagem de mudanças a corrente prendeu e os pés mantiveram-se agarrados aos pedais. Levanta-te e anda (neste caso pedala) e assim fui de novo até Cercal onde havia mais um abastecimento. Só aqui é que percebi o problema que estava a ter a sair da bicicleta: os cleats estavam algo soltos e rodavam no sapato em vez de o fazerem nos pedais. Isso obrigava-me a rodar ainda mais os pés para poder desmontar. Até ao km 90 o percurso voltou a apresentar bastante areia e lá surgiu mais uma queda. O cansaço acumulava-se e a areia simplesmente não ajudava.
Após o abastecimento em Bicos (km 102) onde havia tintol para os estômagos mais fortes, percorreram-se vários kms ao lado dos canais de irrigação, por um single-track seguido de algum alcatrão. O corpo já estava há algum tempo a pedalar com o gémeo direito a adivinhar uma cãibra por isso tinha de controlar o esforço. Ainda tive um empurrãozinho que deu algum alento no estradão que se seguiu e foi com algum alívio que cheguei ao abastecimento de Monte de Alhos. Depois de comer 2 donuts e de beber um bom trago de água arranquei com todas as forças. Faltavam apenas 6km e agora era só alcatrão. Após 121km feitos em 7h19m cheguei a Alvalade onde me esperavam a Susana, a Inês e o Rui que entretanto tinha ficado por Porto Covo. Para o ano há mais e espero que com mais companhia. Talvez para a próxima façam o percurso ao contrário para poder terminar com um mergulho no mar. A refeição não sei se estava boa pois não sabia das senhas de almoço e por isso fomos afinfar duas bifanas e uma imperial à Mimosa.
Pontos positivos: O percurso acessível e bem demarcado; a quantidade de Zonas de Abastecimento; o pequeno-almoço fornecido pelo Supersol
Pontos negativos: de novo o banho frio; a areia mas acho que essa é da zona e só tenho é de aprender a passá-la ou a contorná-la.
Dados da prova:
Distância: 121km
Acumulado: 1400m
Tempo: 7h:19m26s (6h42m39s a pedalar)
Velocidade média: 16,52km/h (18,03km/h a pedalar)
Velocidade máxima: 48,68km/h
Calorias: 4311 Kcal"
"Finalmente uma noite razoavelmente bem dormida antes de me fazer à estrada (ou à terra neste caso). Desta vez pernoitei na casa de família do Rui Pinto, a minha única companhia neste evento, e que já tinha servido de Quartel-general na edição (falhada no meu caso) do ano anterior. Não fosse ter acordado umas poucas vezes pela mão (literalmente falando) da minha pequenota e tinha sido uma noite santa…
Alvorada às 6:40h e já com pequeno-almoço tomado, seguimos para Alvalade para levantar os dorsais, juntamente com as lembranças: 2kg de arroz (já tradição), uma t-shirt e uma pala para o carro alusiva ao evento.
Às 9 horas o numeroso pelotão arrancou debaixo de um céu azul. Finalmente o S. Pedro fez as pazes com os BTTistas e ofereceu-lhes um dia solarengo. O grupo arrancou bastante rápido e pouco depois rolava-se numa enorme nuvem de pó. Sentia-me bem e pouco depois perdi o contacto com o Rui. Entre estradões de terra e pedra solta, bancos de areia e um ou outro pedaço de alcatrão rapidamente cheguei ao primeiro abastecimento. A oferta não era muita e a paragem serviu apenas para comer meia laranja e reabastecer de água. Seguiu-se em direcção a Vale de Água, o 2º abastecimento que distava apenas 6km de distância pelo que nem sequer parei. O abastecimento seguinte era a Barragem de Campilhas à qual se acede por um single-track fácil mas bastante cerrado e com algumas travessias de água. Os metros que antecediam a chegada à Barragem, local bastante bonito e que costuma concentrar bastante público, transformavam um caminho largo e rolante num single-track com acesso através de duas curvas a 90º que, juntamente com a grande concentração de atletas parados mesmo à chegada da zona de abastecimento, obrigavam todos a seguir a passo. Achei que seria preferível e até mais espectacular se permitissem o acesso à ZA pela continuação do tal caminho largo, mesmo com uma poça de água com uns 20 metros de comprimento. Mais uma vez não parei.
O percurso iria agora fazer a primeira passagem pelo Cercal (4ª zona de abastecimento ao km 44) e era mais uma vez composto por estradões de terra e pedra e a média de velocidade mantinha-se alta. Só a partir daqui é que o caminho começava realmente a empinar um pouco e isso notou-se na quantidade de atletas a pé que era necessário serpentear para continuar a escalar a serra. Lá em cima, junto de uma vista fantástica que chega até ao mar, havia um pequeno apoio mecânico onde quase abalroei dois ciclistas que decidiram atravessar as suas bicicletas no preciso momento em que passava. Com um grito tudo se resolveu. Daqui a Porto Covo era (quase) sempre a descer por percursos largos, com a areia a surgir nas zonas de pinhal e que obrigavam a uma atenção redobrada. A chegada à meta da meia maratona era feita pelo lado contrário ao que foi usado no ano passado, bem juntinho às praias e ao mar que apresentava um azul bem apetecível.
Ao fim de 3h30m estava em Porto Covo, após 65km, no meio de uma enorme festa, com a praça cheia de gente, barraquinhas para abastecimento dos atletas. A minha chegada foi no mínimo bizarra: estava a preparar-me para desencaixar os pés quando o sapato rodou e… não se soltou! Não sei como, a bicicleta deu quase uma cambalhota e eu… não caí! O pé desprendeu-se mesmo a tempo para eu não passar (maiores) vergonhas… Valeu pela cara do idoso que assistiu ao espectáculo ‘na primeira fila’!
Depois de hidratado e de hidratar a corrente, iniciei o percurso de retorno que apresentava enormes montes de areia, alguns deles a obrigarem a desmontar e seguir a pé. O percurso iria subir, primeiro suavemente até ao abastecimento seguinte onde apareceu finalmente a famosa sandes de carne assada, e depois com 4km de serra que me levaram até à relação mais pequena. Nessa subida não evitei uma queda quando, na passagem de mudanças a corrente prendeu e os pés mantiveram-se agarrados aos pedais. Levanta-te e anda (neste caso pedala) e assim fui de novo até Cercal onde havia mais um abastecimento. Só aqui é que percebi o problema que estava a ter a sair da bicicleta: os cleats estavam algo soltos e rodavam no sapato em vez de o fazerem nos pedais. Isso obrigava-me a rodar ainda mais os pés para poder desmontar. Até ao km 90 o percurso voltou a apresentar bastante areia e lá surgiu mais uma queda. O cansaço acumulava-se e a areia simplesmente não ajudava.
Após o abastecimento em Bicos (km 102) onde havia tintol para os estômagos mais fortes, percorreram-se vários kms ao lado dos canais de irrigação, por um single-track seguido de algum alcatrão. O corpo já estava há algum tempo a pedalar com o gémeo direito a adivinhar uma cãibra por isso tinha de controlar o esforço. Ainda tive um empurrãozinho que deu algum alento no estradão que se seguiu e foi com algum alívio que cheguei ao abastecimento de Monte de Alhos. Depois de comer 2 donuts e de beber um bom trago de água arranquei com todas as forças. Faltavam apenas 6km e agora era só alcatrão. Após 121km feitos em 7h19m cheguei a Alvalade onde me esperavam a Susana, a Inês e o Rui que entretanto tinha ficado por Porto Covo. Para o ano há mais e espero que com mais companhia. Talvez para a próxima façam o percurso ao contrário para poder terminar com um mergulho no mar. A refeição não sei se estava boa pois não sabia das senhas de almoço e por isso fomos afinfar duas bifanas e uma imperial à Mimosa.
Pontos positivos: O percurso acessível e bem demarcado; a quantidade de Zonas de Abastecimento; o pequeno-almoço fornecido pelo Supersol
Pontos negativos: de novo o banho frio; a areia mas acho que essa é da zona e só tenho é de aprender a passá-la ou a contorná-la.
Dados da prova:
Distância: 121km
Acumulado: 1400m
Tempo: 7h:19m26s (6h42m39s a pedalar)
Velocidade média: 16,52km/h (18,03km/h a pedalar)
Velocidade máxima: 48,68km/h
Calorias: 4311 Kcal"
2010-05-18
24H de Castelo Branco - 15 e 16 de MAio de 2010
Duas camisolas sorridentes participaram nestas 24H, incluídas no Campeonato PTOpenXCR. O JP participou nas 12H (prova extra campeonato) e o PL teve a sua segunda participação (depois de ter estado no Zmar de Lama). Aqui ficam os primeiros ecos dos participantes.
Relato do JP:
“Esta foi de facto uma sensação mista de emoções!
Feliz por tudo ter corrido bem a representação Just4Fun que se deslocou a Castelo Branco, tal como com os resultados obtidos.
A outra parte da emoção, foi de alguma tristeza pelo facto de logo cedo, mal levantámos os dorsais, ter tido a informação que seria o único a competir para a classificação das 12H. Todas as outras inscrições tinham sido canalizadas ou para as 6H ou para as 24H. Estas últimas, pontuavam para a classificação final do PT Open XCR composto por 4 provas.
Mal foi dado o sinal de partida, ficou como que uma sensação de: " O-que-é-que-eu-ando-aqui-a-fazer???"
Das duas, uma: ou dava meia dúzia de voltas e optava por me retirar, ou estabelecia um objectivo final e empenhava-me para o atingir! Aqui, e para quem me conhece como um ser persistente e teimoso mesmo, sabe bem qual seria a minha opção. A segunda, claro!
Assim, e para merecer o troféu que me estava destinado à partida, empenhei-me de modo a completar 30 voltas ao circuito, totalizando um total de 160 km e com um acumulado a rondar os 1900 m. Objectivo cumprido às 00 horas e 1 minuto, com um total de 11 horas a andar e "apenas" 1 hora de paragens para alimentação, para tentar resolver um problema técnico, embora simples e que acabei por não resolver, e também para a montagem das luzes, o que só aconteceu às 20h por indicação da organização.
Fica apenas a informação adicional, que à meia-noite quando concluí a minha participação, estaria num "eventual" 10º lugar nos concorrentes a solo. Sabendo nós como é óbvio, que a gestão que fiz para 12 horas foi significativamente diferente para quem teve de fazer essa mesma gestão para as 24 horas.
Pegando na questão da organização, esta esteve excelente! Foi, sem dúvida, umas das razões senão a mais forte, para me fazer continuar às voltas tentando vencer a barreira psicológica de não ter objectivo, à excepção do número mínimo de voltas.
Dizia eu, esta organização merecia e mereceu, que o meu esforço pudesse de alguma forma compensar todo o empenho que tiveram em levar por diante este evento, com "apenas" 80 inscritos, englobando solos e equipas, e que à partida já saberiam que não iam ter um retorno monetário que cobrisse toda a logística necessária a um evento deste género!
Mais ou menos o mesmo que eu pensei e decidi fazer, deve de ter pensado a única concorrente feminina a solo - Espanhola de Nacionalidade - e que mesmo não tendo concorrência nas 24H, completou qualquer coisa como 40 voltas ao circuito, tendo apenas às 07h15m da manhã de Domingo, dado por concluída a sua participação. Parabéns também para ela. Quer pela capacidade, quer pelo desportivismo demonstrado!
Continuando um pouco e pegando no que já foi comentado entre nós, foi sem dúvida uma excelente oportunidade que perdemos todos para termos feito deste evento, o nosso "encontro anual" como alguém lhe chamou. As condições eram óptimas. O percurso era muito giro, para todos os gostos, e sem dificuldades daquelas de nos tirar a respiração... O tempo esteve muito bom. Os valores das inscrições 5 estrelas e meia e até contemplavam a opção de nos podermos inscrever sem opção de alimentação, o que para nós, dada a nossa logística, é o ideal e por fim, a organização foi 6 estrelas.
Poderíamos ter levado solos, equipas de 2, equipas de 4 e até de 6 elementos. Masculinas, femininas ou mistas. E seria quase garantido, que haveria muito mais gente a subir ao pódio!
É mais longe do que Lisboa, é um facto! Mas, em meu entender, todo o "espírito" que era colocado naquelas primeiras edições em que participámos, foi-se desvanecendo um pouco nestas últimas edições em Lisboa.”
Primeiros ecos do PL (mais detalhes talvez daqui a uns dias):
“Não se pode dizer que tenha corrido mal.
É certo que fiquei abaixo do meio da tabela (14º em 24), mas ainda tive que pedalar um bocado para garantir mais uns pontinhos para o campeonato e na ponta final (última hora) ainda consegui subir dois lugares. Apesar da classificação modesta considero a prestação boa para o meu nível de preparação actual (que continua próxima do zero e a viver dos km acumulados no final de 2009), já que marquei 177 km nas 33 voltas que dei, um resultado ao nível do que fiz nas 24h de 2008, altura em que estava muito melhor preparado.
Relato e mais detalhes estão complicados, mas entretanto fiquem a saber que se os Just4Fun tivessem levado para frente a hipótese de fazer ali um grande encontro tínhamos trazido para casa uma série de canecos. Assim ficaram todos a chuchar no dedo. Todos não, que o JP trouxe o dele. ;-)
Fiquem também a saber que quem não foi a CB passou ao lado do melhor percurso de 24 H que eu já fiz (disse isto no início, repeti no final da prova e mantenho a opinião) e que em termos de organização terá também sido das melhores (senão a melhor), com especial destaque para a cronometragem. Se abrandássemos ligeiramente na passagem da meta ficávamos logo a saber o tempo da volta que tínhamos concluído e havia disponíveis dois ecrãs (um interactivo) com os tempos por volta e classificações actualizadas em tempo real. Isto sem recurso a chips. Se bem se lembram, noutras provas (com chips) as classificações andavam atrasadas várias horas.
O espaço era espectacular e os balneários um mimo.
O tempo esteve uma maravilha, especialmente durante o dia porque esteve um bocado frio à noite, que me desmotivou de recomeçar a pedalar mais cedo no Domingo.
Uma palavra final para a simpatia da organização e em especial do Paulo Garcia, sempre preocupado com os participantes e com palavras de apoio a quem ia passando.
Roam-se de inveja por não terem ido a Castelo Branco ;-)...
...ou então esqueçam tudo o que escrevi e não participem em próximos eventos organizados pela Horizontes.
É que assim eu sou um dos poucos felizardos que estarão presentes e não tenho que partilhar mimos com outros participantes.
A próxima prova do campeonato são as 12H de Proença-a-Nova em 24 de Julho, mas não leiam isto nem digam a ninguém. É que se não for mais ninguém, além de ficar com os mimos da organização só para mim, ainda ganho a prova usando a táctica do JP (mas com muito menos voltas ;-).
No que diz respeito a esta prova, não prometo nada, mas fica no ar a ameaça de ainda poder fazer um relato mais detalhado da minha participação.”
2010-05-11
Idanha-a-Nova / Zarza La Mayor - 8 de Maio de 2010
Relato do TA:
"Às 5:15h arrancava de casa após pouco mais de 3 horas de sono. Tudo a postos para mais uma maratona que me tinha ficado na retina após ler a reportagem no ano passado. ‘Como é que aguentas fazer isso?’ era a frase que me martelava constantemente na cabeça (por entre sonoros bocejos ao estilo do Chewbacca), a frase com que a minha mãe se tinha despedido de mim na noite anterior… ‘Eu sei lá!’ foi a minha resposta para todas elas.
Às 7:30h cheguei a Idanha-a-Nova. Apesar de já irmos adiantados na Primavera o dia amanheceu bastante nublado e fresco e já tinham caído alguns aguaceiros. Antes assim para a temperatura não subir demasiado. Mais uma vez tinha a companhia de 2 funners: o Sérgio Duarte e o João Bronze o que é sempre bom para quando as forças começam a falhar. A partida foi pontual e bastante animada ao som de gaitas-de-foles. Após uma pequena volta pela vila que incluía a descida por um dos seus ex-líbris, a calçada romana (sempre com cuidado pois estava escorregadia e o aglomerado de maratonistas não permitia grandes aventuras), rapidamente nos metemos na terra que se encontrava na sua maioria seca e com muita pedra e rocha à mistura. Em algumas descidas ainda pensei que os gaiteiros nos acompanhavam mas afinal era a chiadeira dos travões molhados. O percurso inicial apresentava-se bastante acessível com muito sobe e desce fácil de percorrer e bastantes single-tracks por entre campos de pastorícia e aos 32km chegávamos ao 2º abastecimento também ele animado por um grupo folclórico.
O percurso até ao abastecimento seguinte foi um pouco mais penoso pois era um single-track que exigia alguma perícia devido ao constante serpentear a que as pedras obrigavam num espaço tão curto e que, por diversas ocasiões, nos obrigou a desmontar para ultrapassar algumas rochas de maiores dimensões. A paisagem, essa, era fantástica: o rio mesmo ali ao lado, com alguns rápidos que o tornavam audível, acompanhou os participantes por largos kms. No terceiro abastecimento, em Salvaterra do Extremo, tive de corrigir o encaixe de um dos sapatos que tinha ficado torcido, fruto de uma queda nas pedras (parece que arranjo sempre maneira de travar conhecimento com o chão de uma maneira mais pessoal).
A saída do 3º abastecimento dava-se por uma descida serpenteante em alcatrão e na última curva o SD não evitou uma queda devido à areia e ao piso molhado. Eu ia tendo a mesma sorte e acho que, se lhe acertasse, acabávamos os dois no rio. Felizmente sofreu apenas alguns arranhões.
De novo na terra passámos pela zona mais técnica da prova: uma descida, também ela serpenteante, mas desta vez em rocha. Aqui demorei-me mais pois tinha pastilhas de travões novas que se apresentavam pouco progressivas o que me fazia bloquear as rodas inúmeras vezes. Novamente com o rio a acompanhar-nos mesmo ali ao lado teve-se de novo de desmontar para subir alguns degraus talhados na rocha. Só pensava que nesse mesmo dia em Alfama também se faziam degraus mas no sentido inverso… Após esse sobe e desce menos ortodoxo, cruzámos uma ponte e passou-se a ‘hablar en castelhano’ para ir picar Zarza, 3º posto de controlo e nova zona de abastecimento. Estava percorrido metade do caminho.
A partir daqui o percurso foi feito quase sempre debaixo de uma chuva ténue. O single-track deu lugar a estradões, alguma lama e a umas poucas travessias de água. A pedra também voltou a surgir e os rins começaram a queixar-se (se calhar o peso cada vez maior dos reforços que ia acumulando nos bolsos não ajudava). Do meu lado também dois pulsos mal curados faziam o seu queixume nas zonas mais acidentadas.
Praticamente no final tivemos direito a uma subida bem comprida em alcatrão onde perdemos o contacto do JB. No final desta eu e o SD recuperámos os rins com alguns alongamentos e voltámos à terra para mais uma zona de rochas escorregadias. Até a pé quase caíamos.
A provação final deste passeio é terminar por onde começámos: a mítica calçada romana. Colocando a relação mais modesta, subimos por ali acima com os rins a queimar a cada volta do pedal. A meta estava mesmo ali ao virar da esquina: «‘Bora lá» como animavam as tabuletas de orientação.
No final, um banho ‘revigorante’ (mais frio que a chuva que nos acompanhou) e um repasto retemperador (porco no espeto com arroz, batata, salada, pão, cerveja, refrigerantes, fruta e café).
Pontos Positivos: A organização: pontual na saída e muito prestativa para além de ter apresentado diversas animações pelo percurso; as orientações: para além de extremamente bem posicionadas têm o condão de animar a cada curva com aquele «´Bora lá» típico (e não só indicam as descidas mais perigosas mas também as subida mais íngremes); os abastecimentos: bastantes e diversificados na oferta (água, sumos, iced tea, bebidas isotónicas, fruta, barras energéticas, gomas, croissants…) para além de animados com as gentes da terra sempre muito cooperantes; a refeição: muito agradável em qualidade e quantidade para quem tivesse estômago para repetir.
Pontos Negativos: O banho frio: saí dos balneários a tremer. E já agora, incluíam no souvenir as fotos (que já estão impressas). Estavam à venda por 3 EUR mas duvido que, caso os atletas não as comprem, tenham alguma utilidade…
Dados da prova:
Distância: 102km
Acumulado: ?m
Tempo: 7h:39m15s (6h46m41s a pedalar)
Velocidade média: 15,11km/h
Velocidade máxima: 55,64km/h
Calorias: 4383 Kcal"
"Às 5:15h arrancava de casa após pouco mais de 3 horas de sono. Tudo a postos para mais uma maratona que me tinha ficado na retina após ler a reportagem no ano passado. ‘Como é que aguentas fazer isso?’ era a frase que me martelava constantemente na cabeça (por entre sonoros bocejos ao estilo do Chewbacca), a frase com que a minha mãe se tinha despedido de mim na noite anterior… ‘Eu sei lá!’ foi a minha resposta para todas elas.
Às 7:30h cheguei a Idanha-a-Nova. Apesar de já irmos adiantados na Primavera o dia amanheceu bastante nublado e fresco e já tinham caído alguns aguaceiros. Antes assim para a temperatura não subir demasiado. Mais uma vez tinha a companhia de 2 funners: o Sérgio Duarte e o João Bronze o que é sempre bom para quando as forças começam a falhar. A partida foi pontual e bastante animada ao som de gaitas-de-foles. Após uma pequena volta pela vila que incluía a descida por um dos seus ex-líbris, a calçada romana (sempre com cuidado pois estava escorregadia e o aglomerado de maratonistas não permitia grandes aventuras), rapidamente nos metemos na terra que se encontrava na sua maioria seca e com muita pedra e rocha à mistura. Em algumas descidas ainda pensei que os gaiteiros nos acompanhavam mas afinal era a chiadeira dos travões molhados. O percurso inicial apresentava-se bastante acessível com muito sobe e desce fácil de percorrer e bastantes single-tracks por entre campos de pastorícia e aos 32km chegávamos ao 2º abastecimento também ele animado por um grupo folclórico.
O percurso até ao abastecimento seguinte foi um pouco mais penoso pois era um single-track que exigia alguma perícia devido ao constante serpentear a que as pedras obrigavam num espaço tão curto e que, por diversas ocasiões, nos obrigou a desmontar para ultrapassar algumas rochas de maiores dimensões. A paisagem, essa, era fantástica: o rio mesmo ali ao lado, com alguns rápidos que o tornavam audível, acompanhou os participantes por largos kms. No terceiro abastecimento, em Salvaterra do Extremo, tive de corrigir o encaixe de um dos sapatos que tinha ficado torcido, fruto de uma queda nas pedras (parece que arranjo sempre maneira de travar conhecimento com o chão de uma maneira mais pessoal).
A saída do 3º abastecimento dava-se por uma descida serpenteante em alcatrão e na última curva o SD não evitou uma queda devido à areia e ao piso molhado. Eu ia tendo a mesma sorte e acho que, se lhe acertasse, acabávamos os dois no rio. Felizmente sofreu apenas alguns arranhões.
De novo na terra passámos pela zona mais técnica da prova: uma descida, também ela serpenteante, mas desta vez em rocha. Aqui demorei-me mais pois tinha pastilhas de travões novas que se apresentavam pouco progressivas o que me fazia bloquear as rodas inúmeras vezes. Novamente com o rio a acompanhar-nos mesmo ali ao lado teve-se de novo de desmontar para subir alguns degraus talhados na rocha. Só pensava que nesse mesmo dia em Alfama também se faziam degraus mas no sentido inverso… Após esse sobe e desce menos ortodoxo, cruzámos uma ponte e passou-se a ‘hablar en castelhano’ para ir picar Zarza, 3º posto de controlo e nova zona de abastecimento. Estava percorrido metade do caminho.
A partir daqui o percurso foi feito quase sempre debaixo de uma chuva ténue. O single-track deu lugar a estradões, alguma lama e a umas poucas travessias de água. A pedra também voltou a surgir e os rins começaram a queixar-se (se calhar o peso cada vez maior dos reforços que ia acumulando nos bolsos não ajudava). Do meu lado também dois pulsos mal curados faziam o seu queixume nas zonas mais acidentadas.
Praticamente no final tivemos direito a uma subida bem comprida em alcatrão onde perdemos o contacto do JB. No final desta eu e o SD recuperámos os rins com alguns alongamentos e voltámos à terra para mais uma zona de rochas escorregadias. Até a pé quase caíamos.
A provação final deste passeio é terminar por onde começámos: a mítica calçada romana. Colocando a relação mais modesta, subimos por ali acima com os rins a queimar a cada volta do pedal. A meta estava mesmo ali ao virar da esquina: «‘Bora lá» como animavam as tabuletas de orientação.
No final, um banho ‘revigorante’ (mais frio que a chuva que nos acompanhou) e um repasto retemperador (porco no espeto com arroz, batata, salada, pão, cerveja, refrigerantes, fruta e café).
Pontos Positivos: A organização: pontual na saída e muito prestativa para além de ter apresentado diversas animações pelo percurso; as orientações: para além de extremamente bem posicionadas têm o condão de animar a cada curva com aquele «´Bora lá» típico (e não só indicam as descidas mais perigosas mas também as subida mais íngremes); os abastecimentos: bastantes e diversificados na oferta (água, sumos, iced tea, bebidas isotónicas, fruta, barras energéticas, gomas, croissants…) para além de animados com as gentes da terra sempre muito cooperantes; a refeição: muito agradável em qualidade e quantidade para quem tivesse estômago para repetir.
Pontos Negativos: O banho frio: saí dos balneários a tremer. E já agora, incluíam no souvenir as fotos (que já estão impressas). Estavam à venda por 3 EUR mas duvido que, caso os atletas não as comprem, tenham alguma utilidade…
Dados da prova:
Distância: 102km
Acumulado: ?m
Tempo: 7h:39m15s (6h46m41s a pedalar)
Velocidade média: 15,11km/h
Velocidade máxima: 55,64km/h
Calorias: 4383 Kcal"
2010-05-03
PTG100 - Portalegre - 1 de Maio de 2010
Num fim de semana com várias actividades, enquanto uns penavam nas Serras do Sicó e do Rabaçal, a família Ferreira foi sofrer em Portalegre.
O FF terminou em 991º a PTG100 (mais dura de sempre) com 9H38. O AF teve que se retirar aos 56 km devido a problemas físicos.
Enquanto não chegam os ecos com os detalhes, fica aqui a devida notícia.
O FF terminou em 991º a PTG100 (mais dura de sempre) com 9H38. O AF teve que se retirar aos 56 km devido a problemas físicos.
Enquanto não chegam os ecos com os detalhes, fica aqui a devida notícia.
2010-05-02
Desafio "A Idade da Pedra" - Vermoil - 1 de Maio de 2010
Relatos daqui a uns dias...
Resumidamente: foram 100 km e 2000 de subidas na versão light (DN e PL) e 110 km e 3000 m de subidas na versão hard (JB, JP, RF e Pedro Cravo). No final estavam todos estafados, mas com grandes sorrisos. É isto que o BTT proporciona...
Para já ficam apenas algumas fotos avulsas tiradas pelo RF, PC e PL, a ilustrar um dia espectacular de BTT proporcionado pelos BTTralhos (não há maneira de lhes agradecer o suficiente). Foram cores, cheiros, vistas e sensações inesquecíveis. As fotos não testemunham nem de perto nem de longe aquilo que se sentiu.
Relato do PL:
"Passados uns dias e com o físico já recuperado, aqui fica então o relato da minha participação neste... chamemos-lhe evento. É verdade que não havia classificações, mas chamar àquele percurso passeio é desvalorizar o que não pode ser desvalorizado.
A primeira palavra tem de ir necessariamente para quem se dá ao trabalho de montar uma organização destas. É verdade que não houve que marcar percursos, mas o seu levantamento e validação não deixa de ser trabalhoso. Também sabemos que esta preparação pode dar muito gozo, mas ainda assim...
Depois há a questão de tratar do acolhimento, estadia para quem fica e garantir que os banhos são tomados em condições minimamente aceitáveis. Pois em todos estes aspectos os BTTralhos se esmeraram. Como se não bastasse, apesar de não terem nenhuma obrigação, fizeram questão de ter um lanche para quem chegasse ir saciando a fome e a sede. Mais curioso ainda foi ver a atenção que este pormenor mereceu, porque não faltou nada até chegarem os últimos e foram comprando pizzas à medida que elas iam acabando.
A segunda palavra para o tipo de evento que se tratou.
Os BTTralhos trataram de nos indicar o caminho por GPS, mas cada um estava entregue a si próprio e tinha que tratar de chegar ao fim, fosse por que meio fosse, em completa autonomia. É óbvio que um evento deste tipo não é para todos, até porque obriga a ter um GPS, mas evita marcações de percursos, pessoal a refilar porque tiraram fitas no dia do evento e outros a refilar porque não as tiraram no final. Também só serve para quem tem algum espírito aventureiro e desenrascado e não está à espera que a organização os traga ao final. Na verdade não foi exactamente assim, porque se houvesse uma emergência real os BTTralhos tinham equipas de prevenção para o resgate e além disso foram fazer o percurso a pedalar, pelo que podiam prestar um primeiro nível de ajuda. Parece-me que este tipo de eventos tem um potencial enorme e eu sou incondicional fã. Permite conhecer zonas novas, ao ritmo de cada um e com um impacto mínimo na natureza, Já nas localidades por onde se passa o impacto não é pouco, mas é positivo, dado que, não havendo abastecimentos da organização, cada um tem que comprar os comes e bebes e houve cafés onde alguns stocks de esgotaram, o que é bom para o comércio local.
Chega de falar de coisas acessórias. Falemos de BTT, porque foi um dia cheio disso que tivemos. O relato podia entrar nos detalhes que é habitual, mas seria intragável de muito extenso, tal é o número de coisas e sensações que valia a pena referir. Não vou fazer isso. No próximo ano vão lá e ficarão a saber melhor do que se lerem um relato detalhado.
Ainda assim, vou referir ao correr da tecla alguns flashes que retenho desse dia:
A chuvada que caiu antes da partida e que nos fez recolher aos carros ensombrou o início do dia, mas a partir dessa altura o tempo esteve excelente (como se vê pelas fotos):
Algures num single há um participante que entra de cabeça para dentro de um silvado. Passado o susto inicial e depois da operação delicada de resgate, o acidente serviu para umas boas gargalhadas,
As vistas... Ai as vistas no alto das serras...
Eram os prémios de quem subiu lá acima, mas em termos de prémios não ficamos por aqui porque algumas descidas eram um mimo. Ficou-me na memória um single a descer uma encosta mesmo antes do Rabaçal. Foi dos melhores que já fiz e é daqueles em que apetece voltar a subir só para o descer outra vez.
As Buracas do Casmilo. Formações geológicas interessantíssimas. Conjecturaram-se várias teorias para justificar o aparecimento daqueles buracos naquele sítio, mas acabámos por desistir de inventar e continuar a pedalar. O local, no entanto, merece a visita.
Os cheiros da vegetação húmida estavam no auge. Não dá para descrever...
Um quiosque a vender minis no meio do nada, assim mais ou menos como o Oliveira de Figueira nas histórias do Timtim, a aparecer nos locais mais estranhos a vender o mais esquisito que se possa imaginar. Foi surreal, mas soube que nem ginjas....
O Pedro Cravo a dormir uma soneca de dez minutos na beira do estradão enquanto “tratávamos” do espigão do “andaime” do JB ;-) .Mais engraçado ainda eram os comentários de quem passava e perguntava se ele estava bem. “-Sim só está a dormir!...” e continuávamos na bricolage. Também foi surreal.
As cãibras do DN e uma dor no meu joelho, que nos obrigaram a abandonar o bando, seguindo pela opção mais fácil após Ansião. Diga-se de passagem que esta opção não foi desinteressante em termos de percurso e teve mesmo zonas muito bonitas.
No final a surpresa reconfortante de um banho de chuveiro quente e balneários com bom aspecto. Quando começa a ser prática comum termos direito a um tubo na parede a deitar água fria e balneários que são uma extensão dos trilhos, tal a quantidade de lama que se acumula no chão, esta excepção é de sublinhar.
Também de sublinhar o já referido lanche providenciado pelos BTTralhos, com bebidas, pizza e fruta. Nada de supérfluo, mas apenas o necessário e que ia sendo reposto à medida das necessidades. Estava no ponto.
O facto de termos feito a opção “easy” permitiu-nos também estar à conversa com alguns dos organizadores e ir assistindo à chegada de alguns dos participantes e durante este tempo (que rondou uma hora) não ouvimos nenhuma queixa e apenas vislumbrámos rostos satisfeitos tanto por parte dos participantes como da organização. Isto apesar da preocupação natural com que os BTTralhos iam vendo quem faltava chegar, pois começava a anoitecer.
Em suma, um passeio perfeito num dia perfeito e a repetir sempre que possível, porque este é daqueles em que a longa viagem é claramente compensadora."
Fotos: RF, PC e PL
Resumidamente: foram 100 km e 2000 de subidas na versão light (DN e PL) e 110 km e 3000 m de subidas na versão hard (JB, JP, RF e Pedro Cravo). No final estavam todos estafados, mas com grandes sorrisos. É isto que o BTT proporciona...
Para já ficam apenas algumas fotos avulsas tiradas pelo RF, PC e PL, a ilustrar um dia espectacular de BTT proporcionado pelos BTTralhos (não há maneira de lhes agradecer o suficiente). Foram cores, cheiros, vistas e sensações inesquecíveis. As fotos não testemunham nem de perto nem de longe aquilo que se sentiu.
Relato do PL:
"Passados uns dias e com o físico já recuperado, aqui fica então o relato da minha participação neste... chamemos-lhe evento. É verdade que não havia classificações, mas chamar àquele percurso passeio é desvalorizar o que não pode ser desvalorizado.
A primeira palavra tem de ir necessariamente para quem se dá ao trabalho de montar uma organização destas. É verdade que não houve que marcar percursos, mas o seu levantamento e validação não deixa de ser trabalhoso. Também sabemos que esta preparação pode dar muito gozo, mas ainda assim...
Depois há a questão de tratar do acolhimento, estadia para quem fica e garantir que os banhos são tomados em condições minimamente aceitáveis. Pois em todos estes aspectos os BTTralhos se esmeraram. Como se não bastasse, apesar de não terem nenhuma obrigação, fizeram questão de ter um lanche para quem chegasse ir saciando a fome e a sede. Mais curioso ainda foi ver a atenção que este pormenor mereceu, porque não faltou nada até chegarem os últimos e foram comprando pizzas à medida que elas iam acabando.
A segunda palavra para o tipo de evento que se tratou.
Os BTTralhos trataram de nos indicar o caminho por GPS, mas cada um estava entregue a si próprio e tinha que tratar de chegar ao fim, fosse por que meio fosse, em completa autonomia. É óbvio que um evento deste tipo não é para todos, até porque obriga a ter um GPS, mas evita marcações de percursos, pessoal a refilar porque tiraram fitas no dia do evento e outros a refilar porque não as tiraram no final. Também só serve para quem tem algum espírito aventureiro e desenrascado e não está à espera que a organização os traga ao final. Na verdade não foi exactamente assim, porque se houvesse uma emergência real os BTTralhos tinham equipas de prevenção para o resgate e além disso foram fazer o percurso a pedalar, pelo que podiam prestar um primeiro nível de ajuda. Parece-me que este tipo de eventos tem um potencial enorme e eu sou incondicional fã. Permite conhecer zonas novas, ao ritmo de cada um e com um impacto mínimo na natureza, Já nas localidades por onde se passa o impacto não é pouco, mas é positivo, dado que, não havendo abastecimentos da organização, cada um tem que comprar os comes e bebes e houve cafés onde alguns stocks de esgotaram, o que é bom para o comércio local.
Chega de falar de coisas acessórias. Falemos de BTT, porque foi um dia cheio disso que tivemos. O relato podia entrar nos detalhes que é habitual, mas seria intragável de muito extenso, tal é o número de coisas e sensações que valia a pena referir. Não vou fazer isso. No próximo ano vão lá e ficarão a saber melhor do que se lerem um relato detalhado.
Ainda assim, vou referir ao correr da tecla alguns flashes que retenho desse dia:
A chuvada que caiu antes da partida e que nos fez recolher aos carros ensombrou o início do dia, mas a partir dessa altura o tempo esteve excelente (como se vê pelas fotos):
Algures num single há um participante que entra de cabeça para dentro de um silvado. Passado o susto inicial e depois da operação delicada de resgate, o acidente serviu para umas boas gargalhadas,
As vistas... Ai as vistas no alto das serras...
Eram os prémios de quem subiu lá acima, mas em termos de prémios não ficamos por aqui porque algumas descidas eram um mimo. Ficou-me na memória um single a descer uma encosta mesmo antes do Rabaçal. Foi dos melhores que já fiz e é daqueles em que apetece voltar a subir só para o descer outra vez.
As Buracas do Casmilo. Formações geológicas interessantíssimas. Conjecturaram-se várias teorias para justificar o aparecimento daqueles buracos naquele sítio, mas acabámos por desistir de inventar e continuar a pedalar. O local, no entanto, merece a visita.
Os cheiros da vegetação húmida estavam no auge. Não dá para descrever...
Um quiosque a vender minis no meio do nada, assim mais ou menos como o Oliveira de Figueira nas histórias do Timtim, a aparecer nos locais mais estranhos a vender o mais esquisito que se possa imaginar. Foi surreal, mas soube que nem ginjas....
O Pedro Cravo a dormir uma soneca de dez minutos na beira do estradão enquanto “tratávamos” do espigão do “andaime” do JB ;-) .Mais engraçado ainda eram os comentários de quem passava e perguntava se ele estava bem. “-Sim só está a dormir!...” e continuávamos na bricolage. Também foi surreal.
As cãibras do DN e uma dor no meu joelho, que nos obrigaram a abandonar o bando, seguindo pela opção mais fácil após Ansião. Diga-se de passagem que esta opção não foi desinteressante em termos de percurso e teve mesmo zonas muito bonitas.
No final a surpresa reconfortante de um banho de chuveiro quente e balneários com bom aspecto. Quando começa a ser prática comum termos direito a um tubo na parede a deitar água fria e balneários que são uma extensão dos trilhos, tal a quantidade de lama que se acumula no chão, esta excepção é de sublinhar.
Também de sublinhar o já referido lanche providenciado pelos BTTralhos, com bebidas, pizza e fruta. Nada de supérfluo, mas apenas o necessário e que ia sendo reposto à medida das necessidades. Estava no ponto.
O facto de termos feito a opção “easy” permitiu-nos também estar à conversa com alguns dos organizadores e ir assistindo à chegada de alguns dos participantes e durante este tempo (que rondou uma hora) não ouvimos nenhuma queixa e apenas vislumbrámos rostos satisfeitos tanto por parte dos participantes como da organização. Isto apesar da preocupação natural com que os BTTralhos iam vendo quem faltava chegar, pois começava a anoitecer.
Em suma, um passeio perfeito num dia perfeito e a repetir sempre que possível, porque este é daqueles em que a longa viagem é claramente compensadora."
Fotos: RF, PC e PL